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A fotografia mostra uma mulher sentada à mesa em um restaurante. Com os olhos fechados, ela sorri enquanto saboreia um prato.À frente da imagem, caixa de texto laranja com texto branco escrito "Arquitetura comercial", seguida por caixa branca com texto preto, escrito "Como os espaços podem transmitir sensações e influenciar comportamentos?". Nas laterais da imagem, elementos que representam piso tátil aparecem em laranja.
Arquitetura comercial

Como os espaços podem transmitir sensações e influenciar comportamentos?

Muitas histórias acontecem a partir da nossa interação com os espaços físicos de estabelecimentos comerciais. Vamos a um exemplo: Você decide ir a um restaurante, pois estava com vontade de saborear uma comida mineira. Chegando lá, parece que você estava entrando na casa da sua tia no interior de Minas Gerais: o espaço, a organização dos móveis, as cores e a iluminação, além do aroma irresistível de comida gostosa e bem temperada… A moda de viola que tocava no salão do restaurante fez você lembrar dos domingos alegres de reunião em família, das conversas e cafezinho passado no coador de pano. De repente, o que seria apenas um almoço em um bom restaurante se torna uma  incrível experiência emocional, que faz reviver memórias de sua infância. Já aconteceu algo semelhante com você? Isto não ocorre por acaso. Provavelmente esses lugares foram projetados de maneira a estimular os seus sentidos e as suas emoções, para criar uma experiência de consumo surpreendente e conectada com os seus valores e com aquilo que você realmente aprecia. Muitos estudos demonstram a importância de elementos como as formas dos espaços, seu aspecto estético, cores, iluminação, sons e texturas, como estímulos dos sentidos das pessoas, influenciando seus comportamentos e emoções e levando-as a permanecerem mais ou menos tempo nos lugares, consumirem ou não e estabelecerem fortes conexões com marcas e empresas. Os espaços projetados com estas características têm como ponto central as pessoas – a forma como vivem, seus hábitos e necessidades. Consideram as demandas do usuário: à qual função o ambiente se destina? Qual dimensionamento os espaços devem possuir para que as atividades e  relações sociais que ali serão desenvolvidas possam ocorrer de maneira eficiente, tranquila e igualitária para todas as pessoas? Perguntas como estas são essenciais para que a experiência das pessoas nesses ambientes seja completa, agradável e estimulante e para que histórias de integração com a marca ocorram. É preciso minimizar o eventual estresse, promover o conforto físico e potencializar a capacidade de acolhimento do lugar, valorizando o conforto emocional que eles podem proporcionar.  Além disso, estes espaços são projetados levando em consideração os objetivos do próprio negócio: como os produtos e serviços devem ser consumidos, quem e porquê devem consumí-los. O estabelecimento possui um propósito, e a arquitetura dos espaços deve estar intimamente ligada a ele. Já falamos aqui sobre as principais tendências de comportamento para o consumidor no ano de 2022. Segundo Dominique Oliver, CEO da marca de lifestyle Amaro, antes da pandemia, menos de 5% das compras eram feitas no ambiente online, no Brasil, e, agora, o comércio online já consome 11% das vendas de varejo. Apesar deste aumento significativo das vendas online, o espaço físico continua sendo muito importante para criar experiências agradáveis para o consumidor.  Segundo a tendência de perfis, o consumidor irá prezar, de forma geral, ainda mais pela valorização das pessoas e comunidades, por marcas que valorizem a inclusão e a conexão entre as pessoas e que forneçam experiências agradáveis, imersivas e acolhedoras. E neste ponto, não há nada melhor do que espaços físicos bem planejados, de acordo com os desejos e interesses do público-alvo, para produzir o encantamento através das vivências nos ambientes. Diversos aspectos arquitetônicos podem contribuir para transformar a experiência do consumidor em algo além da própria compra ou consumo, mas em uma experiência com envolvimento emocional, em algo inesquecível. Dentre estes aspectos, a iluminação possui grande importância, pois é capaz de valorizar o ambiente e potencializar as sensações. Costumo dizer que a iluminação está para a arquitetura da mesma forma como a cereja está para o bolo: é ela quem faz o arremate final e valoriza todo o trabalho de projeto e execução do design de qualquer tipo de espaço. Uma iluminação bem feita tem a capacidade de potencializar todas as intenções do projeto e provocar emoções e sensações nas pessoas. No entanto, quando não está adequada ao ambiente, o efeito pode ser desastroso: espaços pouco atrativos e desagradáveis, resultando em lugares onde as pessoas não se sentem confortáveis em estar. Aliada a um projeto arquitetônico bem estruturado, a iluminação é poderosa para influenciar o comportamento de consumo dos clientes. A seguir apresentamos algumas dicas valiosas para que você possa aproveitar ao máximo os espaços de seu estabelecimento e potencializar as experiências de seus clientes.   1 – É preciso ter um foco: pense sobre o perfil do seu negócio e do seu público Para que a iluminação seja uma aliada, é muito importante que seja pensada de acordo com o perfil do seu negócio e do público que ele atende, sob o risco de se criar uma ambientação que espante o seu cliente, ao invés de retê-lo, ou o contrário: as pessoas achem o lugar tão agradável que passem a querer ficar, quando o objetivo era que elas fizessem suas refeições rapidamente e fossem embora.   2 – A iluminação faz parte da decoração Além do perfil do negócio e do público, o segundo ponto de apoio de todo projeto de iluminação é o design do ambiente. Ambos, atuando de forma bem alinhada, servem para valorizar a arquitetura do seu restaurante e ajudar a criar as ambientações e sensações adequadas para o seu negócio acontecer. Mais do que isso, a iluminação faz parte da decoração e cada estilo de design demanda um tipo de luminária e efeitos de iluminação específicos.   3 – Use a iluminação para potencializar a experiência e criar setores, cenários diferenciados e pontos de interesse   A iluminação é uma aliada poderosa na valorização do seu estabelecimento e pode te ajudar a criar setores diferentes, com maior ou menor privacidade, demarcar e sinalizar as áreas de circulação e ainda destacar a arquitetura e objetos de decoração, criando ambientações diferenciadas, o que pode tornar o seu estabelecimento agradável e interessante para o cliente. Além disso, a iluminação também é uma alternativa interessante e que demanda pequenas alterações no ambiente para criar a sensação de novidade no cliente.   Quais sensações você deseja que seu estabelecimento provoque em seus

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Arquitetura comercial

Empresas e acessibilidade: como reduzir riscos de ações trabalhistas com projetos de acessibilidade?

