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A fotografia mostra a sala de estar de uma residência. Da esquerda para a direita, uma lareira com tijolos à vista, parede e janelas brancas e um sofá cinza, com uma família sentada. O homem brinca com o filho pequeno, segurando-o. A mulher abraça a menina pequena e todos riem. À frente da imagem, caixa de texto laranja com texto branco escrito "Arquitetura residencial", seguida por caixa branca com texto preto, escrito "Como será a casa após a pandemia?". Nas laterais da imagem, elementos que representam piso tátil aparecem em laranja.
Arquitetura Residencial

Arquitetura residencial: a casa após a pandemia

Adquirir um imóvel é um momento muito importante em nossas vidas e representa uma grande conquista. O sonho da casa própria é um grande objetivo para a maior parte dos brasileiros, e investimos tempo e dedicação para escolher o local ideal para chamar de lar. Nos relacionamos fortemente com os espaços que frequentamos, mas é em nossa casa que os sentimentos mais especiais afloram. É, afinal, neste espaço que nos relacionamos com nossos familiares, compartilhamos momentos, histórias e desenvolvemos parte de nossa identidade ao longo da vida.  A pandemia da COVID-19 impactou drasticamente todos os setores da sociedade e a nossa relação com os espaços domésticos também foi bastante afetada. Com a necessidade de permanecer em casa, precisamos nos readaptar e também adequar os espaços às nossas mais novas necessidades, como trabalho, por exemplo. Assim, esse ambiente íntimo que estávamos acostumados a habitar passou a ser também o berço de nossa interação com o mundo e as mudanças que vêm ocorrendo neste período parecem ter reflexos duradouros. É o que aponta a pesquisa realizada pela “A Vida no Centro”, que mapeou as principais tendências comportamentais quando o assunto é nossa relação com os espaços privados e urbanos. A pesquisa mostra que uma das principais transformações é que a casa se tornou o centro de nossa vida: é o lugar para morar, trabalhar, se divertir, estudar e se exercitar. Passando mais tempo em casa, redescobrimos os espaços e passamos a realizar atividades de forma diferente. Como aponta a pesquisa, uma das principais mudanças foi a redescoberta do coração da casa: a cozinha. Segundo os dados, 67% dos pesquisados passaram a cozinhar mais em casa, sendo que 7,2% aprenderam a cozinhar justamente neste período. A grande maioria das pessoas, 76%, pretende continuar comendo em casa mesmo com a reabertura dos restaurantes. Para possibilitar o maior conforto e versatilidade do espaço, a cozinha deve ser ampla e versátil, seja como cômodo único ou em conjunto com uma área gourmet. A casa também se tornou o local para atividades físicas, e essa tendência promete permanecer na rotina das pessoas. Mesmo com a retomada das atividades presenciais, os exercícios em casa parecem ser uma ótima alternativa para o ritmo corrido do dia a dia. Neste período a casa se tornou o centro de nossa vida e de todas essas atividades e, por isso, foi e tem sido necessário repensar o “morar”. A consolidação do trabalho remoto, aliado às demais atividades, fez com que fosse preciso repensar o espaço doméstico a partir dos usos que seriam necessários. Os espaços acolhedores agora, mais do que nunca, também precisam ser funcionais, para permitir que executemos estas diversas atividades no cotidiano. Como indica a pesquisa, a experiência de trabalhar em casa foi percebida como positiva por trabalhadores e empresas e é esperado que essa seja uma realidade também para o período pós-pandemia, com a adoção do modelo híbrido, ou seja, alguns dias de trabalho remoto e outros de trabalho presencial.  Este cenário nos fez perceber cada vez mais a importância de, ao escolher o espaço que servirá como nossa morada, deve ser possível adaptá-lo às necessidades que surgirão em nossas vidas. Assim como não pudemos prever a pandemia e tivemos que repensar nosso espaço residencial, não podemos prever o que irá ocorrer. Por isso, residências com plantas arquitetônicas adaptáveis são essenciais para permitir que tenhamos espaços cada vez mais amigáveis ao longo da vida. Já abordamos em outros materiais aqui no blog como é mais fácil e barato construir um projeto arquitetônico acessível do zero do que realizar futuras intervenções ao longo do tempo. Projetos inclusivos são pensados a partir das pessoas e dos possíveis usos que farão dos espaços; com a orientação de arquitetos especializados, é possível unir design e funcionalidade, construindo espaços acessíveis e duradouros para todas as pessoas. Para que isso seja possível, o arquiteto ou arquiteta especializado em arquitetura inclusiva considera, desde o início do planejamento, todas as pessoas que irão fazer parte do dia a dia daquele ambiente. Inclui, em seu processo, quais serão os usos comuns e possíveis desafios que enfrentarão ao longo da vida pois, ao projetar espaços a partir do conceito de desenho universal, estes espaços podem permanecer funcionais por muitos anos, com a garantia de conforto, bem-estar e qualidade de vida, além de uma considerável economia financeira. Design e funcionalidade não são termos antagônicos, muito pelo contrário! Após a compreensão de todas as características que são necessárias para que o imóvel se torne o ideal para todos os moradores, o profissional de arquitetura combina estas funcionalidades aos recursos de design, tornando os espaços com o estilo e gosto pessoal do cliente. Afinal, as relações que estabelecemos com os espaços são únicas, e a casa precisa expressar a vida e ser reflexo de todos que nela residem. O isolamento social nos fez ver o mundo de outras formas. A casa, que para muitos era apenas um lugar para recarregar as energias para viver a vida do lado de fora, se mostrou como potência para que todas as atividades aconteçam. Nos últimos meses, houve um aumento da procura por casas em relação a apartamentos, e quem buscava especificamente por apartamentos preferia imóveis maiores, com varanda, com amplo espaço de circulação e vista desimpedida.  Estamos nos relacionando de formas diferentes com os espaços. E você, como vê sua casa após a pandemia?

