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Vivemos no sexto país mais populoso do mundo e, de acordo com o Censo 2010, quase 46 milhões de brasileiros, ou seja, cerca de 24% da população, declarou ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas (enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus), ou possuir deficiência mental ou intelectual.

Além disso, a expectativa de vida da população brasileira aumentou devido a melhoria nas condições de saúde, saneamento e educação, que foram impulsionadas pela urbanização. De acordo com relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde, até 2050, o número de pessoas com mais de 60 anos no mundo vai duplicar. E, no Brasil, este número será ainda mais expressivo, sendo triplicado. Estaremos entre as maiores taxas de população idosa do planeta.

Portanto, com números tão expressivos de brasileiros e brasileiras com algum tipo de deficiência ou em condição de mobilidade reduzida, há a necessidade de se planejar espaços acessíveis e inclusivos para todos os cidadãos. Pensar em ambientes comerciais acessíveis é levar em consideração a experiência do consumidor, uma ótima estratégia de diferenciação no mercado e também uma forma de atender a um público ainda mais amplo, que muitas vezes não encontra soluções adequadas para uma experiência de consumo minimamente satisfatória.

Ao falar de arquitetura acessível, muitas pessoas pensam se tratar de grandes transformações e projetos altamente dispendiosos. No entanto, há diversas medidas simples que podem auxiliar na autonomia e independência pessoal, facilitando o acesso aos lugares sem que sejam necessárias grandes reformas.

Há também lugares onde a aplicação de soluções de acessibilidade é dificultada ou impedida por causa das características estruturais dos edifícios existentes, indisponibilidade de espaço suficiente, ou ainda questões relacionadas à topografia ou condições de acesso. Nestes casos, deve-se implantar as soluções de acessibilidade no grau máximo possível, com o objetivo de dar condições de acesso e atendimento para o maior público possível, afinal, ter acessibilidade mesmo que parcial é melhor do que não ter nenhuma acessibilidade.

Qualquer estabelecimento pode e deve utilizar estratégias que tornem seus espaços mais acessíveis, permitindo que fiquem disponíveis e funcionais para todas as pessoas, independentemente de suas características físicas, motoras ou sensoriais. A seguir, apresentamos várias sugestões de pequenas modificações que podem fazer grande diferença no acesso e utilização dos ambientes. 

  • Pisos antiderrapantes para minimizar riscos de acidentes

O uso de pisos antiderrapantes é recomendado para a prevenção de acidentes. Em ambientes de alto tráfego, como comércios, por exemplo, este tipo de piso auxilia no caminhar de idosos e pessoas com mobilidade reduzida, pois é feito de materiais com maior aderência ao solado dos sapatos e fornecem mais segurança. Existem diversos tipos de pisos e materiais que podem ser utilizados e esta escolha deve ser feita de acordo com o ambiente a que se destinam, seja ele interno ou externo.

Deve-se atentar, também, para a forma com que os acabamentos são aplicados: os pisos devem ser sempre contínuos, firmes e regulares. Evite acabamentos que produzam superfícies irregulares, tapetes e capachos que não estejam aderidos ou embutidos ao chão, pois dificultam o deslocamento das pessoas.

  • Sinalização dos espaços

A sinalização dos espaços é outro elemento muito importante para torná-los mais acessíveis sem a necessidade de grandes reformas. Como meio de comunicação, a sinalização deve ser pensada de forma que a mensagem seja apreendida pelo maior número possível de pessoas, levando-se em conta que cada um se comunica e compreende as informações de forma diferente. Para isto, é preciso que seja percebida por pelo menos dois sentidos humanos diferentes: visual e sonora ou visual e tátil. 

Como exemplo, citamos as placas de sinalização com textos em alto relevo e braile, abarcando os sentidos visual e tátil. Placas de sinalização com textos em alto relevo e áudio também são um exemplo, que engloba os aspectos visuais, táteis e sonoros. 

O piso tátil também é um tipo de sinalização e deve ser aplicado nos pisos em áreas externas, onde não há paredes que auxiliem na orientação espacial de pessoas com deficiência visual. Devem ser sempre em cor forte e contrastante com a cor do piso adjacente.

Quanto às especificidades da comunicação visual, é importante utilizar sempre letras em tamanhos maiores e um contraste adequado entre as cores do fundo e da letra.

  • Mobiliário adequado e amplo espaço de circulação

Inúmeras são as possibilidades para pensar o mobiliário de estabelecimentos mais inclusivos. Uma dica é pensar os balcões de atendimento com altura adequada para atendimento de pessoas sentadas ou em pé.

 

Outra ótima dica é disponibilizar bancos ou áreas para descanso de pessoas com mobilidade reduzida, pois, além de demonstrar carinho e consideração com o cliente, pode ser uma estratégia inteligente para mantê-lo em seu estabelecimento e, consequentemente, consumindo por mais tempo.

Também é importante pensar em espaços amplos e que possibilitem às pessoas circularem com segurança entre gôndolas e expositores, pois, além de aprimorar a experiência do cliente, ele sente-se muito mais confortável ao fazer suas compras. Além disso, pessoas em cadeiras de rodas, com carrinhos de bebê ou andadores necessitam de espaços maiores para circular.

  • Pensar nos detalhes

Pequenos detalhes têm grandes impactos para tornar o acesso aos espaços mais facilitado. Mesmo que o banheiro do estabelecimento não tenha espaço suficiente para ser totalmente acessível, você pode instalar barras de apoio para auxiliar às pessoas com mobilidade reduzida, como os idosos, por exemplo.

Outra recomendação é utilizar maçanetas das portas, pias e lavatórios no formato de alavanca, para facilitar seu acionamento. Você pode, também, instalar corrimãos em corredores para que os sêniores, ou pessoas com pouco equilíbrio possam se apoiar e circular de forma mais confortável.

Estas sugestões mostram que é possível tornar os ambientes comerciais mais acessíveis sem realizar grandes reformas estruturais e, dessa forma, garantir uma experiência ainda mais agradável para um maior número de consumidores. Cada vez mais as empresas buscam soluções inovadoras, e investir em acessibilidade é uma ótima maneira de atingir o sucesso e ser lembrado como uma referência na sua área de atuação.

Nós, do Studio Universalis, acreditamos que, além de uma estratégia de diferenciação do mercado, a arquitetura acessível em ambientes comerciais ajuda a construir uma sociedade mais igualitária. Afinal, um mundo mais justo começa por espaços inclusivos.

 Se você quer saber mais a respeito deste assunto ou, ainda, como tornar o seu espaço comercial acessível a todos, agende um horário com Angélica Picceli, nossa especialista, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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