Ações trabalhistas são problemas que preocupam gestores de empresas de todos os setores, visto que nosso país possui um elevado número de processos deste tipo. De acordo com o Tribunal Superior do Trabalho, nos seis primeiros meses do ano de 2021, o TST recebeu 16,0% de processos a mais em relação ao mesmo período de 2020. Dos processos recebidos, 78,0% foram casos novos e houve um crescimento em relação aos processos julgados de 9,5% em relação a 2020. A fiscalização em relação à adequação às normas que devem ser seguidas está cada vez mais frequente, seja para grandes, médias ou pequenas empresas. Ela é feita pelo Ministério Público ou pelo Ministério do Trabalho, de acordo com a origem e teor da reclamação. Quando falamos em ambientes de trabalho acessíveis, engana-se quem pensa que eles são projetados para favorecer a um ou outro grupo de pessoas. A acessibilidade objetiva a remoção de qualquer barreira e obstáculo, seja ele relativo a espaços ou de caráter atitudinal, para que todas as pessoas tenham condições de exercer a sua independência. A acessibilidade é uma obrigação exigida por lei e além de promover a melhoria do ambiente organizacional, também contribui para evitar uma série de situações que podem, posteriormente, se tornarem grandes problemas para a empresa. A acessibilidade nos ambientes de trabalho é uma questão muito importante e merece toda a atenção dos gestores! Há, inclusive, a cobrança de multas por falta de adaptação no espaço físico, número de pessoas com deficiência abaixo do mínimo estabelecido por lei no quadro de funcionários, inacessibilidade nos canais de comunicação e até mesmo por questões comportamentais. A garantia de adaptações acessíveis em todos os espaços das empresas possibilita o cumprimento de legislações como a chamada Lei de Cotas, que regulamenta a contratação de pessoas com deficiência. Como já mencionamos em outros materiais aqui no blog, a principal normativa que regulamenta a adequada organização dos espaços é a NBR 9050:2015, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Esta norma prevê orientações para espaços públicos e privados, para, a partir do desenho universal, prover a acessibilidade.  Dentre os princípios básicos, estão o uso equitativo dos espaços e equipamentos; seu uso flexível, simples e intuitivo, que permita a fácil compreensão e independente de experiência; que as informações sejam de fácil percepção (ou seja, que comuniquem, de modo claro e independente de habilidades específicas; que os espaços e equipamentos possuam tolerância ao erro, minimizando os efeitos advindos de usos inesperados ou não previstos; que exijam baixo esforço físico e que possuam dimensões suficientes para a aproximação, alcance e uso, independente das características do usuário. Para ilustrar a importância destes conceitos, vejamos algumas situações: a empresa possui portas de entrada estreitas; não há corrimão nas rampas e escadas, e os degraus são mal dimensionados; há diversos ambientes com piso e parede na mesma cor, o que prejudica a percepção e orientação das pessoas no local; a empresa possui rampas, mas estas são muito inclinadas. O que estes exemplos têm em comum? Além de serem inacessíveis, ou seja, de não permitirem o acesso e utilização por qualquer pessoa de forma independente, também oferecem diversos riscos de acidentes para todos os colaboradores. Temos, então, outra contribuição muito positiva ao se pensar ambientes empresariais acessíveis e inclusivos: o fortalecimento das medidas de segurança no trabalho. A Segurança no Trabalho é uma das áreas que ocupa destaque no ranking entre as principais causas que podem expor uma empresa a processos trabalhistas. Seu principal objetivo é proporcionar um ambiente de trabalho saudável para que as tarefas laborais sejam realizadas da melhor forma possível e, para isso, engloba um conjunto de medidas de prevenção, estabelecidas principalmente pelas NR´s (Normas Regulamentadoras) propostas pelo Ministério do Trabalho. Atualmente, são 37 NRs que podem ser conferidas no site do Ministério do Trabalho.  No tocante às características do espaço físico e do mobiliário, deve-se atentar também às  regras previstas na NBR 9050:2020, para que a acessibilidade, segurança e autonomia de todas as pessoas seja garantida. O cumprimento de tais aspectos contribui para a melhora do clima organizacional, pois o funcionário se sente mais seguro e até mesmo protegido.  Ambientes acessíveis são o primeiro passo para proporcionar, também, a inclusão de pessoas com deficiência no quadro de colaboradores da organização. Como já destacamos, o direito a exercer o trabalho é garantido por lei para todos e todas, e é essencial que as empresas estejam preparadas para abarcar a diversidade e promover a inclusão. Nesse sentido, é imprescindível que a empresa faça um diagnóstico dos aspectos relacionadas à acessibilidade, como: Acessibilidade arquitetônica — perceber as barreiras ambientais e físicas, para removê-las; Acessibilidade atitudinal — desconstruir preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações; Acessibilidade comunicacional — diagnosticar e desconstruir barreiras na comunicação interpessoal; Acessibilidade metodológica — identificar possíveis barreiras e repensar os métodos e técnicas de trabalho; Acessibilidade instrumental — remover barreiras nos instrumentos e ferramentas de trabalho; Acessibilidade programática — analisar as políticas e normas da empresa, a fim de identificar e romper com barreiras invisíveis que eventualmente possam estar embutidas nestes aspectos. Ao permitir o acesso e utilização dos espaços, a empresa dá os primeiros passos para usufruir de um ambiente mais inclusivo e, portanto, diverso. Conforme citamos em outros materiais, além de um diferencial competitivo que agrega grande valor à marca, tais atitudes também possuem impactos diretos em sua forma de atuação e rendimento e servem como formas de prevenção a possíveis transtornos causados pelo não cumprimento de legislações. Um mundo mais justo começa por espaços acessíveis. Para que as empresas consigam buscar soluções estratégicas adequadas, é necessário que contem com profissionais especializados. O Studio Universalis trabalha para encontrar soluções arquitetônicas adaptadas à realidade da sua empresa. Agende um horário com  Angélica Picceli, nossa especialista em Arquitetura Acessível, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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Arquitetura comercial

Bares e Restaurantes: como criar áreas seguras para delivery e atendimento pegue e leve para atrair mais clientes para o seu negócio

