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Arquitetura Residencial

Como tornar ambientes residenciais mais acessíveis sem grandes transformações estruturais no imóvel

Na arquitetura e no urbanismo, a acessibilidade tem sido uma preocupação constante nas últimas décadas. O termo representa a possibilidade de que qualquer pessoa, possuindo ou não algum tipo de deficiência ou capacidade de locomoção reduzida, consiga alcançar e utilizar espaços, mobiliários, equipamentos e que tenha garantido seu direito de ir e vir com autonomia e independência. A acessibilidade também garante a segurança e integridade física de todas as pessoas, em especial daquelas com deficiência ou mobilidade reduzida, assegurando a todos o direito de usufruir dos ambientes, convivendo em sociedade em um clima de normalidade, sem que haja necessidade de adaptações ou soluções de design específicas para esta ou aquela pessoa. Não é possível prever o futuro, mas pensar a longo prazo é uma forma de encontrarmos novas oportunidades de diferenciação no mercado, já que nos  tornamos capazes de antecipar os problemas dos  consumidores e, assim, fornecer uma solução inovadora para suas necessidades. Ao planejar a infraestrutura que um edifício residencial oferece, pensar na experiência que o consumidor terá ao longo da vida é indispensável para qualquer empreendimento que esteja empenhado em garantir autonomia e independência aos seus moradores e visitantes.  No entanto, em edifícios mais antigos é mais comum encontrarmos estruturas que não foram pensadas levando a acessibilidade em consideração, incluindo desde as áreas comuns até as privativas. Tornar um apartamento ou residência mais acessível é algo que pode ser possível mesmo em locais que não foram pensados para tal; obviamente, pode ser que não seja  total, mas alguma acessibilidade já é melhor do que nenhuma. Quando falamos em acessibilidade é importante diferenciarmos o que é acessível do que é visitável. No primeiro caso, falamos de ambientes que podem ser utilizados em sua totalidade por pessoas com as mais variadas características físicas, habilidades motoras ou sensoriais. Já no segundo caso, nos referimos a espaços que permitem a visitação, mas que não oferecem a possibilidade de utilização plena com autonomia. Contemplar a acessibilidade de forma parcial pode ser melhor do que nenhuma acessibilidade, desde que o maior número de necessidades das pessoas que vão morar naquele local possa ser atendido da melhor maneira possível. Para exemplificar este aspecto, apresentamos abaixo um projeto que nossa arquiteta, Angélica Picceli, desenvolveu em 2010 no Laboratório Adaptse da Escola de Arquitetura da UFMG, sob coordenação do Prof. Dr. Marcelo Pinto Guimarães.  A proposta era desenvolver um projeto para adaptação do apartamento onde um senhor e seus filhos moravam, sendo que um dos rapazes utilizava uma cadeira de rodas para se locomover pela casa.  A análise da planta original do apartamento mostrou que os espaços eram inacessíveis para uma pessoa em cadeira de rodas e que a relação deste morador com o espaço era difícil e estressante. A residência não possuía, também, o suporte necessário para a realização das atividades cotidianas com autonomia por todas as pessoas. Para melhorar a  autonomia e bem-estar do rapaz, algumas intervenções foram propostas. De forma geral, foi sugerido o aumento da largura dos corredores em toda a residência, para propiciar a manobra da cadeira de rodas. Nos dormitórios, os armários embutidos foram retirados para permitir a colocação de portas mais largas (as passagens antigas tinham apenas 72 centímetros de largura). Todo o mobiliário e o leiaute dos dormitórios foi redesenhado para permitir espaço suficiente para a manobra da cadeira de rodas. Nas salas de estar e jantar, foi proposta a substituição do mobiliário existente por outro com dimensões e design mais adequados, que permitissem a livre e segura circulação de todas as pessoas no ambiente, bem como espaço para a aproximação e uso dos móveis, equipamentos e outras facilidades. A sala de estar recebeu a TV e passou a ser um espaço de convívio para a família. No dormitório suíte, a porta foi substituída por outra com maior largura e respeitando o espaço de 30 cm próximo à maçaneta – necessário para a aproximação em cadeira de rodas. Desta forma, o acesso a este ambiente ficou garantido.  O banheiro social foi ampliado e recebeu todos os equipamentos necessários para garantir sua utilização por todos os moradores da casa. Barras de apoio foram instaladas, além de bacia sanitária com altura adequada e dispositivo de acionamento da descarga acessíveis, chuveiro com desviador e a instalação de acessórios em altura adequada para o alcance manual de todos os usuários. Os revestimentos também foram trocados para proporcionar melhor contraste de cores entre piso e parede, proporcionando uma sensação de tridimensionalidade do ambiente mais equilibrada. Este detalhe, que muitas vezes é ignorado, é capaz de  tornar o espaço mais confortável para todas as pessoas. Prédios antigos podem não possuir acessibilidade, mas com projetos de reformas há a possibilidade de incluí-la, ainda que parcialmente. Às empresas do ramo da construção civil, pensar nestas possibilidades e oferecer projetos residenciais mais acessíveis é uma ótima estratégia de negócios, pois possibilita atender a um número ainda maior de consumidores e construir uma base de clientes fidelizada, que terá suas expectativas atendidas – ou, até mesmo, superadas – por muito tempo.  Indo além, pensar em arquitetura inclusiva dentro de casa significa falar de espaços que foram pensados para todos os moradores daquele lugar, em todos os períodos da vida, ou seja: jovens, crianças, idosos, gestantes, pessoas com ou sem deficiência, entre outros. Assim, a estrutura arquitetônica da casa precisa oferecer condições para que todas estas pessoas, com suas características e habilidades físicas possam habitá-la. Entretanto, não há uma receita para a adaptação de espaços existentes. Cada caso precisa ser avaliado de maneira individual, para que as soluções sejam projetadas levando em consideração suas particularidades.  Se você quer saber mais a respeito deste assunto ou, ainda, como adaptar seu espaço residencial e torná-lo mais acessível, agende um horário com Angélica Picceli, nossa especialista, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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Arquitetura comercial