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Acessibilidade

Espaços gourmet: comemorações de fim de ano mais acessíveis sem grandes transformações estruturais

Com o avanço da vacinação e a retomada de atividades presenciais em todo o Brasil, os encontros familiares têm passado a ocorrer com maior frequência e mais segurança. Os feriados de final de ano e o período de férias se aproximam e, com isso, muitas pessoas já se preparam para receber os familiares e amigos para as comemorações. Entre os preparativos, os ambientes da casa são repensados para acomodar a todos da melhor forma possível, afinal, esse é um momento importante para estreitar os laços e criar uma experiência inesquecível, aproveitando ao máximo as celebrações e as pessoas que amamos. Mas como pensar em novos ambientes sem reformar as estruturas da casa? Ao preparar um espaço perfeito para receber os familiares e amigos no fim de ano, espaços gourmets surgem como uma boa opção, por possibilitarem ressignificar ambientes da casa e torná-los ainda mais aconchegantes sem a necessidade de grandes reformas. Estes espaços são áreas de convivência instaladas nos ambientes de maior privilégio da casa. São uma área de destaque, onde todos se reúnem para passar momentos agradáveis e especiais. Muitas vezes possuem um design diferenciado, que busca tornar o ambiente convidativo e aconchegante com muita praticidade.  O espaço gourmet resgata o hábito familiar de se reunir enquanto prepara as principais refeições, dando vida ao ditado popular brasileiro que diz que “a cozinha é o coração da casa”. É pensado para aproximar todos os convidados, promovendo a interação entre todas as pessoas envolvidas. Para isso, a estrutura física do ambiente deve ser pensada de forma a acomodar todas as pessoas. É preciso, portanto, pensar os espaços a partir das pessoas e a arquitetura acessível fornece diversas possibilidades de fazê-lo sem a necessidade de grandes transformações estruturais em seu imóvel. Como definir a área para o espaço gourmet? Espaços gourmet possuem a característica de serem muito versáteis em relação ao local, pois existem diversas opções de onde e como construí-los. É necessário pensar nos locais disponíveis que você possui. Abaixo, listamos algumas características que são importantes no momento de planejar uma área de convivência que acomode as pessoas da melhor forma possível. Funcionalidade Um dos princípios do espaço gourmet é que seja um espaço funcional, pois, além de uma área social e de convivência, também envolve a preparação e manuseio de alimentos. Não deve ser abarrotado de móveis e/ou objetos, pois deve prezar pelo trânsito livre e desobstruído de pessoas. Versatilidade É importante planejar este espaço de forma que possa ser utilizado de formas.  Planejar ambientes multifuncionais possibilita que seus benefícios sejam aproveitados ao máximo. Além disso, é interessante também optar por um mobiliário versátil, que possa abarcar os usos das mais diversas formas. Uso de bancada Uma das características mais conhecidas das áreas gourmet é o uso de bancadas em ilha, que são utilizadas para preparar os alimentos e bebidas, organizar utensílios e tornar o ambiente mais funcional. Bancadas em ilha são uma opção interessante, pois elas dividem o espaço e dinamizam a interação durante a realização destas atividades. É importante observar que a bancada deve possuir uma altura adequada, garantindo o uso, alcance e manipulação independentemente do tamanho do corpo do usuário, postura ou mobilidade. Também deve possuir espaço suficiente para aproximação e utilização por todas as pessoas, sem prejudicar a circulação. Algumas soluções Além desses elementos, algumas medidas podem auxiliar a acomodar melhor todas as pessoas, proporcionando uma experiência ainda mais agradável aos convidados. Ao escolher o espaço que receberá a área gourmet, dê preferência por cômodos que possuam portas de acesso mais amplas, que garantam a passagem de idosos e pessoas com mobilidade reduzida, por exemplo. Ao dispor o mobiliário em sua área gourmet, mantenha um amplo espaço de circulação, sem interrupções e obstáculos, principalmente nos corredores de acesso. Caso haja irregularidades ou desníveis no piso, é importante que sejam removidos ou minimizados. Se isto não for possível, sinalize de forma bastante nítida, utilizando, se possível, mais de uma forma de sinalização. Além da área de convivência, planeje também o espaço dos banheiros. Medidas como barras de apoio, acessórios e bacia sanitária na altura adequada são importantes para garantir o conforto e acesso de todos. Opte por espaços livres, sem barreiras ou obstáculos que possam obstruir e/ou dificultar o acesso.   Recepcionar os amigos e familiares nas comemorações de fim de ano é algo sempre muito agradável. Ao planejar os espaços considerando as pessoas e os possíveis usos que possam fazer deles, é uma forma a mais de demonstrar seu carinho e cuidado. Pensar em espaços mais inclusivos dentro de casa significa falar de espaços que foram pensados para todos, em todos os períodos da vida, ou seja: jovens, crianças, idosos, gestantes, pessoas com ou sem deficiência, entre outros.  Neste artigo, apresentamos algumas sugestões para que você planeje seu espaço gourmet de forma a acomodar todas as pessoas sem a necessidade de transformações estruturais em sua residência. Entretanto, não há uma receita única para a adaptação dos espaços existentes, já que cada residência possui suas características. Cada caso precisa ser avaliado de maneira individual, para que as soluções sejam projetadas levando em consideração suas particularidades.  Se você quer saber mais a respeito deste assunto ou, ainda, como adaptar seu espaço residencial e torná-lo mais acessível, agende um horário com Angélica Picceli, nossa especialista, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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Arquitetura Residencial

Como tornar ambientes residenciais mais acessíveis sem grandes transformações estruturais no imóvel