O cenário pandêmico impactou drasticamente todos os setores da sociedade e o segmento de alimentação fora de casa foi um dos mais afetados. Estabelecimentos fechados ao público tiveram de se reinventar e gestores de empresa transformaram seus negócios para permanecerem abertos. Com isto, muitos estabelecimentos acabaram aderindo ao sistema de delivery, como forma de aumentar a fonte de renda e conquistar espaço no mercado. De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, 48% das micro e pequenas empresas que registraram aumento de receita durante a pandemia conseguiram isso por investir em novas formas de atender seus consumidores, principalmente através do delivery e pegue-leve. Para o segmento de alimentos e bebidas, este dado é ainda mais expressivo: 92% das empresas que aumentaram seu faturamento no período aderiram ao modelo de delivery. De forma crescente, a entrega de pedidos e retirada no local tornou-se um serviço que, além de garantir a manutenção do negócio, é uma forma de proporcionar seu crescimento mesmo em momentos de crise. E, de acordo com o Business Wire, este mercado deve crescer ainda mais e atingir, globalmente, o faturamento de US$ 154,34 bilhões no ano de 2023. E as mudanças de comportamento do consumidor que ocorreram por conta da pandemia parecem ter reflexos no futuro: uma pesquisa da Galunion Consultoria mostrou que 21% dos respondentes deverão manter o hábito de pedir comida em casa após o fim do isolamento social. Além disso, 45% dos participantes da pesquisa afirmam que seguirão pedindo por delivery ou take away para reuniões com amigos e familiares em suas casas, mesmo quando os bares e restaurantes estiverem funcionando normalmente.  Com a retomada das atividades presenciais do setor de alimentação fora de casa, o delivery representa uma oportunidade de incrementar ainda mais o faturamento e buscar uma recuperação mais rápida do setor. Para isso, é preciso que a atuação tanto presencial quanto na entrega à domicílio seja muito bem planejada em seus aspectos logísticos e de espaços, de forma a entregar ao consumidor algo que vá além da alimentação – garantir uma experiência de consumo única. Planejar a ambiência dos bares e restaurantes é tão essencial para o negócio como a qualidade das comidas e bebidas servidas e o atendimento prestado. Portanto, é necessário pensar em áreas seguras de delivery e atendimento pegue e leve, para que os clientes sintam-se confortáveis e aproveitem suas refeições. A seguir, apresentamos algumas sugestões de como organizar os ambientes, para que o empreendimento aproveite ao máximo as possibilidades de seus espaços e consiga aumentar seu faturamento entregando uma experiência de qualidade aos seus clientes. Para o delivery, o ideal é possuir um espaço  dedicado com acessos e circulações independentes do salão principal de atendimento ao público, por questões sanitárias e também por ser uma área muito operacional. É importante definir os fluxos de circulação, as rotas de saída dos pedidos e os acessos dos entregadores de forma que não afete a atuação do salão, já que, geralmente, o delivery tem uma rotatividade e fluxo de pedidos maior do que o salão. Também é ideal que esta área seja separada do caixa, por conta do alto fluxo de dinheiro e de pessoas. Ainda, a organização do recebimento dos pagamentos pode ser feita com caixas distintos para o salão principal e para tele-entrega e retirada no local, de forma a evitar uma maior concentração de pessoas e otimizar as dinâmicas de funcionamento. Para o take away, algumas recomendações são semelhantes: neste caso, o cliente vai até o estabelecimento, então é necessário ter um espaço planejado e preparado para recebê-lo e garantir uma experiência fidelizadora. Aqueles que possuem espaço podem optar por criar uma área separada, ou ainda, incorporar esse local com a área do bar. Este espaço é uma área de muitas oportunidades comerciais, pois o cliente aguarda a retirada do seu pedido e,  enquanto espera, pode consumir um petisco, um drink ou um refrigerante, o que ocasiona o aumento das vendas para o estabelecimento. Também é um espaço interessante para que o bar ou restaurante crie um canal de comunicação com seu cliente. Além de bancos e cadeiras para que o cliente possa esperar confortavelmente, sua área de espera pode contar com alguns cardápios, para que os consumidores possam folhear enquanto estiverem no ambiente. É um ótimo local para comunicar seu posicionamento enquanto marca, mensagens descontraídas, pratos e drinks da casa e também os eventos que já ocorreram em seu estabelecimento (especiais da semana, happy hour, entre outros). Uma dica que é válida para todos os ambientes é dar visibilidade aos procedimentos de segurança adotados pela empresa. Utilizar elementos comunicacionais enfatizando a importância dos cuidados é uma forma de demonstrar a preocupação do estabelecimento com a segurança e saúde de seus consumidores, questões que estão sendo muito valorizadas e permanecerão sendo um diferencial percebido pelo cliente também no pós-pandemia. Por fim, é importante que os espaços de circulação, em todos os ambientes, sejam bem definidos. Se possível, as entradas e saídas devem ser independentes para os diferentes usos, para minimizar o risco de contaminação cruzada e otimizar as operações do dia a dia. Estas áreas estratégicas devem ser pensadas com bastante cuidado, para que uma atividade não atrapalhe a outra e para que o espaço seja otimizado. Com estas sugestões, é possível criar áreas realmente seguras para os sistemas de delivery e pegue e leve, para desta forma contribuir para uma retomada mais rápida das atividades do setor. A arquitetura fornece soluções capazes de unir a estratégia comercial e o bem-estar, pensando em espaços que proporcionem uma experiência de consumo capaz de superar as expectativas do seu cliente.  Para saber mais sobre o assunto, acesse os outros conteúdos em nosso blog ou nos acompanhe nas redes sociais.  Trabalhamos com condições diferenciadas para Associados Abrasel. Agende um horário com nossa especialista Angélica Picceli pelo e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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Acessibilidade

Inclusão estratégica: Como trazer acessibilidade para espaços comerciais sem precisar fazer reformas estruturais