Bares e Restaurantes: como criar áreas seguras para delivery e atendimento pegue e leve para atrair mais clientes para o seu negócio

O cenário pandêmico impactou drasticamente todos os setores da sociedade e o segmento de alimentação fora de casa foi um dos mais afetados. Estabelecimentos fechados ao público tiveram de se reinventar e gestores de empresa transformaram seus negócios para permanecerem abertos. Com isto, muitos estabelecimentos acabaram aderindo ao sistema de delivery, como forma de aumentar a fonte de renda e conquistar espaço no mercado. De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, 48% das micro e pequenas empresas que registraram aumento de receita durante a pandemia conseguiram isso por investir em novas formas de atender seus consumidores, principalmente através do delivery e pegue-leve. Para o segmento de alimentos e bebidas, este dado é ainda mais expressivo: 92% das empresas que aumentaram seu faturamento no período aderiram ao modelo de delivery. De forma crescente, a entrega de pedidos e retirada no local tornou-se um serviço que, além de garantir a manutenção do negócio, é uma forma de proporcionar seu crescimento mesmo em momentos de crise. E, de acordo com o Business Wire, este mercado deve crescer ainda mais e atingir, globalmente, o faturamento de US$ 154,34 bilhões no ano de 2023. E as mudanças de comportamento do consumidor que ocorreram por conta da pandemia parecem ter reflexos no futuro: uma pesquisa da Galunion Consultoria mostrou que 21% dos respondentes deverão manter o hábito de pedir comida em casa após o fim do isolamento social. Além disso, 45% dos participantes da pesquisa afirmam que seguirão pedindo por delivery ou take away para reuniões com amigos e familiares em suas casas, mesmo quando os bares e restaurantes estiverem funcionando normalmente.  Com a retomada das atividades presenciais do setor de alimentação fora de casa, o delivery representa uma oportunidade de incrementar ainda mais o faturamento e buscar uma recuperação mais rápida do setor. Para isso, é preciso que a atuação tanto presencial quanto na entrega à domicílio seja muito bem planejada em seus aspectos logísticos e de espaços, de forma a entregar ao consumidor algo que vá além da alimentação – garantir uma experiência de consumo única. Planejar a ambiência dos bares e restaurantes é tão essencial para o negócio como a qualidade das comidas e bebidas servidas e o atendimento prestado. Portanto, é necessário pensar em áreas seguras de delivery e atendimento pegue e leve, para que os clientes sintam-se confortáveis e aproveitem suas refeições. A seguir, apresentamos algumas sugestões de como organizar os ambientes, para que o empreendimento aproveite ao máximo as possibilidades de seus espaços e consiga aumentar seu faturamento entregando uma experiência de qualidade aos seus clientes. Para o delivery, o ideal é possuir um espaço  dedicado com acessos e circulações independentes do salão principal de atendimento ao público, por questões sanitárias e também por ser uma área muito operacional. É importante definir os fluxos de circulação, as rotas de saída dos pedidos e os acessos dos entregadores de forma que não afete a atuação do salão, já que, geralmente, o delivery tem uma rotatividade e fluxo de pedidos maior do que o salão. Também é ideal que esta área seja separada do caixa, por conta do alto fluxo de dinheiro e de pessoas. Ainda, a organização do recebimento dos pagamentos pode ser feita com caixas distintos para o salão principal e para tele-entrega e retirada no local, de forma a evitar uma maior concentração de pessoas e otimizar as dinâmicas de funcionamento. Para o take away, algumas recomendações são semelhantes: neste caso, o cliente vai até o estabelecimento, então é necessário ter um espaço planejado e preparado para recebê-lo e garantir uma experiência fidelizadora. Aqueles que possuem espaço podem optar por criar uma área separada, ou ainda, incorporar esse local com a área do bar. Este espaço é uma área de muitas oportunidades comerciais, pois o cliente aguarda a retirada do seu pedido e,  enquanto espera, pode consumir um petisco, um drink ou um refrigerante, o que ocasiona o aumento das vendas para o estabelecimento. Também é um espaço interessante para que o bar ou restaurante crie um canal de comunicação com seu cliente. Além de bancos e cadeiras para que o cliente possa esperar confortavelmente, sua área de espera pode contar com alguns cardápios, para que os consumidores possam folhear enquanto estiverem no ambiente. É um ótimo local para comunicar seu posicionamento enquanto marca, mensagens descontraídas, pratos e drinks da casa e também os eventos que já ocorreram em seu estabelecimento (especiais da semana, happy hour, entre outros). Uma dica que é válida para todos os ambientes é dar visibilidade aos procedimentos de segurança adotados pela empresa. Utilizar elementos comunicacionais enfatizando a importância dos cuidados é uma forma de demonstrar a preocupação do estabelecimento com a segurança e saúde de seus consumidores, questões que estão sendo muito valorizadas e permanecerão sendo um diferencial percebido pelo cliente também no pós-pandemia. Por fim, é importante que os espaços de circulação, em todos os ambientes, sejam bem definidos. Se possível, as entradas e saídas devem ser independentes para os diferentes usos, para minimizar o risco de contaminação cruzada e otimizar as operações do dia a dia. Estas áreas estratégicas devem ser pensadas com bastante cuidado, para que uma atividade não atrapalhe a outra e para que o espaço seja otimizado. Com estas sugestões, é possível criar áreas realmente seguras para os sistemas de delivery e pegue e leve, para desta forma contribuir para uma retomada mais rápida das atividades do setor. A arquitetura fornece soluções capazes de unir a estratégia comercial e o bem-estar, pensando em espaços que proporcionem uma experiência de consumo capaz de superar as expectativas do seu cliente.  Para saber mais sobre o assunto, acesse os outros conteúdos em nosso blog ou nos acompanhe nas redes sociais.  Trabalhamos com condições diferenciadas para Associados Abrasel. Agende um horário com nossa especialista Angélica Picceli pelo e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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Acessibilidade