Na arquitetura e no urbanismo, a acessibilidade tem sido uma preocupação constante nas últimas décadas. O termo representa a possibilidade de que qualquer pessoa, possuindo ou não algum tipo de deficiência ou capacidade de locomoção reduzida, consiga alcançar e utilizar espaços, mobiliários, equipamentos e que tenha garantido seu direito de ir e vir com autonomia e independência. A acessibilidade também garante a segurança e integridade física de todas as pessoas, em especial daquelas com deficiência ou mobilidade reduzida, assegurando a todos o direito de usufruir dos ambientes, convivendo em sociedade em um clima de normalidade, sem que haja necessidade de adaptações ou soluções de design específicas para esta ou aquela pessoa. Não é possível prever o futuro, mas pensar a longo prazo é uma forma de encontrarmos novas oportunidades de diferenciação no mercado, já que nos  tornamos capazes de antecipar os problemas dos  consumidores e, assim, fornecer uma solução inovadora para suas necessidades. Ao planejar a infraestrutura que um edifício residencial oferece, pensar na experiência que o consumidor terá ao longo da vida é indispensável para qualquer empreendimento que esteja empenhado em garantir autonomia e independência aos seus moradores e visitantes.  No entanto, em edifícios mais antigos é mais comum encontrarmos estruturas que não foram pensadas levando a acessibilidade em consideração, incluindo desde as áreas comuns até as privativas. Tornar um apartamento ou residência mais acessível é algo que pode ser possível mesmo em locais que não foram pensados para tal; obviamente, pode ser que não seja  total, mas alguma acessibilidade já é melhor do que nenhuma. Quando falamos em acessibilidade é importante diferenciarmos o que é acessível do que é visitável. No primeiro caso, falamos de ambientes que podem ser utilizados em sua totalidade por pessoas com as mais variadas características físicas, habilidades motoras ou sensoriais. Já no segundo caso, nos referimos a espaços que permitem a visitação, mas que não oferecem a possibilidade de utilização plena com autonomia. Contemplar a acessibilidade de forma parcial pode ser melhor do que nenhuma acessibilidade, desde que o maior número de necessidades das pessoas que vão morar naquele local possa ser atendido da melhor maneira possível. Para exemplificar este aspecto, apresentamos abaixo um projeto que nossa arquiteta, Angélica Picceli, desenvolveu em 2010 no Laboratório Adaptse da Escola de Arquitetura da UFMG, sob coordenação do Prof. Dr. Marcelo Pinto Guimarães.  A proposta era desenvolver um projeto para adaptação do apartamento onde um senhor e seus filhos moravam, sendo que um dos rapazes utilizava uma cadeira de rodas para se locomover pela casa.  