Vivemos no sexto país mais populoso do mundo e, de acordo com o Censo 2010, quase 46 milhões de brasileiros, ou seja, cerca de 24% da população, declarou ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas (enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus), ou possuir deficiência mental ou intelectual. Além disso, a expectativa de vida da população brasileira aumentou devido a melhoria nas condições de saúde, saneamento e educação, que foram impulsionadas pela urbanização. De acordo com relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde, até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos no mundo vai duplicar. E, no Brasil, este número será ainda mais expressivo, sendo triplicado. Estaremos entre as maiores taxas de população idosa do planeta. Portanto, com números tão expressivos de brasileiros e brasileiras com algum tipo de deficiência ou em condição de mobilidade reduzida, há a necessidade de se planejar espaços acessíveis e inclusivos para todos os cidadãos. Pensar em ambientes comerciais acessíveis é levar em consideração a experiência do consumidor, uma ótima estratégia de diferenciação no mercado e também uma forma de atender a um público ainda mais amplo, que muitas vezes não encontra soluções adequadas para uma experiência de consumo minimamente satisfatória. Ao falar de arquitetura acessível, muitas pessoas pensam se tratar de grandes transformações e projetos altamente dispendiosos. No entanto, há diversas medidas simples que podem auxiliar na autonomia e independência pessoal, facilitando o acesso aos lugares sem que sejam necessárias grandes reformas. Há também lugares onde a aplicação de soluções de acessibilidade é dificultada ou impedida por causa das características estruturais dos edifícios existentes, indisponibilidade de espaço suficiente, ou ainda questões relacionadas à topografia ou condições de acesso. Nestes casos, deve-se implantar as soluções de acessibilidade no grau máximo possível, com o objetivo de dar condições de acesso e atendimento para o maior público possível, afinal, ter acessibilidade mesmo que parcial é melhor do que não ter nenhuma acessibilidade. Qualquer estabelecimento pode e deve utilizar estratégias que tornem seus espaços mais acessíveis, permitindo que fiquem disponíveis e funcionais para todas as pessoas, independentemente de suas características físicas, motoras ou sensoriais. A seguir, apresentamos várias sugestões de pequenas modificações que podem fazer grande diferença no acesso e utilização dos ambientes.  Pisos antiderrapantes para minimizar riscos de acidentes O uso de pisos antiderrapantes é recomendado para a prevenção de acidentes. Em ambientes de alto tráfego, como comércios, por exemplo, este tipo de piso auxilia no caminhar de idosos e pessoas com mobilidade reduzida, pois é feito de materiais com maior aderência ao solado dos sapatos e fornecem mais segurança. Existem diversos tipos de pisos e materiais que podem ser utilizados e esta escolha deve ser feita de acordo com o ambiente a que se destinam, seja ele interno ou externo. Deve-se atentar, também, para a forma com que os acabamentos são aplicados: os pisos devem ser sempre contínuos, firmes e regulares. Evite acabamentos que produzam superfícies irregulares, tapetes e capachos que não estejam aderidos ou embutidos ao chão, pois dificultam o deslocamento das pessoas. Sinalização dos espaços A sinalização dos espaços é outro elemento muito importante para torná-los mais acessíveis sem a necessidade de grandes reformas. Como meio de comunicação, a sinalização deve ser pensada de forma que a mensagem seja apreendida pelo maior número possível de pessoas, levando-se em conta que cada um se comunica e compreende as informações de forma diferente. Para isto, é preciso que seja percebida por pelo menos dois sentidos humanos diferentes: visual e sonora ou visual e tátil.  Como exemplo, citamos as placas de sinalização com textos em alto relevo e braile, abarcando os sentidos visual e tátil. Placas de sinalização com textos em alto relevo e áudio também são um exemplo, que engloba os aspectos visuais, táteis e sonoros.  O piso tátil também é um tipo de sinalização e deve ser aplicado nos pisos em áreas externas, onde não há paredes que auxiliem na orientação espacial de pessoas com deficiência visual. Devem ser sempre em cor forte e contrastante com a cor do piso adjacente. Quanto às especificidades da comunicação visual, é importante utilizar sempre letras em tamanhos maiores e um contraste adequado entre as cores do fundo e da letra. Mobiliário adequado e amplo espaço de circulação Inúmeras são as possibilidades para pensar o mobiliário de estabelecimentos mais inclusivos. Uma dica é pensar os balcões de atendimento com altura adequada para atendimento de pessoas sentadas ou em pé.   Outra ótima dica é disponibilizar bancos ou áreas para descanso de pessoas com mobilidade reduzida, pois, além de demonstrar carinho e consideração com o cliente, pode ser uma estratégia inteligente para mantê-lo em seu estabelecimento e, consequentemente, consumindo por mais tempo. Também é importante pensar em espaços amplos e que possibilitem às pessoas circularem com segurança entre gôndolas e expositores, pois, além de aprimorar a experiência do cliente, ele sente-se muito mais confortável ao fazer suas compras. Além disso, pessoas em cadeiras de rodas, com carrinhos de bebê ou andadores necessitam de espaços maiores para circular. Pensar nos detalhes Pequenos detalhes têm grandes impactos para tornar o acesso aos espaços mais facilitado. Mesmo que o banheiro do estabelecimento não tenha espaço suficiente para ser totalmente acessível, você pode instalar barras de apoio para auxiliar às pessoas com mobilidade reduzida, como os idosos, por exemplo. Outra recomendação é utilizar maçanetas das portas, pias e lavatórios no formato de alavanca, para facilitar seu acionamento. Você pode, também, instalar corrimãos em corredores para que os sêniores, ou pessoas com pouco equilíbrio possam se apoiar e circular de forma mais confortável. Estas sugestões mostram que é possível tornar os ambientes comerciais mais acessíveis sem realizar grandes reformas estruturais e, dessa forma, garantir uma experiência ainda mais agradável para um maior número de consumidores. Cada vez mais as empresas buscam soluções inovadoras, e investir em acessibilidade é uma ótima maneira de atingir o sucesso e ser lembrado como uma referência na sua área de atuação. Nós, do Studio Universalis, acreditamos que, além de uma estratégia de

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Arquitetura comercial

Salão de beleza inclusivo: por que investir em acessibilidade é altamente rentável para o segmento de beleza e estética