Inclusão estratégica: Como trazer acessibilidade para espaços comerciais sem precisar fazer reformas estruturais

Vivemos no sexto país mais populoso do mundo e, de acordo com o Censo 2010, quase 46 milhões de brasileiros, ou seja, cerca de 24% da população, declarou ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas (enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus), ou possuir deficiência mental ou intelectual. Além disso, a expectativa de vida da população brasileira aumentou devido a melhoria nas condições de saúde, saneamento e educação, que foram impulsionadas pela urbanização. De acordo com relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde, até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos no mundo vai duplicar. E, no Brasil, este número será ainda mais expressivo, sendo triplicado. Estaremos entre as maiores taxas de população idosa do planeta. Portanto, com números tão expressivos de brasileiros e brasileiras com algum tipo de deficiência ou em condição de mobilidade reduzida, há a necessidade de se planejar espaços acessíveis e inclusivos para todos os cidadãos. Pensar em ambientes comerciais acessíveis é levar em consideração a experiência do consumidor, uma ótima estratégia de diferenciação no mercado e também uma forma de atender a um público ainda mais amplo, que muitas vezes não encontra soluções adequadas para uma experiência de consumo minimamente satisfatória. Ao falar de arquitetura acessível, muitas pessoas pensam se tratar de grandes transformações e projetos altamente dispendiosos. No entanto, há diversas medidas simples que podem auxiliar na autonomia e independência pessoal, facilitando o acesso aos lugares sem que sejam necessárias grandes reformas. Há também lugares onde a aplicação de soluções de acessibilidade é dificultada ou impedida por causa das características estruturais dos edifícios existentes, indisponibilidade de espaço suficiente, ou ainda questões relacionadas à topografia ou condições de acesso. Nestes casos, deve-se implantar as soluções de acessibilidade no grau máximo possível, com o objetivo de dar condições de acesso e atendimento para o maior público possível, afinal, ter acessibilidade mesmo que parcial é melhor do que não ter nenhuma acessibilidade. Qualquer estabelecimento pode e deve utilizar estratégias que tornem seus espaços mais acessíveis, permitindo que fiquem disponíveis e funcionais para todas as pessoas, independentemente de suas características físicas, motoras ou sensoriais. A seguir, apresentamos várias sugestões de pequenas modificações que podem fazer grande diferença no acesso e utilização dos ambientes.  Pisos antiderrapantes para minimizar riscos de acidentes O uso de pisos antiderrapantes é recomendado para a prevenção de acidentes. Em ambientes de alto tráfego, como comércios, por exemplo, este tipo de piso auxilia no caminhar de idosos e pessoas com mobilidade reduzida, pois é feito de materiais com maior aderência ao solado dos sapatos e fornecem mais segurança. Existem diversos tipos de pisos e materiais que podem ser utilizados e esta escolha deve ser feita de acordo com o ambiente a que se destinam, seja ele interno ou externo. Deve-se atentar, também, para a forma com que os acabamentos são aplicados: os pisos devem ser sempre contínuos, firmes e regulares. Evite acabamentos que produzam superfícies irregulares, tapetes e capachos que não estejam aderidos ou embutidos ao chão, pois dificultam o deslocamento das pessoas. Sinalização dos espaços A sinalização dos espaços é outro elemento muito importante para torná-los mais acessíveis sem a necessidade de grandes reformas. Como meio de comunicação, a sinalização deve ser pensada de forma que a mensagem seja apreendida pelo maior número possível de pessoas, levando-se em conta que cada um se comunica e compreende as informações de forma diferente. Para isto, é preciso que seja percebida por pelo menos dois sentidos humanos diferentes: visual e sonora ou visual e tátil.  Como exemplo, citamos as placas de sinalização com textos em alto relevo e braile, abarcando os sentidos visual e tátil. Placas de sinalização com textos em alto relevo e áudio também são um exemplo, que engloba os aspectos visuais, táteis e sonoros.  O piso tátil também é um tipo de sinalização e deve ser aplicado nos pisos em áreas externas, onde não há paredes que auxiliem na orientação espacial de pessoas com deficiência visual. Devem ser sempre em cor forte e contrastante com a cor do piso adjacente. Quanto às especificidades da comunicação visual, é importante utilizar sempre letras em tamanhos maiores e um contraste adequado entre as cores do fundo e da letra. Mobiliário adequado e amplo espaço de circulação Inúmeras são as possibilidades para pensar o mobiliário de estabelecimentos mais inclusivos. Uma dica é pensar os balcões de atendimento com altura adequada para atendimento de pessoas sentadas ou em pé.   Outra ótima dica é disponibilizar bancos ou áreas para descanso de pessoas com mobilidade reduzida, pois, além de demonstrar carinho e consideração com o cliente, pode ser uma estratégia inteligente para mantê-lo em seu estabelecimento e, consequentemente, consumindo por mais tempo. Também é importante pensar em espaços amplos e que possibilitem às pessoas circularem com segurança entre gôndolas e expositores, pois, além de aprimorar a experiência do cliente, ele sente-se muito mais confortável ao fazer suas compras. Além disso, pessoas em cadeiras de rodas, com carrinhos de bebê ou andadores necessitam de espaços maiores para circular. Pensar nos detalhes Pequenos detalhes têm grandes impactos para tornar o acesso aos espaços mais facilitado. Mesmo que o banheiro do estabelecimento não tenha espaço suficiente para ser totalmente acessível, você pode instalar barras de apoio para auxiliar às pessoas com mobilidade reduzida, como os idosos, por exemplo. Outra recomendação é utilizar maçanetas das portas, pias e lavatórios no formato de alavanca, para facilitar seu acionamento. Você pode, também, instalar corrimãos em corredores para que os sêniores, ou pessoas com pouco equilíbrio possam se apoiar e circular de forma mais confortável. Estas sugestões mostram que é possível tornar os ambientes comerciais mais acessíveis sem realizar grandes reformas estruturais e, dessa forma, garantir uma experiência ainda mais agradável para um maior número de consumidores. Cada vez mais as empresas buscam soluções inovadoras, e investir em acessibilidade é uma ótima maneira de atingir o sucesso e ser lembrado como uma referência na sua área de atuação. Nós, do Studio Universalis, acreditamos que, além de uma estratégia de