A análise da planta original do apartamento mostrou que os espaços eram inacessíveis para uma pessoa em cadeira de rodas e que a relação deste morador com o espaço era difícil e estressante. A residência não possuía, também, o suporte necessário para a realização das atividades cotidianas com autonomia por todas as pessoas. Para melhorar a  autonomia e bem-estar do rapaz, algumas intervenções foram propostas. De forma geral, foi sugerido o aumento da largura dos corredores em toda a residência, para propiciar a manobra da cadeira de rodas. Nos dormitórios, os armários embutidos foram retirados para permitir a colocação de portas mais largas (as passagens antigas tinham apenas 72 centímetros de largura). Todo o mobiliário e o leiaute dos dormitórios foi redesenhado para permitir espaço suficiente para a manobra da cadeira de rodas. Nas salas de estar e jantar, foi proposta a substituição do mobiliário existente por outro com dimensões e design mais adequados, que permitissem a livre e segura circulação de todas as pessoas no ambiente, bem como espaço para a aproximação e uso dos móveis, equipamentos e outras facilidades. A sala de estar recebeu a TV e passou a ser um espaço de convívio para a família. No dormitório suíte, a porta foi substituída por outra com maior largura e respeitando o espaço de 30 cm próximo à maçaneta – necessário para a aproximação em cadeira de rodas. Desta forma, o acesso a este ambiente ficou garantido.  O banheiro social foi ampliado e recebeu todos os equipamentos necessários para garantir sua utilização por todos os moradores da casa. Barras de apoio foram instaladas, além de bacia sanitária com altura adequada e dispositivo de acionamento da descarga acessíveis, chuveiro com desviador e a instalação de acessórios em altura adequada para o alcance manual de todos os usuários. Os revestimentos também foram trocados para proporcionar melhor contraste de cores entre piso e parede, proporcionando uma sensação de tridimensionalidade do ambiente mais equilibrada. Este detalhe, que muitas vezes é ignorado, é capaz de  tornar o espaço mais confortável para todas as pessoas. Prédios antigos podem não possuir acessibilidade, mas com projetos de reformas há a possibilidade de incluí-la, ainda que parcialmente. Às empresas do ramo da construção civil, pensar nestas possibilidades e oferecer projetos residenciais mais acessíveis é uma ótima estratégia de negócios, pois possibilita atender a um número ainda maior de consumidores e construir uma base de clientes fidelizada, que terá suas expectativas atendidas – ou, até mesmo, superadas – por muito tempo.  Indo além, pensar em arquitetura inclusiva dentro de casa significa falar de espaços que foram pensados para todos os moradores daquele lugar, em todos os períodos da vida, ou seja: jovens, crianças, idosos, gestantes, pessoas com ou sem deficiência, entre outros. Assim, a estrutura arquitetônica da casa precisa oferecer condições para que todas estas pessoas, com suas características e habilidades físicas possam habitá-la. Entretanto, não há uma receita para a adaptação de espaços existentes. Cada caso precisa ser avaliado de maneira individual, para que as soluções sejam projetadas levando em consideração suas particularidades.  Se você quer saber mais a respeito deste assunto ou, ainda, como adaptar seu espaço residencial e torná-lo mais acessível, agende um horário com Angélica Picceli, nossa especialista, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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Arquitetura Corporativa

