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A acessibilidade é a possibilidade da efetiva participação de todas as pessoas nos mais diversos âmbitos da vida social, sem barreiras que as impeçam de desenvolver as atividades de forma autônoma. Se apresenta em múltiplas dimensões, desde as questões atitudinais, acessibilidade física e espacial, tecnológica, informacional, comunicacional, linguística e pedagógica, entre outras.

É, ainda, uma questão de direitos e atitudes, e encontra fortes bases na legislação brasileira, uma das mais avançadas e completas do mundo neste quesito. Com relação aos projetos arquitetônicos, têm conquistado espaço nos últimos anos, através da arquitetura inclusiva.

A arquitetura inclusiva respeita a diversidade humana e define a acessibilidade para todos e todas, em diferentes espaços. Busca enfatizar a experiência das pessoas nos ambientes e incluir as diversas necessidades no seu planejamento. Está relacionada ao conceito do desenho universal, que busca produtos e ambientes com design acessível ao maior número de pessoas possível.

A atuação do arquiteto está descrita conforme diversos dispositivos legislativos. Em relação à acessibilidade, a Lei nº 10.098 estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação. A Lei considera como barreira qualquer entrave que limite ou impeça o acesso, o movimento livre e a circulação com segurança das pessoas.

Em espaços de trabalho, a acessibilidade promove a segurança de todos os colaboradores e proporciona diversos benefícios, como a melhora do clima organizacional e o desenvolvimento de tarefas de forma mais fluida. Planejar ambientes industriais acessíveis envolve pensar nos usos dos espaços para favorecer os processos de produção, mas sem deixar de seguir uma série de regulamentações, como a NBR 9050:2020, por exemplo.

Em reformas, pode ocorrer um processo de adequação dos espaços à legislação e também adaptações dos ambientes para que atendam às exigências da legislação, e algumas medidas são priorizadas, por escolha da gestão da empresa e dos arquitetos envolvidos.

Para que os projetos sejam inclusivos, tanto para pessoas com deficiência, quanto para as pessoas que não possuem nenhuma necessidade específica, alguns itens são fundamentais.

  • Entrada acessível:

As empresas devem cuidar para que as entradas de suas sedes sejam acessíveis para todas as pessoas. No caso de locais com desníveis ou mais de um pavimento, é necessário ter rampas, plataformas ou elevadores que permitam a transposição e circulação entre esses diversos pavimentos, lembrando que estas soluções são indispensáveis para que pessoas em cadeira de rodas ou com mobilidade reduzida possam chegar à sede da empresa e que tais dispositivos devem respeitar as exigências técnicas estabelecidas pela NBR 9050:2020 e outras normas técnicas específicas.

  • Estacionamento:

Os estacionamentos devem contar com vagas de estacionamento para pessoas com deficiência e vagas reservadas para idosos. Estas vagas precisam estar localizadas próximas à entrada do estabelecimento e possuir acesso facilitado e desobstruído ao local.

  • Banheiros acessíveis:

Alguns dispositivos são essenciais para sanitários acessíveis como barras de apoio, torneiras com acionamento por alavanca e sensores automáticos. Além disso, precisam contar com espaço suficiente e adequado para que as pessoas possam se movimentar lá dentro e respeitar as larguras mínimas de portas e corredores de acesso.

  • Sinalização e comunicação multi-sensorial:

É necessário prever um sistema de comunicação e sinalização que possa ser compreendido por todas as pessoas, independente do sentido que utilizam para essa compreensão. A implementação de comunicação em várias mídias diferentes, tais como texto em alto-relevo, Braille, pictogramas e áudio é fundamental para garantir a autonomia e segurança das pessoas.

  • Piso tátil:

A principal função do piso tátil é auxiliar na orientação e circulação das pessoas com deficiência visual e baixa visão. Quando combinados com mapas táteis possibilitam autonomia e segurança para as pessoas com deficiência visual. 

  • Refeitórios com espaço, equipamentos e mobiliário adequados:

Além dos espaços suficientes para que todos possam se movimentar dentro dos refeitórios, equipamentos e mobiliários tais como buffets e mesas precisam ter dimensões e características que permitam que todas as pessoas consigam utilizá-lo. Há, no mercado, diversas soluções inovadoras que podem ser utilizadas em indústrias, aliando funcionalidade, conforto e as medidas determinadas pela norma técnica.

De forma geral, todo estabelecimento de uso coletivo deve ter uma rota acessível, garantindo um trajeto contínuo e sem obstáculos, que apresente a sinalização adequada, interligando os acessos e todos os setores do estabelecimento. Os ambientes industriais devem ser pensados de forma a promover a autonomia e segurança daqueles que o utilizam e o papel do arquiteto é fundamental para este planejamento. Como profissionais, idealizamos e planejamos os espaços de forma a considerar as possibilidades de atuação do maior número possível de pessoas.

Conte com profissionais especializados para fornecer a orientação necessária para o planejamento de seus espaços e adequá-los às demandas de acessibilidade, sempre conciliado com os requisitos dos seus processos e cadeia produtiva. Agende um horário com Angélica Picceli, especialista em Arquitetura Acessível do Studio Universalis, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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