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Arquitetura comercial

Salão de beleza inclusivo: por que investir em acessibilidade é altamente rentável para o segmento de beleza e estética

O Brasil ocupa a quarta posição no mercado global de beleza, segundo pesquisa realizada pela Euromonitor, estando atrás somente da China, EUA e Japão. O setor está em constante expansão e, mesmo em momentos de crise, o brasileiro destina uma parcela considerável de sua renda mensal (cerca de 20 a 30%) para salões de beleza, clínicas de estética e serviços relacionados, sendo considerada uma das populações mais preocupadas com a imagem.  Segundo o SEBRAE, o segmento figura como o terceiro no ranking de maior volume de empresas, em comparação a todas as atividades econômicas do país. Só na região Sudeste estão localizados 276 mil salões, o que representa cerca de 56% do total do país.  Com tanta concorrência, é preciso se destacar para manter vivo o negócio. Repensar os espaços e investir no ambiente para aprimorar a experiência do cliente é uma estratégia comercial que permite a diferenciação e agrega valor à prestação dos serviços. Aliando arquitetura acessível com o design de interiores, o espaço pode ser ressignificado e seu potencial ampliado. Repensar os espaços é uma solução inovadora que pode romper com os padrões adotados pela concorrência, diferenciar seu negócio e torná-lo referência no segmento de atuação.  A fim de conferir identidade e autenticidade ao salão, uma sugestão é a criação de espaços temáticos – esta tática, que já é adotada por diversos estabelecimentos no país, é um grande diferencial no ramo. Mas, para isso, é necessário conhecer as preferências do público-alvo e, como forma de otimizar o investimento, planejar ambientes multifuncionais, para que seus benefícios sejam aproveitados ao máximo. Espaços específicos, como os dedicados para o Dia da Noiva, por exemplo, podem ser pensados para atuar de maneira multifuncional, podendo ser utilizados como um espaço Spa/lounge ou até mesmo para cursos ou treinamentos. Independentemente da temática, ao planejar a disposição dos elementos no ambiente, deve-se pensar nas diversas utilidades que abarcam e qual será sua utilização pelos ocupantes do espaço. Os móveis e objetos devem se adaptar aos usos do momento e são peça chave para transformar a percepção do cliente, e, consequentemente, sua experiência. Para que o espaço temático tenha sucesso, é preciso pensar nas necessidades às quais se destina, na sua funcionalidade. Mas também entram em consideração os gostos e estilos dos proprietários e o perfil do público ao qual se deseja atender. As formas, cores e texturas do ambiente devem interagir harmoniosamente com o espaço, valorizando todos os recursos disponíveis no lugar. Adotar soluções de arquitetura inclusiva e acessível, mais do que atender à legislação, é uma estratégia inteligente para o negócio, pois espaços projetados dentro desta premissa aliam aspectos estéticos, emocionais e funcionais, resultando em ambientes   dinâmicos e versáteis, que podem ser facilmente adaptados para todos os processos e atividades do salão, inclusive àquelas atividades não previstas ou eventuais.   Sem deixar de lado o conforto, o aconchego e a beleza, os espaços acessíveis incorporam os valores de inclusão e reforçam a sensação de acolhimento, garantindo a diferenciação do estabelecimento. Algumas dicas podem ser destacadas: No balcão de atendimento, a altura deve ser adequada para pessoas de todas as estaturas, considerando que o atendimento possa ser realizado em pé ou sentado. Na área de lavagem e corte de cabelos, a bancada com poltronas removíveis facilita seu deslocamento para que acomode cadeiras de rodas, lavatórios sem cadeira acoplada e com bacia ajustável também garantem condições de uso adequadas para as pessoas mais baixas, como as crianças, por exemplo. No estacionamento, as vagas acessíveis devem ser reservadas próximo às portas, e de preferência, serem largas, com amplo espaço livre para a circulação de pessoas em cadeiras de rodas, andadores e obesos. Em salões de beleza com dois ou mais andares é fundamental a existência de um elevador que permita às pessoas terem acesso a todos os serviços oferecidos no estabelecimento, nos diversos andares, incluso idosos, pessoas com mobilidade reduzida, mães com carrinhos de bebê, entre outras.  A existência de um sanitário acessível para atender a todos é impressindível. Por fim, mas não menos importante, o piso não pode ser esquecido e deve privilegiar materiais antiderrapantes, que sejam fáceis de limpar e permitam que pessoas com todos os tipos de características se desloquem com segurança e autonomia entre os ambientes. Para diferenciar o seu negócio de beleza da concorrência é essencial inovar e atender bem a todos, principalmente em um país que ainda trata a acessibilidade como exceção, porque certamente espaços que vão além do tradicional atraem pessoas que hoje não se veem bem atendidas. Para encontrar soluções inovadoras e atrativas que promovam uma experiência mais envolvente e imersiva ao seu cliente, agende uma reunião com Angélica Picceli, arquiteta especialista em acessibilidade do Studio Universalis através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp/telefone (31) 98797-2392. Obs: Conteúdo produzido com referências do blog Cadeira Voadora, no artigo a seguir: Salão de beleza acessível em Belo Horizonte: O Seu Salão