Construção Civil: Como as construtoras podem aproveitar o crescimento do home office para vender mais apartamentos

O avanço tecnológico que acompanhamos há alguns anos vem possibilitando diversas transformações de ordem social, influenciando mudanças em nosso cotidiano e influenciando a forma com que nos relacionamos com o mundo ao nosso redor. A rotina de trabalho vem se tornando cada vez mais flexível, e há alguns anos a tendência de desempenhar parte do expediente de forma remota já era realidade para profissionais de diversos segmentos. Entretanto, desde o início da pandemia, esse processo se acelerou e, mais que uma tendência, trabalhar em casa se tornou uma necessidade. Com determinações de isolamento social para conter a propagação do vírus, de repente, todos estavam em casa. Mas as casas não estavam preparadas para uma mudança tão drástica, e o espaço doméstico foi ressignificado: a casa, que era local de descanso e sossego, passou a funcionar, também, como espaço de trabalho e ensino. Ao mesmo tempo, grandes empresas perceberam que o trabalho em home office pode ser uma opção tão eficaz quanto trabalhar no escritório, por isso hoje já estão formalizando essa nova modalidade de trabalho em formato híbrido para colaboradores que não precisam estar diariamente na empresa para exercer suas atividades. Com isso, as adaptações feitas por milhões de pessoas para que suas casas pudessem abrigar temporariamente também as atividades de trabalho, agora precisam ser consolidadas, pois para muitos esta será uma realidade permanente. A partir desta transformação,  muitas oportunidades vem surgindo no ramo da construção civil, desde serviços de reforma focados na adaptação dos espaços físicos de casas e apartamentos até o lançamento de empreendimentos que atendam adequadamente essa nova demanda do mercado. Entretanto, para atender de forma efetiva é necessário pensar além das soluções já ofertadas. É estratégico tornar a arquitetura e a acessibilidade um diferencial competitivo dos projetos. Ao pensarmos na arquitetura acessível como parte da estratégia dos negócios ligados à construção civil, é possível desenvolver alternativas que contemplem não apenas o momento atual, como também todas as necessidades e expectativas dos usuários ao longo de suas vidas, porque as residências precisam se moldar às necessidades dos seus moradores e não o contrário. Partindo desta premissa, o uso inteligente e otimizado dos espaços torna-se essencial para atrair novos consumidores que anseiam, cada vez mais, encontrar alternativas que permitam alcançar o equilíbrio entre vida pessoal, profissional e acadêmica.  Ao tratarmos de novos empreendimentos residenciais, é importante considerar soluções que atendam as necessidades tanto em âmbito privativo quanto coletivo para que as pessoas decidam quando e de que forma é mais conveniente utilizar os espaços dos seus condomínios e das suas casas. Por isso, não há nada melhor do que oferecer ao cliente ideias que permitam a ele enxergar possibilidades que nem ele sabia que existiam. Elencamos 3 tipos de soluções que podem ser incorporadas como parte da estratégia comercial de novos empreendimentos. PLANTAS ADAPTÁVEIS E ESPAÇOS MULTIUSO: o uso de paredes que possam ser removidas ou deslocadas permite ao cliente expandir ou reduzir os ambientes facilmente, permitindo transformar um pequeno quarto de hóspedes em um espaço híbrido com escritório, espaço de estudos, um estúdio para gravação de vídeos.  ESPAÇOS DE COWORKING PAY PER USE: uma solução inovadora é oferecer espaços preparados para trabalho aos condôminos com mesas rotativas, salas para pequenas reuniões ou gravação de aulas online que podem ser gratuitos ou pagos por tempo de uso. CONDOMÍNIOS MISTOS OU HÍBRIDOS: uma saída interessante para quem busca qualidade de vida, mas precisa de um espaço dedicado são empreendimentos que mesclem uso residencial com salas corporativas prontas para uso, em formato de aluguel por temporada ou por períodos mais longos. Porém, independentemente das soluções oferecidas, é essencial sempre lembrar que qualquer espaço precisa estar pronto para atender pessoas com as mais variadas características e necessidades, por isso sempre é necessário levar em conta a acessibilidade do projeto. O Studio Universalis é especializado em desenvolver projetos de arquitetura que vão além do tradicional, nosso foco é ajudar os clientes a criarem soluções inovadoras e atrativas que tornem a comercialização dos empreendimentos mais facilitada para o time comercial. Para agendar uma reunião com nossa especialista Angélica Picceli, entre em contato pelo e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp/telefone (31) 98797-2392.    