O Brasil ocupa a quarta posição no mercado global de beleza, segundo pesquisa realizada pela Euromonitor, estando atrás somente da China, EUA e Japão. O setor está em constante expansão e, mesmo em momentos de crise, o brasileiro destina uma parcela considerável de sua renda mensal (cerca de 20 a 30%) para salões de beleza, clínicas de estética e serviços relacionados, sendo considerada uma das populações mais preocupadas com a imagem.  Segundo o SEBRAE, o segmento figura como o terceiro no ranking de maior volume de empresas, em comparação a todas as atividades econômicas do país. Só na região Sudeste estão localizados 276 mil salões, o que representa cerca de 56% do total do país.  Com tanta concorrência, é preciso se destacar para manter vivo o negócio. Repensar os espaços e investir no ambiente para aprimorar a experiência do cliente é uma estratégia comercial que permite a diferenciação e agrega valor à prestação dos serviços. Aliando arquitetura acessível com o design de interiores, o espaço pode ser ressignificado e seu potencial ampliado. Repensar os espaços é uma solução inovadora que pode romper com os padrões adotados pela concorrência, diferenciar seu negócio e torná-lo referência no segmento de atuação.  A fim de conferir identidade e autenticidade ao salão, uma sugestão é a criação de espaços temáticos – esta tática, que já é adotada por diversos estabelecimentos no país, é um grande diferencial no ramo. Mas, para isso, é necessário conhecer as preferências do público-alvo e, como forma de otimizar o investimento, planejar ambientes multifuncionais, para que seus benefícios sejam aproveitados ao máximo. Espaços específicos, como os dedicados para o Dia da Noiva, por exemplo, podem ser pensados para atuar de maneira multifuncional, podendo ser utilizados como um espaço Spa/lounge ou até mesmo para cursos ou treinamentos. Independentemente da temática, ao planejar a disposição dos elementos no ambiente, deve-se pensar nas diversas utilidades que abarcam e qual será sua utilização pelos ocupantes do espaço. Os móveis e objetos devem se adaptar aos usos do momento e são peça chave para transformar a percepção do cliente, e, consequentemente, sua experiência. Para que o espaço temático tenha sucesso, é preciso pensar nas necessidades às quais se destina, na sua funcionalidade. Mas também entram em consideração os gostos e estilos dos proprietários e o perfil do público ao qual se deseja atender. As formas, cores e texturas do ambiente devem interagir harmoniosamente com o espaço, valorizando todos os recursos disponíveis no lugar. Adotar soluções de arquitetura inclusiva e acessível, mais do que atender à legislação, é uma estratégia inteligente para o negócio, pois espaços projetados dentro desta premissa aliam aspectos estéticos, emocionais e funcionais, resultando em ambientes   dinâmicos e versáteis, que podem ser facilmente adaptados para todos os processos e atividades do salão, inclusive àquelas atividades não previstas ou eventuais.   Sem deixar de lado o conforto, o aconchego e a beleza, os espaços acessíveis incorporam os valores de inclusão e reforçam a sensação de acolhimento, garantindo a diferenciação do estabelecimento. Algumas dicas podem ser destacadas: No balcão de atendimento, a altura deve ser adequada para pessoas de todas as estaturas, considerando que o atendimento possa ser realizado em pé ou sentado. Na área de lavagem e corte de cabelos, a bancada com poltronas removíveis facilita seu deslocamento para que acomode cadeiras de rodas, lavatórios sem cadeira acoplada e com bacia ajustável também garantem condições de uso adequadas para as pessoas mais baixas, como as crianças, por exemplo. No estacionamento, as vagas acessíveis devem ser reservadas próximo às portas, e de preferência, serem largas, com amplo espaço livre para a circulação de pessoas em cadeiras de rodas, andadores e obesos. Em salões de beleza com dois ou mais andares é fundamental a existência de um elevador que permita às pessoas terem acesso a todos os serviços oferecidos no estabelecimento, nos diversos andares, incluso idosos, pessoas com mobilidade reduzida, mães com carrinhos de bebê, entre outras.  A existência de um sanitário acessível para atender a todos é impressindível. Por fim, mas não menos importante, o piso não pode ser esquecido e deve privilegiar materiais antiderrapantes, que sejam fáceis de limpar e permitam que pessoas com todos os tipos de características se desloquem com segurança e autonomia entre os ambientes. Para diferenciar o seu negócio de beleza da concorrência é essencial inovar e atender bem a todos, principalmente em um país que ainda trata a acessibilidade como exceção, porque certamente espaços que vão além do tradicional atraem pessoas que hoje não se veem bem atendidas. Para encontrar soluções inovadoras e atrativas que promovam uma experiência mais envolvente e imersiva ao seu cliente, agende uma reunião com Angélica Picceli, arquiteta especialista em acessibilidade do Studio Universalis através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp/telefone (31) 98797-2392. Obs: Conteúdo produzido com referências do blog Cadeira Voadora, no artigo a seguir: Salão de beleza acessível em Belo Horizonte: O Seu Salão

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Arquitetura comercial

Arquitetura e Varejo: Como a rede C&A utiliza a acessibilidade em suas lojas para promover experiências imersivas e envolventes

O avanço tecnológico vem causando uma profunda transformação nas relações entre pessoas e empresas, sendo o varejo um dos maiores afetados por essa revolução nos comportamentos de consumo. Ao pensarmos nos ambientes físicos, a Arquitetura desempenha um papel fundamental na experiência do cliente porque ela é uma peça-chave na construção das histórias que acontecem a partir da interação com produtos e/ou serviços, por isso deve ser concebida como parte da estratégia comercial de qualquer negócio que dependa da presença física do consumidor em suas instalações. Grandes varejistas como a rede C&A vem transformando seus espaços físicos para tornar a experiência dos clientes ainda mais imersiva e intuitiva através de um novo conceito de loja. Pautada na máxima de que “menos é mais”, este novo conceito passou a oferecer uma menor variedade de produtos, porém, com maior qualidade e assertividade em relação às expectativas do consumidor, além de mais espaço de circulação e interação, transformando gôndolas e prateleiras abarrotadas de peças em espaços temáticos e imersivos para o cliente. Além disto, a empresa tem investido em diversas inovações tecnológicas para atender a demanda de um consumidor cada vez mais conectado, que espera ser surpreendido e não tem tempo a perder, por isso nestas lojas já oferece integração com o próprio e-commerce, para que o cliente “saia da loja” com o produto, mesmo que ele não esteja disponível naquele momento, e que será entregue posteriormente onde for melhor para ele. Outro aspecto extremamente relevante ao se pensar em experiência no ponto de venda é a forma com que o consumidor se localiza dentro dos ambientes. Além do espaço mais amplo e imersivo, a setorização clara dentro das lojas, onde os produtos ficam separados por categorias e subcategorias, e o espaço todo bem-sinalizado, com indicações clara dos setores e facilidades da loja, tornam fácil e rápida a localização daquilo que o consumidor deseja, complementando a boa experiência no ponto de venda, principalmente para aqueles clientes que tem pouco tempo para fazer suas compras. Para atingir o sucesso e manter-se no mercado é preciso mais do que apenas ter um ambiente visualmente atrativo, é essencial considerar todos estes aspectos porque são eles que tornam a experiência do consumidor muito mais enriquecedora do que a que ele teria no ambiente online. Para saber mais a respeito deste assunto, acesse os outros conteúdos presentes em nosso blog ou agende um horário com nossa especialista através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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Arquitetura comercial