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Arquitetura Corporativa

Construção Civil: Como as construtoras podem aproveitar o crescimento do home office para vender mais apartamentos

O avanço tecnológico que acompanhamos há alguns anos vem possibilitando diversas transformações de ordem social, influenciando mudanças em nosso cotidiano e influenciando a forma com que nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. A rotina de trabalho vem se tornando cada vez mais flexível, e há alguns anos a tendência de desempenhar parte do expediente de forma remota já era realidade para profissionais de diversos segmentos. Entretanto, desde o início da pandemia, esse processo se acelerou e, mais que uma tendência, trabalhar em casa se tornou uma necessidade. Com determinações de isolamento social para conter a propagação do vírus, de repente, todos estavam em casa. Mas as casas não estavam preparadas para uma mudança tão drástica, e o espaço doméstico foi ressignificado: a casa, que era local de descanso e sossego, passou a funcionar, também, como espaço de trabalho e ensino. Ao mesmo tempo, grandes empresas perceberam que o trabalho em home office pode ser uma opção tão eficaz quanto trabalhar no escritório, por isso hoje já estão formalizando essa nova modalidade de trabalho em formato híbrido para colaboradores que não precisam estar diariamente na empresa para exercer suas atividades. Com isso, as adaptações feitas por milhões de pessoas para que suas casas pudessem abrigar temporariamente também as atividades de trabalho, agora precisam ser consolidadas, pois para muitos esta será uma realidade permanente. A partir desta transformação,  muitas oportunidades vem surgindo no ramo da construção civil, desde serviços de reforma focados na adaptação dos espaços físicos de casas e apartamentos até o lançamento de empreendimentos que atendam adequadamente essa nova demanda do mercado. Entretanto, para atender de forma efetiva é necessário pensar além das soluções já ofertadas. É estratégico tornar a arquitetura e a acessibilidade um diferencial competitivo dos projetos. Ao pensarmos na arquitetura acessível como parte da estratégia dos negócios ligados à construção civil, é possível desenvolver alternativas que contemplem não apenas o momento atual, como também todas as necessidades e expectativas dos usuários ao longo de suas vidas, porque as residências precisam se moldar às necessidades dos seus moradores e não o contrário. Partindo desta premissa, o uso inteligente e otimizado dos espaços torna-se essencial para atrair novos consumidores que anseiam, cada vez mais, encontrar alternativas que permitam alcançar o equilíbrio entre vida pessoal, profissional e acadêmica.  Ao tratarmos de novos empreendimentos residenciais, é importante considerar soluções que atendam as necessidades tanto em âmbito privativo quanto coletivo para que as pessoas decidam quando e de que forma é mais conveniente utilizar os espaços dos seus condomínios e das suas casas. Por isso, não há nada melhor do que oferecer ao cliente ideias que permitam a ele enxergar possibilidades que nem ele sabia que existiam. Elencamos 3 tipos de soluções que podem ser incorporadas como parte da estratégia comercial de novos empreendimentos. PLANTAS ADAPTÁVEIS E ESPAÇOS MULTIUSO: o uso de paredes que possam ser removidas ou deslocadas permite ao cliente expandir ou reduzir os ambientes facilmente, permitindo transformar um pequeno quarto de hóspedes em um espaço híbrido com escritório, espaço de estudos, um estúdio para gravação de vídeos.  ESPAÇOS DE COWORKING PAY PER USE: uma solução inovadora é oferecer espaços preparados para trabalho aos condôminos com mesas rotativas, salas para pequenas reuniões ou gravação de aulas online que podem ser gratuitos ou pagos por tempo de uso. CONDOMÍNIOS MISTOS OU HÍBRIDOS: uma saída interessante para quem busca qualidade de vida, mas precisa de um espaço dedicado são empreendimentos que mesclem uso residencial com salas corporativas prontas para uso, em formato de aluguel por temporada ou por períodos mais longos. Porém, independentemente das soluções oferecidas, é essencial sempre lembrar que qualquer espaço precisa estar pronto para atender pessoas com as mais variadas características e necessidades, por isso sempre é necessário levar em conta a acessibilidade do projeto. O Studio Universalis é especializado em desenvolver projetos de arquitetura que vão além do tradicional, nosso foco é ajudar os clientes a criarem soluções inovadoras e atrativas que tornem a comercialização dos empreendimentos mais facilitada para o time comercial. Para agendar uma reunião com nossa especialista Angélica Picceli, entre em contato pelo e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp/telefone (31) 98797-2392.    