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Acessibilidade

Acessibilidade e Inclusão em condomínios residenciais: o que os síndicos precisam saber

Imagine que você sofra um acidente e passe a utilizar muletas ou cadeira de rodas temporária ou permanentemente, o prédio onde você mora está preparado para te receber?  E quando chegarmos à velhice e a perda dos movimentos for uma realidade (algo natural, que acontece com todo mundo), o condomínio onde moramos está pronto para nos oferecer a qualidade de vida e a segurança que os idosos precisam para continuar a viver com autonomia e aproveitar da melhor maneira a sua longevidade? Ao contrário do que muitos pensam, acessibilidade vai muito além de uma obrigação legal. É uma questão prática e serve para todas as pessoas. Em algum momento da vida todos nós precisaremos dela. Nos condomínios residenciais esta questão tem sido cada vez mais abordada, seja por exigência da lei, ou porque as pessoas passaram a ter consciência dos seus direitos e dos benefícios que os espaços acessíveis trazem. E para ajudar a compreender o assunto, separei algumas informações importantes para serem usadas nas assembleias de moradores e discutir o assunto com tranquilidade. Por que o lugar onde moro precisa ser acessível? A principal resposta para esta pergunta é: a acessibilidade, além de garantir o direito de todas as pessoas de ir e vir livremente (direito este garantido pela Constituição Federal), proporciona maior autonomia e inclusão para as pessoas no uso dos espaços durante as atividades do dia a dia e melhor qualidade de vida para todos. Temos de lembrar que além dos moradores, a acessibilidade também beneficia os visitantes do condomínio, afinal, inúmeras famílias possuem os pais, tios e amigos idosos e é muito bom ter a presença dessas pessoas em nossas casas, não é mesmo? Outro motivo importante é porque a acessibilidade é lei em nosso país, desde 2004 quando foi promulgado o Decreto Federal 5296/2004. O que diz a lei? O Decreto Federal 5296/2004 instituiu a obrigatoriedade de acessibilidade nas edificações e nos espaços urbanos. Depois deste decreto, outras leis vieram complementar e reforçar a obrigatoriedade da existência de acessibilidade, como a Lei Federal 13.146/2015, que instituiu a Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência. De maneira geral, os condomínios devem possuir acesso livre de barreiras para todas as pessoas, a partir da rua e em todas as áreas de uso comum. A ausência de acessibilidade pode levar a processos judiciais e multas. Mais recentemente a acessibilidade também passou a ser obrigatória nas unidades residenciais: com o Decreto 9451/2018, que regulamentou o Artigo 58º da Lei Brasileira de Inclusão, os edifícios residenciais construídos a partir da data de promulgação da lei devem ter, além da acessibilidade nas áreas de uso comuns, apartamentos acessíveis ou adaptáveis para que sejam futuramente acessíveis. Além das leis federais, muitos municípios possuem legislação específica sobre o tema, reforçando a importância e a necessidade de ações para a implantação da acessibilidade, tais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte. O que deve ser observado para ter acessibilidade nos condomínios? O objetivo geral é que as pessoas