Arquitetura Acessível: Um diferencial competitivo para criar experiências mais imersivas no varejo físico

O varejo brasileiro vem passando por uma grande transformação nos últimos anos, com grandes grupos empresariais como Via Varejo e Magazine Luiza investindo tanto em novos nichos como também na integração do físico com o digital. Ao mesmo tempo, com o início da pandemia em 2020, as compras online se tornaram muito mais populares no Brasil, chegando a crescer 47% no primeiro semestre do ano passado, que representou o maior percentual das últimas duas décadas, demonstrando claramente que para uma parcela considerável da população comprar online passou a ser algo cotidiano. Por isso, ao pensarmos no cenário de empresas que dependem de vendas presenciais para sobreviver é fundamental considerar a arquitetura acessível como parte da estratégia comercial do negócio, já que a experiência do ambiente físico precisa não apenas atrair, como também convencer os consumidores que sair de casa para comprar um produto é mais interessante do que fazer a mesma transação do conforto do seu lar. Ao pensarmos na experiência de compra na loja física, é importante lembrar que não se trata apenas da maneira como o cliente experimenta ou escolhe um determinado produto, como também a forma com que ele interage com os espaços físicos, que podem ser altamente influentes na tomada de decisão de compra. Considerando este aspecto, é preciso criar para além dos aspectos estéticos, é essencial que o design universal e a acessibilidade estejam no centro do desenvolvimento porque espaços acessíveis são feitos para todas as pessoas, não apenas para aqueles com algum tipo de deficiência ou necessidade. Para exemplificar, separamos quatro pontos-chave que podem ser implementados como parte da estratégia de atração de consumidores para lojas físicas: Design limpo e visualmente agradável:  Um design livre de poluição visual, que privilegie o uso de tons neutros e exponha os ítens de forma organizada em gôndolas, mesas de apoio e prateleiras favorece a experiência do cliente no ponto de venda, pois faz com que ele consiga encontrar mais facilmente o que está procurando. Corredores largos com piso antiderrapante: Lojas com corredores amplos permitem que o cliente possa parar entre as prateleiras para experimentar produtos sem atrapalhar o fluxo de outras pessoas no mesmo ambiente. Além disso, investir em pisos com materiais antiderrapantes é fundamental para evitar acidentes. Espaços para descanso e degustação de produtos: Em lojas físicas é importante pensar que a experiência do cliente não deve se resumir apenas na compra do produto, é preciso disponibilizar espaços em que ele possa experimentar o que pretende adquirir, por isso disponibilizar espaços com poltronas, bancos e cafeterias torna-se um grande diferencial para que ele prefira comprar presencialmente do que online. Sinalização do ambiente que atenda pelo menos dois sentidos: A sinalização dos ambientes precisa tornar a experiência dos consumidores mais simples e intuitiva, por isso pisos táteis e placas de sinalização podem ser utilizados como facilitadores tanto para pessoas com deficiência visual, quanto para simplesmente orientar o público dentro dos espaços. Para que o varejo físico não se torne um coadjuvante do online é fundamental inovar, pensando não somente no momento atual, mas principalmente com olhos para o futuro porque se por um lado as novas gerações já nascem imersas no digital, ainda existe todo um mercado consumidor ávido por experiências imersivas e envolventes que apenas o varejo físico pode oferecer. Se você possui um estabelecimento e deseja implementar a arquitetura inclusiva como parte da sua estratégia comercial entre em contato com nossa especialista Angélica Picceli pelo e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo telefone (31) 98797-2392.  