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Arquitetura comercial

Bares e restaurantes: Como manter a segurança em plena pandemia

Com a extensão do horário de funcionamento dos bares e restaurantes, desde o último dia 12 de junho, redobrar os cuidados para evitar a propagação do vírus torna-se extremamente necessário para que não tenhamos um novo fechamento das atividades presenciais no setor de alimentação fora de casa. Diante deste cenário, é preciso investir em estratégias que tornem os ambientes mais convidativos sem renunciar à segurança. Por isso, promover novas experiências de consumo deve ser não apenas uma estratégia com foco puramente comercial como também uma garantia para a segurança e sobrevivência de um segmento já tão afetado pela pandemia. Dentre as medidas de segurança, nunca é demais falar na necessidade do distanciamento entre as mesas e a presença de álcool em gel na entrada, nos caixas de pagamento, em balcões de atendimento e nas próprias mesas, como também a disponibilização de embalagens plásticas para armazenamento das máscaras dos clientes durante a permanência no estabelecimento e o uso de EPI’s de segurança como máscaras e face shields por toda a equipe. Além disso, é extremamente importante separar o espaço de convívio dos clientes com aquele destinado aos entregadores. A preferência é por um ambiente externo, um local funcional que possibilite a movimentação de pessoas.  Caso o estabelecimento trabalhe com o sistema pegue-leve, deve contar com espaço cômodo e agradável para o cliente aguardar, caso o produto ainda não esteja pronto. Ao tratarmos da arquitetura em si, adaptar os espaços para que eles permaneçam atrativos é um grande desafio e alguns pontos devem ser priorizados neste momento, podendo destacar o conforto térmico, a circulação de ar natural no ambiente e a sinalização clara e visível dos procedimentos de segurança. Adicionalmente, é essencial também considerar que o fluxo de clientes entre o salão, caixas de pagamento e banheiros deve ser o mais curto possível e sempre com uso de máscaras, para que haja menor circulação e potencial de risco de transmissão da covid-19. Outra estratégia interessante é o uso de parklets e calçadas como ambientes adicionais para os restaurantes. Contudo, cada cidade tem sua legislação própria a respeito da ocupação e construção destes espaços e as prefeituras sempre devem ser consultadas a respeito das regras e licenças necessárias. É importante lembrar que, independente da legislação de cada prefeitura, a faixa de livre circulação nas calçadas deve ser preservada, garantindo o direito de ir e vir de todas as pessoas. Ao adotar tais medidas é possível minimizar os riscos de contaminação pela doença e garantir que o setor como um todo se recupere mais rápido, de forma sustentável e duradoura. Para saber mais sobre este assunto continue nos acompanhando aqui e nas redes sociais. Trabalhamos com condições diferenciadas para Associados Abrasel, agende um horário com nossa especialista Angélica Picceli pelo e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.  

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Arquitetura comercial

Arquitetura e Varejo: Como a rede C&A utiliza a acessibilidade em suas lojas para promover experiências imersivas e envolventes

O avanço tecnológico vem causando uma profunda transformação nas relações entre pessoas e empresas, sendo o varejo um dos maiores afetados por essa revolução nos comportamentos de consumo. Ao pensarmos nos ambientes físicos, a Arquitetura desempenha um papel fundamental na experiência do cliente porque ela é uma peça-chave na construção das histórias que acontecem a partir da interação com produtos e/ou serviços, por isso deve ser concebida como parte da estratégia comercial de qualquer negócio que dependa da presença física do consumidor em suas instalações. Grandes varejistas como a rede C&A vem transformando seus espaços físicos para tornar a experiência dos clientes ainda mais imersiva e intuitiva através de um novo conceito de loja. Pautada na máxima de que “menos é mais”, este novo conceito passou a oferecer uma menor variedade de produtos, porém, com maior qualidade e assertividade em relação às expectativas do consumidor, além de mais espaço de circulação e interação, transformando gôndolas e prateleiras abarrotadas de peças em espaços temáticos e imersivos para o cliente. Além disto, a empresa tem investido em diversas inovações tecnológicas para atender a demanda de um consumidor cada vez mais conectado, que espera ser surpreendido e não tem tempo a perder, por isso nestas lojas já oferece integração com o próprio e-commerce, para que o cliente “saia da loja” com o produto, mesmo que ele não esteja disponível naquele momento, e que será entregue posteriormente onde for melhor para ele. Outro aspecto extremamente relevante ao se pensar em experiência no ponto de venda é a forma com que o consumidor se localiza dentro dos ambientes. Além do espaço mais amplo e imersivo, a setorização clara dentro das lojas, onde os produtos ficam separados por categorias e subcategorias, e o espaço todo bem-sinalizado, com indicações clara dos setores e facilidades da loja, tornam fácil e rápida a localização daquilo que o consumidor deseja, complementando a boa experiência no ponto de venda, principalmente para aqueles clientes que tem pouco tempo para fazer suas compras. Para atingir o sucesso e manter-se no mercado é preciso mais do que apenas ter um ambiente visualmente atrativo, é essencial considerar todos estes aspectos porque são eles que tornam a experiência do consumidor muito mais enriquecedora do que a que ele teria no ambiente online. Para saber mais a respeito deste assunto, acesse os outros conteúdos presentes em nosso blog ou agende um horário com nossa especialista através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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Arquitetura comercial

Arquitetura Acessível: Um diferencial competitivo para criar experiências mais imersivas no varejo físico

