As oportunidades presentes na Legislação Urbana de BH para empreendimentos imobiliários: você sabe como aproveitá-las?
Os desafios de capitais e grandes cidades são grandes e constantes, e para empresas que desejam empreender neste cenário complexo muitas dúvidas podem surgir. Para as construtoras, há uma demanda crescente por moradias, porém, compreender as particularidades dos espaços da cidades, os aspectos do mercado imobiliário local e os anseios e demandas das famílias que estão em constante mudança é essencial para oferecer soluções que atendam às expectativas desses consumidores e que sejam verdadeiramente lucrativas para o negócio. E são muitas as nuances do cenário urbano… Belo Horizonte, como uma das principais metrópoles do Brasil, enfrenta desafios urbanos complexos, como a alta densidade populacional, a necessidade de mobilidade eficiente e a preservação ambiental, além de questões ligadas à segurança pública. Para lidar com esses desafios, a cidade conta com um conjunto abrangente de normas e regulamentos que visam promover o desenvolvimento urbano sustentável, a qualidade de vida dos cidadãos e um ambiente mais seguro para todos. Nos documentos oficiais, a prefeitura descreve de forma objetiva os principais desafios a serem superados, sendo eles: Tendo em vista este cenário, a legislação urbanística serve como um guia para um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável. E para as construtoras da região, entender essa legislação e o perfil do consumidor local é a chave para o sucesso, pois a partir disso será possível promover o desenvolvimento sustentável do município ao mesmo tempo em que oferece as soluções mais adequadas aos desejos e anseios dos consumidores. Quer saber como isso é possível? Acompanhe a leitura deste artigo! Vamos te apresentar os principais insights da legislação do município de BH e como se relacionam com o perfil e comportamento do consumidor do mercado imobiliário, mostrando como aplicá-los no momento de conceber projetos inovadores e atrativos. Para chegarmos ao objetivo do nosso artigo, precisamos entender sobre o que as leis de BH descrevem nos documentos oficiais. Salientamos que não se trata de apenas um ou outro documento, mas uma série de determinações que buscam contribuir para a resolução das problemáticas identificadas. Por isso, nosso objetivo aqui não é discutir detalhadamente cada documento, mas sim apresentar as principais determinações que estão diretamente relacionadas ao mercado imobiliário na cidade. Para iniciar, falaremos sobre um dos principais conceitos abordados: a sustentabilidade, um dos pilares das políticas urbanas de Belo Horizonte e, para as construtoras, isso significa adotar práticas que minimizem o impacto ambiental e promovam o uso eficiente dos recursos. Dentre as práticas consideradas sustentáveis pela legislação municipal, estão aspectos de eficiência energética, como implementar sistemas de iluminação e climatização eficientes; a gestão adequada de resíduos, fazendo a sua correta separação, reciclagem e compostagem; uso de materiais sustentáveis, com baixo impacto ambiental; e implementar as chamadas “infraestruturas verdes” – áreas verdes, telhados verdes e sistemas de captação de água da chuva. Apresentamos algumas matérias aqui no blog do Studio Universalis sobre como lidar com resíduos de forma mais sustentável, comentando acerca da crescente preocupação das empresas em relação à questão ambiental, destacando como o descarte e tratamento sustentável de resíduos desempenha um papel fundamental e como pode ser feito de forma mais responsável. A crescente escassez de recursos naturais, as mudanças climáticas, a poluição do ar e da água, e a degradação do ecossistema são desafios que não podem ser ignorados. Já comentamos anteriormente aqui no blog que, por conta deste cenário mundial, foi lançada a Agenda 2030 pela Organização das Nações Unidas (ONU). O documento estabeleceu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com metas claras a serem alcançadas até o ano de 2030 e entre esses objetivos destacam-se a ação pelo clima, a vida terrestre, e a parceria para o desenvolvimento sustentável. A busca por cumprir essas metas têm levado empresas de todos os tamanhos e setores a repensar suas práticas de negócios. O conceito de ESG, que avalia o desempenho de empresas em termos ambientais, sociais e de governança, tornou-se um critério-chave para investidores e consumidores mais conscientes com a responsabilidade ambiental, passando a integrar estratégias de negócios cada vez mais inteligentes e comprometidas com este objetivo. Assim, as práticas sustentáveis que são incentivadas pelo poder público de Belo Horizonte também vão ao encontro de um cenário macro de mercado, onde construtoras e incorporadoras podem investir em soluções para otimizar recursos e valorizar seus imóveis. Um outro aspecto que também comentamos nos conteúdos do Studio Universalis e que está diretamente relacionado a essa questão diz respeito diretamente ao interesse dos consumidores: discutimos sobre como a emergência climática que enfrentamos em todo o mundo demanda soluções sustentáveis para as construções, ao passo em que o consumidor mineiro também tem valorizado soluções arquitetônicas que se aproximam das ideias da arquitetura bioclimática, onde o design e a definição de elementos arquitetônicos é pensada para otimizar as relações entre ser humano e natureza, não apenas em relação às questões ambientais mas também no que diz respeito à melhoria das condições de vida, conforto e uso racional das fontes energéticas. Como exemplo, podemos citar o que o Instituto DATAZap apresenta sobre as motivações por trás da busca por um imóvel, onde, para a maioria dos entrevistados no estudo do perfil dos consumidores do mercado imobiliário de BH, as características e estrutura do imóvel são os principais motivos para buscar uma nova residência. Isso inclui a busca por imóveis maiores, arejados e com muita luz natural, características que valorizam o conforto e o bem-estar da família e que são tendências que podemos observar com a valorização das áreas de convívio dentro de casa – alinhadas, também, às práticas sustentáveis de otimização de recursos. Já com relação a outros elementos do espaço construído, o Código de Posturas de Belo Horizonte apresenta uma série de medidas visando o bom funcionamento do espaço público. As calçadas, por exemplo, devem ser projetadas e mantidas para garantir a circulação segura e confortável dos pedestres, com largura mínima, acessibilidade e materiais adequados que evitem quedas e acidentes. Os chamados “parklets” têm se mostrado soluções interessantes e muito valorizadas nas políticas públicas, pois transformam vagas de estacionamento em áreas de