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Arquitetura comercial

Iluminação para bares e restaurantes – 5 dicas valiosas

Costumo dizer que a iluminação está para a arquitetura da mesma forma como a cereja está para o bolo: é ela quem faz o arremate final e valoriza todo o trabalho de projeto e execução do design de qualquer tipo de espaço. Uma iluminação bem feita tem a capacidade de potencializar todas as intenções do projeto e provocar emoções e sensações nas pessoas, porém, quando não está adequada ao ambiente, o efeito pode ser desastroso: ambientes pouco atrativos e desagradáveis, resultando em lugares onde as pessoas não se sentem confortáveis em estar. Muitas vezes desconsiderada em bares e restaurantes, uma iluminação projetada neste tipo de negócio deve ser vista como um investimento com retorno certo, tanto em função da economia energética, quanto em relação ao faturamento.  A iluminação está diretamente relacionada com a experiência das pessoas no ambiente, influenciando as sensações, o comportamento e a percepção das pessoas em relação ao lugar onde estão. É uma arma poderosa para influenciar o comportamento de consumo dos clientes, principalmente naqueles estabelecimentos onde se pretende que o consumidor permaneça o maior tempo possível. A iluminação ideal para um bar ou restaurante não é algo simples e aconselho a buscar a ajuda de um profissional para o desenvolvimento de um projeto, principalmente porque o investimento inicial nas luminárias e lâmpadas pode ser relativamente alto para arriscar empregar uma iluminação que pode não dar certo. Entretanto, listo abaixo alguns aspectos que podem te ajudar a entender como melhorar a iluminação do seu negócio e até mesmo a se decidir por um projeto personalizado: 1 – Pense sobre o perfil do seu negócio e do seu público Se o seu negócio é um fastfood, imagino que é desejável que a rotatividade de clientes em seu restaurante seja a maior possível, certo? Porém, se você é dono de uma choperia, pode preferir que os clientes permaneçam o maior tempo possível consumindo. Para que a iluminação seja uma aliada, ela tem de estar adequada à proposta do seu negócio e ao público que você atende.  Se você tem um restaurante de alta rotatividade, deve privilegiar uma iluminação mais clara e difusa, porém, sem descuidar do conforto visual dos clientes e da valorização do design do seu ambiente. Porém, se o seu negócio é um bar, provavelmente uma iluminação menos intensa, com pontos focais bem definidos será mais favorável. É muito importante que a iluminação seja pensada para o perfil do seu negócio, sob o risco de se criar uma ambientação que espante o seu cliente, ao invés de retê-lo, ou o contrário: as pessoas achem o lugar tão agradável que passem a querer ficar, quando o objetivo era que elas fizessem suas refeições rapidamente e fossem embora. 2 – A iluminação deve ser condizente com a decoração do seu estabelecimento O segundo ponto de apoio de todo projeto de iluminação é o design do ambiente. Afinal, ela serve para valorizar a arquitetura do seu restaurante e ajudar a criar as ambientações e sensações adequadas para o seu negócio acontecer. Mais do que isso, a iluminação faz parte da decoração.  Se o seu restaurante tem um estilo industrial, não será um problema se você usar lâmpadas em spots presos em eletrocalhas aparentes.  Esse visual tem tudo a ver com o estilo industrial. Porém, se o seu estabelecimento tem um estilo mais contemporâneo, talvez seja mais adequado o uso de luminárias embutidas em um forro de gesso, que quase não parecem. Cada estilo de design vai pedir um tipo de luminária e efeitos de iluminação específicos, que ajudarão a compor todo o cenário do restaurante ou do bar, de acordo com os objetivos e o perfil do negócio, citados no item anterior. 3 – Atenção com as cores e os materiais utilizados na decoração Os materiais que utilizamos na decoração dos ambientes influenciam bastante na iluminação.  Cores escuras podem exigir que se utilize lâmpadas com maior potência, ou uma quantidade maior de lâmpadas para se conseguir o efeito de iluminação desejado. O contrário acontece com as cores mais claras, que possuem maior refletância de luz. Outro cuidado importante é com os materiais que possuem superfícies metalizadas ou com brilho. Dependendo da posição, potência e tipo de lâmpada, estes elementos podem criar reflexos indesejados, causando sensação de desconforto visual. Neste sentido, os materiais foscos são mais favoráveis. 4 – Nem muita luz, nem pouca luz – o importante é o conforto visual O jogo de luz e sombra é um recurso muito interessante, principalmente em estabelecimentos onde se quer privilegiar a permanência dos clientes, contudo, se o contraste for muito grande, poderá causar cansaço visual.  Além disso, os extremos também não são bons: ambientes muito iluminados são incômodos, pois o excesso de luz causa ofuscamento e desconforto nos olhos. Já os ambientes muito escuros podem dificultar a visualização do cardápio e dos pratos. Não existe uma regra para uma iluminação adequada em bares ou restaurantes. O conceito central é o equilíbrio entre a quantidade de luz e sombras nas diversas áreas do estabelecimento, de maneira que se obtenha um conforto visual na transição entre as áreas mais iluminadas e as áreas mais sombreadas.  5 – Use a iluminação para criar setores, cenários diferenciados e pontos de interesse   A iluminação é uma aliada poderosa na valorização do seu restaurante e pode te ajudar a criar setores diferentes, com maior ou menor privacidade, demarcar e sinalizar as áreas de circulação e ainda destacar a arquitetura e objetos de decoração, criando ambientações diferenciadas, o que pode tornar o seu estabelecimento agradável e interessante para o cliente. Também é uma alternativa relativamente simples quando se quer fazer pequenas alterações no ambiente para criar a sensação de novidade no cliente. E por falar em setores, não devemos nos esquecer que tão importante quanto no salão, uma iluminação adequada para as áreas operacionais do restaurante vai contribuir produtividade e a qualidade do serviço. E para finalizar, quero ressaltar o aspecto da eficiência energética. Com o desenvolvimento da tecnologia LED, hoje temos condições de propor projetos luminotécnicos

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Arquitetura comercial

Acessibilidade em empresas de varejo: Porque espaços acessíveis são uma vantagem competitiva

Todo mundo concorda que um cliente satisfeito é um cliente que volta. Certo? E como clientes, gostamos de comprar em lojas que nos oferecem conforto, comodidade e segurança. É muito agradável ir um estabelecimento onde o acesso é fácil e onde podemos caminhar pelos corredores com tranquilidade sem medo de esbarrar e derrubar os produtos que estão expostos, não é mesmo? E o que dizer da sensação de parar em frente aos expositores e conseguir pegar aquilo que você quer sem precisar chamar o funcionário da loja para te ajudar, afinal, você quer ter tranquilidade para olhar o produto e comparar as opções disponíveis? Ou o contrário: ter uma pessoa para te atender, bem treinada para se comunicar com você da maneira que você entende, com cordialidade, empatia e respeito, capaz de te ajudar a fazer uma compra consciente e te conduzir para uma experiência de consumo personalizada e totalmente diferenciada. Com certeza damos preferência a estabelecimentos que privilegiam uma boa experiência de compra, onde nos sentimos confortáveis e respeitados. E é assim que algumas marcas conseguem fidelizar os seus clientes, concordam? Agora, eu gostaria que vocês prestassem atenção a estes números: Segundo o IBGE, no Brasil existem mais de 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência (isso representa 25% da nossa população); O Brasil possui mais de 28 milhões de pessoas com mais de 60 anos, ou seja, 13% da nossa população, e de acordo com o IBGE esse número deve dobrar nas próximas décadas. Somando-se o grupo das pessoas com deficiência com o grupo das pessoas com mobilidade reduzida teremos 73 milhões de brasileiros.  Pergunto: parece pouco para vocês? Vocês acham que este grupo é pequeno? (A população da Itália inteira está em torno de 59 milhões de pessoas). Sim! A população de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida no Brasil é muito grande e podemos incluir ainda no grupo das pessoas com mobilidade reduzida as gestantes, os obesos e as pessoas com mobilidade reduzida temporária. Uma pesquisa do SEBRAE/SP indicou que 50% das pessoas com deficiência são economicamente ativas e junto com a população de idosos formam um grande mercado consumidor ávido por produtos, serviços e experiências que atendam às suas necessidades. A Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com a Toluna realizou um estudo sobre os hábitos de consumo das pessoas com deficiência, que indicou que para este público a acessibilidade tem grande relevância. Aspectos como o acesso à loja, facilidade de deslocamento dentro da loja, acesso fácil aos produtos e atendimento adequado são fatores decisivos de compra para mais de 80% deste grupo. É importante ressaltar que espaços acessíveis trazem benefícios para todas as pessoas. Espaços mais amplos e confortáveis podem melhorar a experiência de compra de todos os clientes e aumentar potencialmente o público-alvo do negócio. Quando existe acessibilidade na estrutura física das lojas, além de atender um público maior, com a possibilidade de um aumento de até 40% nas vendas (segundo estudo do Sebrae/SP), as empresas passam a oferecer condições adequadas para a contratação de pessoas com deficiência, tornando-se realmente inclusivas também em sua operação. Além de mais consumidores e mais vendas, acessibilidade e inclusão contribuem para a melhora do clima entre os funcionários, criando engajamento e aumentando a produtividade. Acessibilidade e inclusão não é um modismo. Muito mais do que atender à legislação sobre a disponibilização de espaços acessíveis, é um dever das empresas. Clientes cada vez mais exigentes e antenados têm exigido uma postura mais responsável das empresas em relação às questões sociais e conseguem perceber maior valor nestas marcas, concordando muitas vezes em pagar mais por produtos, serviços e experiências que sejam condizentes com os valores em que acreditam. E como é a sua loja? Você já está preparado para esse público-consumidor?