O varejo brasileiro vem passando por uma grande transformação nos últimos anos, com grandes grupos empresariais como Via Varejo e Magazine Luiza investindo tanto em novos nichos como também na integração do físico com o digital. Ao mesmo tempo, com o início da pandemia em 2020, as compras online se tornaram muito mais populares no Brasil, chegando a crescer 47% no primeiro semestre do ano passado, que representou o maior percentual das últimas duas décadas, demonstrando claramente que para uma parcela considerável da população comprar online passou a ser algo cotidiano. Por isso, ao pensarmos no cenário de empresas que dependem de vendas presenciais para sobreviver é fundamental considerar a arquitetura acessível como parte da estratégia comercial do negócio, já que a experiência do ambiente físico precisa não apenas atrair, como também convencer os consumidores que sair de casa para comprar um produto é mais interessante do que fazer a mesma transação do conforto do seu lar. Ao pensarmos na experiência de compra na loja física, é importante lembrar que não se trata apenas da maneira como o cliente experimenta ou escolhe um determinado produto, como também a forma com que ele interage com os espaços físicos, que podem ser altamente influentes na tomada de decisão de compra. Considerando este aspecto, é preciso criar para além dos aspectos estéticos, é essencial que o design universal e a acessibilidade estejam no centro do desenvolvimento porque espaços acessíveis são feitos para todas as pessoas, não apenas para aqueles com algum tipo de deficiência ou necessidade. Para exemplificar, separamos quatro pontos-chave que podem ser implementados como parte da estratégia de atração de consumidores para lojas físicas: Design limpo e visualmente agradável:  Um design livre de poluição visual, que privilegie o uso de tons neutros e exponha os ítens de forma organizada em gôndolas, mesas de apoio e prateleiras favorece a experiência do cliente no ponto de venda, pois faz com que ele consiga encontrar mais facilmente o que está procurando. Corredores largos com piso antiderrapante: Lojas com corredores amplos permitem que o cliente possa parar entre as prateleiras para experimentar produtos sem atrapalhar o fluxo de outras pessoas no mesmo ambiente. Além disso, investir em pisos com materiais antiderrapantes é fundamental para evitar acidentes. Espaços para descanso e degustação de produtos: Em lojas físicas é importante pensar que a experiência do cliente não deve se resumir apenas na compra do produto, é preciso disponibilizar espaços em que ele possa experimentar o que pretende adquirir, por isso disponibilizar espaços com poltronas, bancos e cafeterias torna-se um grande diferencial para que ele prefira comprar presencialmente do que online. Sinalização do ambiente que atenda pelo menos dois sentidos: A sinalização dos ambientes precisa tornar a experiência dos consumidores mais simples e intuitiva, por isso pisos táteis e placas de sinalização podem ser utilizados como facilitadores tanto para pessoas com deficiência visual, quanto para simplesmente orientar o público dentro dos espaços. Para que o varejo físico não se torne um coadjuvante do online é fundamental inovar, pensando não somente no momento atual, mas principalmente com olhos para o futuro porque se por um lado as novas gerações já nascem imersas no digital, ainda existe todo um mercado consumidor ávido por experiências imersivas e envolventes que apenas o varejo físico pode oferecer. Se você possui um estabelecimento e deseja implementar a arquitetura inclusiva como parte da sua estratégia comercial entre em contato com nossa especialista Angélica Picceli pelo e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo telefone (31) 98797-2392.  

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Acessibilidade

Appunto Arquitetura para Studio Universalis: Um processo transitório rumo a acessibilidade e inclusão social através da Arquitetura

Projetar espaços é muito mais do que apenas escolher onde as janelas ou paredes vão ser colocadas, é pensar nas formas com as quais o ser humano irá interagir e se relacionar com os ambientes e indivíduos naquele lugar. Eu sempre acreditei que a arquitetura precisava ser mais do que a parte estética ou funcional, ela precisava fazer parte da vida das pessoas, mas de uma maneira coadjuvante para que o ser humano brilhe no centro. No início de 2011 tomei a decisão de empreender meu primeiro escritório de arquitetura, a Appunto Arquitetura e Design, com a premissa de criar projetos que atendessem a necessidade de todas as pessoas, independentemente de suas características físicas, motoras ou sensoriais. Porém, naquela época o mercado ainda via a acessibilidade e inclusão como algo muito engessado na ideia das exceções, como se fosse algo para atender apenas pessoas com algum tipo de deficiência. Ao longo dos últimos 10 anos desenvolvemos inúmeros projetos de centros comerciais, estabelecimentos de saúde, industriais e residenciais. No entanto, sempre senti muito desconforto e insatisfação por conta de a Appunto nunca ter sido reconhecida como uma empresa orientada para projetos de acessibilidade ambiental e arquitetura inclusiva. Por conta disto, no ano de 2018, após quase uma década atuando diretamente como arquiteta em projetos de todos os tipos através da Appunto, com o objetivo de transformar a acessibilidade em um diferencial da empresa, tomei a decisão de ir atrás de grupos de networking formados por empresários de várias áreas de atuação, que me ajudaram a perceber que para atingir o meu propósito era necessário repensar não apenas o posicionamento da empresa, como o meu próprio enquanto arquiteta. Em fevereiro de 2019, a ideia por trás do Studio Universalis começou a ser elaborada, partindo do entendimento de que a acessibilidade deve ser pensada para todos, e que para isso, seria necessário ajudar às pessoas a compreenderem como seus benefícios impactam positivamente na qualidade de vida de todos nós, individualmente e como sociedade. Ao longo daquele ano desenvolvi diversas estratégias para posicionar o Studio Universalis na mente das pessoas como uma empresa que trata a acessibilidade como um ponto central dos projetos, culminando com o lançamento oficial da nova empresa, no evento de networking Business Club Conexões Inteligentes. Nos últimos dois anos, os dois escritórios coexistiram atendendo diversos tipos de projetos de arquitetura, porém para seguir em frente foi necessário tirar de cena a Appunto Arquitetura e Design para que o Studio Universalis possa se desenvolver plenamente A pandemia pela qual passamos trouxe inúmeros desafios para superarmos, porém as oportunidades nunca estiveram tão abundantes para uma sociedade que pensa a inclusão e a acessibilidade para todas as pessoas como um diferencial competitivo para o crescimento sustentável no longo prazo. Eu sempre tive muita clareza de que para tornarmos o mundo um lugar melhor para as próximas gerações é fundamental oportunizarmos condições equiparadas para que todas as pessoas possam exercer seus papéis na sociedade de forma digna, humana e diversa. E eu enquanto profissional da Arquitetura não poderia deixar de fazer parte deste movimento transformador porque a inclusão e acessibilidade não apenas tornam a vida das pessoas mais fácil como também permitem que os negócios prosperem e sejam ainda mais rentáveis e lucrativos.