possam chegar aos lugares, entrar, circular e utilizar todos os ambientes com segurança e autonomia. Então, essa jornada começa na calçada. A rota que as pessoas fazem a partir da calçada até as áreas internas do condomínio precisa ser livre de degraus ou outros tipos de obstáculos. Os corredores e portas precisam ter largura adequada. É preciso também garantir espaço suficiente para que as pessoas se aproximem e utilizem os ambientes, todas as facilidades existentes, incluindo o mobiliário do local. Banheiros, cozinhas, salões de festa e equipamentos de lazer tais como saunas, piscinas, quadras e playgrounds também devem ter acessibilidade. Os corredores que levam até os apartamentos também devem ter largura adequada, bem como a área de aproximação necessária junto às portas. Também é importante sinalizarmos os espaços e utilizar comunicação tátil de piso, placas de identificação e localização dos espaços com texto e figuras em alto relevo e em braile. Afinal, a acessibilidade também precisa ser pensada para as pessoas com deficiência visual. Não se esqueçam das garagens e áreas de embarque e desembarque. É muito importante ter vagas reservadas para a acessibilidade de pessoas com deficiência e idosos, demarcadas e sinalizadas, lembrando que no caso da vaga reservada para pessoa com deficiência é necessário que haja uma faixa lateral livre para acesso ao veículo estacionado.  Como referência para as ações de acessibilidade, a legislação estabeleceu a Norma Técnica Brasileira NBR-9050/2020. Nela encontramos os parâmetros mínimos para ter acessos e ambientes acessíveis e adequados para todas as pessoas. Meu condomínio é antigo. O que fazer? Prédios antigos não estão livres de implantar acessibilidade no grau máximo possível.  Obviamente que neste caso pode haver limites para a reforma em função da estrutura já existente, de forma que tecnicamente não se consiga ter ambientes plenamente acessíveis, mas isso não é desculpa para não adequar tudo o que for possível. Nestes casos é importante consultar um arquiteto ou engenheiro para entender o que pode ser feito. E os condomínios novos, como são? Os condomínios mais novos já devem ter a acessibilidade prevista na infraestrutura das áreas de uso comum. Assim, deve-se cuidar para que a acessibilidade seja mantida nestes espaços, evitando-se que estas áreas sejam ocupadas com obstáculos diversos, que possam prejudicar a livre circulação das pessoas. Acessibilidade atitudinal: estimular boas práticas de inclusão pode ajudar na conscientização de todos Uma boa estratégia para a implantação da acessibilidade nos condomínios é começar pelo estímulo a práticas de inclusão. Estas práticas envolvem a conscientização sobre o que é acessibilidade, para que serve e um profundo exercício de empatia, onde as pessoas são convidadas e estimuladas a olhar para seus vizinhos, amigos e familiares e, a partir do conhecimento mútuo, estabelecer atitudes e procedimentos que melhorem a acessibilidade, a autonomia e a qualidade de vida dos moradores, enquanto a acessibilidade física dos ambientes não está implantada. A partir desta estratégia os síndicos certamente terão mais facilidade em conduzir a implantação da acessibilidade em seus condomínios, pois todos passarão a entender o valor e os