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Bares e restaurantes

Cozinhas profissionais: 5 passos para você começar a planejar ou a reestruturar sua cozinha

O coração de um restaurante, sem dúvida é a cozinha. A importância da cozinha em restaurantes é enorme e seu planejamento exige muito cuidado e atenção, pois cozinhas bem montadas e organizadas, proporcionam boa produtividade no funcionamento do restaurante, contribuindo com o sucesso e a lucratividade do negócio. Cozinhas profissionais são ambientes complexos e devem ser planejados em função do cardápio do restaurante e das várias atividades que são realizadas ali dentro e para ajudar elucidar um pouco a questão, listei abaixo cinco aspectos que considero fundamentais no planejamento de uma cozinha profissional: 1 – O dimensionamento da cozinha O dimensionamento da cozinha é um dos passos mais importantes no planejamento do restaurante, pois está vinculado com a sustentabilidade financeira do negócio. A cozinha deverá ser capaz de preparar uma quantidade de pratos compatível com o número de clientes presentes ao mesmo tempo no salão do restaurante. Esta relação também definirá o número de funcionários que será necessário para operar a cozinha. O cardápio é o ponto de partida, pois a variedade de preparos vai definir os equipamentos que serão necessários na cozinha (fornos, fogões, chapas, fritadeiras etc.). 2 – Setores e Fluxos Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, em cozinhas profissionais, há outras atividades além do preparo e da cocção de alimentos. Antes dos ingredientes chegarem à mão do cozinheiro, eles devem ser recebidos, higienizados e estocados de forma correta. Para facilitar o entendimento, imagine que uma cozinha profissional deve funcionar como uma indústria: você recebe a matéria prima, separa, estoca, prepara e depois manipula ou processa essa matéria prima para que no final da linha de produção você tenha um produto. Nas cozinhas profissionais é a mesma coisa: é necessário ter uma organização e um fluxo de atividades bem definido forma a evitar a contaminação dos alimentos. Podemos dividir as atividades da cozinha em 5 setores: Recebimento: área onde todas as matérias primas utilizadas na cozinha são recebidas, conferidas e pré-higienizadas. Estoque: setor onde as matérias primas são separadas por tipo e armazenadas de acordo com a temperatura adequada para cada tipo de alimento. Neste setor podemos ter prateleiras para secos e não perecíveis, geladeiras, freezers e câmaras frias. Cada tipo de matéria prima deverá ser acondicionada de forma apropriada. Preparo: é a fase de pré-cocção, onde os alimentos são higienizados, descascados, cotados, fatiados e temperados. Cocção: é o setor onde os pratos são efetivamente preparados, até a sua finalização. Higienização: nesta fase efetua-se a lavagem e limpeza das panelas e utensílios utilizados no preparo e no consumo dos pratos. 3 – Use equipamentos adequados Invista em equipamentos industriais adequados aos tipos de preparo que você possui em seu cardápio. Isso vai contribuir com a rapidez e eficiência do processo de produção na cozinha. Muitos iniciantes no setor de restaurantes começam com equipamentos domésticos porque são mais baratos, porém, logo se veem obrigados a comprar os equipamentos industriais. Fogões domésticos, por exemplo, não são feitos para as altas demandas de um restaurante e além disso são muito mais lentos para o preparo de alimentos do que os fogões industriais. Neste caso, o barato acaba saindo caro, tanto no investimento, quanto na produtividade da sua cozinha. 4 – Estrutura física As cozinhas profissionais precisam ser práticas e fáceis de se higienizar. Paredes e pisos precisam ser laváveis, então, materiais como revestimentos cerâmicos e porcelanatos são bem adequados. As bancadas também precisam ser laváveis e não podem possuir micro fissuras, onde bactérias possam se desenvolver. O material mais adequado é o aço inox. É importante que a cozinha tenha uma boa iluminação, e um sistema de ventilação, climatização e exaustão adequados, pois cozinhas são locais de produção de muita fumaça e calor. Observe também a correta filtragem da gordura, pois é obrigatória por lei. Por último, mas não menos importante, planeje sua cozinha de forma que a higienização deste ambiente seja fácil, afinal, uma cozinha limpa minimiza o risco de contaminação dos alimentos e é um belo cartão de visita para os clientes. 5 – Fique atento à legislação Antes de sair executando a sua cozinha profissional, é importante que você verifique a legislação da sua cidade. Existem normas estabelecidas pelas Secretarias de Vigilância Sanitária municipais que regulam a estrutura e o funcionamento das cozinhas profissionais. A legislação também é uma boa fonte de informação tanto para o planejamento da estrutura física das cozinhas, quanto para a organização dos procedimentos e processos de produção, principalmente no que diz respeito ao controle de contaminação e higiene dos ambientes e nos processos. Estes são os aspectos básicos do planejamento de uma cozinha profissional e espero ter ajudado a compreender um pouco sobre o planejamento e o funcionamento deste ambiente tão fundamental nos restaurantes. Mas caso você ainda tenha alguma dúvida, ou precise de um profissional para fazer esse planejamento para você, conte conosco para te ajudar nessa empreitada! Ah! E se você está montando ou já montou a sua cozinha profissional, compartilha com a gente a sua experiência!  

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