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Acessibilidade

A importância da arquitetura no envelhecimento do Brasil

A população brasileira caminha para a terceira idade, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) daqui a 20 anos o Brasil vai ter mais idosos do que crianças. Esse fato altera o modo de consumo do brasileiro, inclusive para o setor imobiliário. O IGP-M, principal indicador de reajustes do setor imobiliário, acumulou alta de 25,71% no início deste ano, o maior percentual desde 2003. Isso implica em um aumento significativo para a população que mora de aluguel. Aliado a isso, em 2020 o Banco Central anunciou redução da taxa de juros Selic possibilitando o financiamento mais barato de imóveis para a população. Esse cenário favorece as construtoras, pois, do ponto de vista financeiro, hoje é melhor comprar um apartamento do que alugar. O prazo de financiamento é algo relativo e varia de acordo com o imóvel e perfil do cliente, mas as taxas mais baixas tornam as prestações menores e isso faz com que financiar em longos períodos seja uma opção mais atrativa do que o aluguel. Portanto, o mercado está favorável para as construtoras, pois o “sonho da casa própria” tornou-se mais acessível com a diminuição dos juros. Ao adquirir um apartamento financiado por um longo período de tempo, o comprador provavelmente irá morar naquele lugar durante a sua vida inteira. Por esse motivo, construtoras que utilizam a acessibilidade como diferencial competitivo em suas estratégias de venda se destacam da concorrência, pois asseguram ao cliente que o imóvel adquirido por ele vai suprir suas necessidades ao longo de sua vida. Para que um empreendimento contemple a acessibilidade como diferencial ele precisa cumprir alguns requisitos básicos como: A entrada do prédio deve ser de fácil acesso a partir da rua, livre de quaisquer tipos de obstáculos que dificultem ou impeçam o acesso seguro e livre de todas as pessoas, principalmente os idosos. O estacionamento deve ser espaçoso e possuir vagas mais largas para a movimentação dos idosos. Deve também possuir vagas reservadas a pessoas com deficiência próximas a portas e elevadores, para diminuir a distância de deslocamento. As áreas de convivência do prédio devem ser pensadas para a interação de pessoas de todas as faixas etárias, e para isso o local deve ser de fácil acesso, possuir corrimão, sinalização tátil e em braile onde necessário, piso antiderrapante. Para os edifícios que não possuem áreas de lazer ou convívio, é desejável a existência de sanitários acessíveis na área de uso comum. Quanto a parte interna do apartamento é necessário observar que a vivência em um lar muda ao longo dos anos. Famílias com filhos tendem a se modificar quando os filhos saem de casa e os pais passam a viver apenas com animais de estimação e, eventualmente, recebendo visitas de amigos e familiares. Por esta razão, o interior do apartamento deve se adequar a cada estágio do ciclo de vida dos moradores adotando soluções como: Plantas adaptáveis que possibilitem reformas para a ampliação ou redução dos ambientes, de forma a transformar um apartamento mais compartimentado em um imóvel com cômodos mais amplos e acessíveis ou vice-versa. Essas alterações podem facilitadas quando o edifício é construído utilizando-se um sistema construtivo no qual as paredes podem ser removidas ou deslocadas, sem a necessidade de reforços estruturais, tornando as reformas simples, descomplicadas e mais baratas. Os corredores precisam ser largos o suficiente para possibilitarem a manobra de cadeiras de rodas, bem como as portas, que precisam ter vão de passagem de 80cm e área suficiente para para que pessoas em cadeiras de rodas alcancem facilmente as. As maçanetas, por sua vez, devem ser preferencialmente do tipo alavanca pela praticidade e facilidade de uso. Os utensílios de cozinha e área de serviço (pia, tanque, eletrodomésticos, etc) devem ter espaço para aproximação e utilização tanto para pessoas que os utilizarem em pé quanto para pessoas sentadas. As Instalações sanitárias devem ter dimensões suficientes para o uso com autonomia ou assistido de pessoas em cadeiras de rodas ou que utilizem outros equipamentos de tecnologia assistiva, como andadores, por exemplo. As instalações hidráulicas flexíveis também possibilitam que pias e tanques com alturas diferentes das convencionais sejam utilizadas para atender a pessoas que os utilizam sentadas. As tecnologias para automação residencial como sensores para abertura automática de portas, acionamento de iluminação, cortinas, eletroeletrônicos são grandes aliadas para pessoas de todas as idades, pois tornam a experiência mais acessível e agradável. Além disso, os serviços de assistência remota ou compartilhada também são interessantes, visto que os adultos de hoje, que possuem afinidade com tecnologias inteligentes, em alguns anos farão parte da população com idade acima de 60 anos. Ao considerarmos todos estes aspectos é possível concluir que investir em acessibilidade arquitetônica é mais do que uma necessidade, é também uma excelente estratégia de negócios porque as construtoras que hoje dedicarem seus esforços para atender a necessidade dos clientes ao longo da vida, serão certamente mais bem sucedidas. Se você trabalha no segmento de construção civil e tem interesse em saber como implementar estas soluções em seus empreendimentos, agende uma reunião com nossa especialista Angélica Picceli pelo e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo telefone (31) 98797-2392. Aguardamos seu contato!

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