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Arquitetura Residencial

A casa na era do novo normal

Com a necessidade do isolamento social muitas pessoas experimentaram pela primeira vez trabalhar no sistema de home-office, também conhecido como teletrabalho ou trabalho remoto. Quando estamos trabalhando na empresa, somos colocados em um ambiente onde tudo está preparado para atender às necessidades que possuímos no desempenho do nosso trabalho. A única coisa que importa, o único assunto naquele lugar, durante aquelas horas que passamos ali, são as atividades que precisamos executar para cumprir nossos objetivos diários e entregar o trabalho que esperam de nós. Tudo é planejado para que possamos nos concentrar e ter o máximo de eficiência e produtividade. No momento em que somos mandados trabalhar em casa esse cenário muda completamente. Se você mora sozinha, as coisas certamente serão mais fáceis, mas se mora com sua família, a situação vai exigir muito jogo de cintura, empatia, tolerância e disciplina. A maioria das casas não estão preparadas para esta nova realidade. Nunca imaginamos antes ter de ficar isolados em casa, realizando atividades em um lugar que antes era destinado apenas ao convívio familiar e social e ao lazer e ao descanso. De uma hora para outra a casa ficou cheia e todas as atividades que seus moradores outrora realizavam nas empresas e nas escolas passaram a acontecer em casa e ao mesmo tempo. No caso das famílias que possuem crianças a situação é ainda um pouco mais dramática: além de levar o trabalho para dentro de casa, os pais precisaram assumir parte do papel das escolas e das babás, dividindo seu tempo e sua atenção que antes era somente do trabalho. Esta nova realidade pode parecer caótica e estressante, mas apesar disso há algumas vantagens: o isolamento social em casa nos colocou junto da nossa família por mais tempo e assim podemos acompanhar de perto o crescimento das crianças e curtir mais intensamente o convívio com nossos pais. Aproveitamos muito melhor o tempo que antes perdíamos no trânsito, nos deslocando até as empresas e escritórios. Para encontrar o equilíbrio diante deste aparente caos precisaremos adaptar nossas casas para este “novo normal”, pois tudo o que estamos passando e aprendendo com a pandemia da COVID-19 mudou a forma como entendemos o mundo, as relações sociais e de trabalho. Acredito que nunca mais voltaremos ao modelo que vivíamos antes. Passado o susto inicial, precisamos olhar para nossas casas e entender o que precisa ser ajustado para que todas as atividades de trabalho, estudo, lazer e descanso possam acontecer, de forma que todos os moradores possam conviver e compartilhar suas rotinas em harmonia, aproveitando e potencializando tudo o que aprendemos de melhor nesse período. Encontrar um lugar na casa, que possa ser transformada em um escritório e potencializar sua produtividade no trabalho, mudar os móveis do quarto das crianças, instalando uma bancada onde elas possam estudar com tranquilidade, sem interferências das outras rotinas da casa, disponibilizar um local onde as crianças possam extravasar sua energia e brincar. Enfim, organizar as atividades, encontrando o espaço adequado para cada morador, sem deixar de lado as áreas de convívio e lazer. Não tenho dúvida de que neste momento, a forma como as casas são projetadas e organizadas terão um papel fundamental na mediação das relações familiares, sociais e de trabalho, ajudando a tornar a vida das pessoas mais fácil e tranquila. Adaptar nossas casas para esta realidade que já é atual é o melhor investimento que podemos fazer no momento, melhorando nossa qualidade de vida e potencializando o convívio familiar, fazendo de nossas casas lugares acolhedores, aconchegantes e seguros.

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