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Imagem ilustrativa de profissionais de saúde utilizando computadores em um ambiente hospitalar moderno, com o texto: 'Fluxos médico-hospitalares: como as novas exigências da ANVISA podem transformar seu negócio em referência de segurança'. Tema relacionado à arquitetura, saúde e estética.

Se você já viu novelas como “Beleza Fatal”, talvez se lembre da personagem Lola, que enfrenta dramas para manter sua clínica funcionando. No mundo real, porém, o descuido com detalhes como esse pode custar caro – tanto para a reputação quanto para a segurança dos pacientes.

Recentemente, a ANVISA realizou a operação “Estética com Segurança” e o resultado foi alarmante: 30 de 31 clínicas fiscalizadas apresentaram irregularidades graves. Oito delas foram interditadas. Os principais problemas? Produtos mal armazenados, reutilização inadequada de materiais descartáveis, espaços mal planejados e, claro, fluxos de circulação que favorecem a contaminação cruzada.

No contexto atual, entender e aplicar corretamente os fluxos médico-hospitalares ANVISA RDC 959/2025 é essencial para transformar seu negócio em referência de segurança e qualidade no atendimento, pois o segredo do sucesso está na atenção aos detalhes e, principalmente, no planejamento dos fluxos dentro do seu espaço.

O que mudou com as novas exigências da Anvisa?

Em 2025, a ANVISA publicou uma nova resolução (RDC 959/2025) que eleva o padrão de exigência para estabelecimentos de saúde com o objetivo de reduzir riscos de contaminação e garantir ambientes realmente seguros para todos.

Estão entre as principais mudanças:

  • Separação clara entre áreas limpas e contaminadas: não pode haver contato entre produtos estéreis e produtos com resíduos ou circular com materiais críticos por áreas de grande circulação.
  • Proibição de carpetes, cortinas têxteis e outros materiais que acumulam sujeira em áreas sensíveis.
  • Fluxo unidirecional obrigatório: produtos, resíduos, pacientes e profissionais devem seguir caminhos definidos, sem cruzamentos que possam gerar contaminação.
  • Exigências específicas para sistemas de ventilação, iluminação e superfícies de fácil limpeza.
  • Hospitais, clínicas e consultórios precisam se adaptar em até 24 meses, dependendo do porte.

Quem precisa se adequar à nova legislação?

A RDC 959/2025 impacta diretamente quatro grandes segmentos do setor de saúde, com algumas recomendações específicas. 

1. Indústrias de medicamentos e equipamentos médicos

Empresas que fabricam medicamentos sintéticos e biológicos, dispositivos médicos e produtos para diagnóstico in vitro agora estão sujeitas a inspeções surpresa e auditorias trimestrais. A rastreabilidade de lotes e a conformidade das instalações também passam a ser itens de avaliação criteriosa; as certificações devem estar atualizadas e devem haver, também, boas práticas de fabricação.

2. Clínicas de estética e centros cirúrgicos

Esses estabelecimentos, que muitas vezes operam com mão de obra enxuta e estruturas compactas, precisam agora atender a padrões mais rigorosos em comparação às exigências anteriores. A reutilização de materiais descartáveis está proibida, o armazenamento precisa respeitar temperatura, umidade e validade, e os fluxos internos devem seguir lógica funcional clara, evitando riscos de contaminação.

3. Hospitais e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs)

Para essas instituições, a norma exige a implantação de sistemas de gestão de risco que abrangem desde a manutenção de equipamentos de suporte vital até o controle de medicamentos de alto custo. Também se exige que empresas terceirizadas sejam tecnicamente qualificadas e auditadas regularmente.

4. Distribuidoras e centros de armazenagem

Com foco em rastreabilidade e condições adequadas de transporte, as distribuidoras agora precisam comprovar que conseguem manter temperaturas ideais (como 2ºC a 8ºC para vacinas), realizar entregas seguras e capacitar constantemente suas equipes. Empresas que não atualizarem suas certificações até novembro de 2025 não poderão comercializar para o SUS.

E por que o fluxo correto faz toda a diferença?

Como comentamos, diversas foram as mudanças na legislação e muitos aspectos passaram a ser avaliados de forma mais rígida e criteriosa. Mas porque demos destaque especificamente para os fluxos?

A resposta é simples: porque o fluxo de circulação dentro de um ambiente de saúde é o ponto-chave da segurança sanitária. Ele é o elemento que conecta, de forma prática, todas as demais exigências da legislação. Sem fluxos bem planejados e executados, mesmo clínicas que utilizam materiais de qualidade, possuem processos de esterilização eficientes e profissionais capacitados podem estar vulneráveis a riscos ocultos de contaminação cruzada.

Imagine, por exemplo, um material recém-esterilizado cruzando o mesmo corredor onde resíduos contaminados são transportados; ou pacientes utilizando a mesma entrada de ambientes críticos destinados a procedimentos invasivos… são pequenos detalhes, quase imperceptíveis na rotina, mas que aumentam exponencialmente o risco de infecções e eventos adversos.

A ilustração mostra um homem de costas, vestindo camisa azul e calça escura, carregando uma caixa com um símbolo de cruz azul. Ele caminha por um corredor que liga a recepção de um ambiente hospitalar ou clínico à sala de esterilização. No lado esquerdo da imagem, há um balcão marrom com uma placa preta na parede escrita "RECEPÇÃO" em letras brancas. No lado direito, há uma porta azul com uma placa acima dela indicando "ESTERILIZAÇÃO". No chão, há pegadas vermelhas e marrons que saem da área da recepção e seguem até a porta da esterilização, indicando possível contaminação cruzada entre ambientes. A cena sugere um ambiente hospitalar com falha no controle de biossegurança, pois não há barreira sanitária visível entre os setores.
A imagem ilustra a situação acima, demonstrando o risco dos fluxos cruzados em espaços de saúde.

Além disso, o fluxo correto é determinante para garantir a eficiência operacional, a segurança dos pacientes e a tranquilidade das equipes profissionais, evitando deslocamentos desnecessários, reduzindo o tempo de atendimento e, principalmente, prevenindo que erros comprometam a credibilidade do estabelecimento.

Nesse sentido, o projeto arquitetônico é um grande aliado da segurança e da regularidade do seu empreendimento, pois o leiaute bem estruturado prevê:

  • Rotas separadas para materiais limpos e sujos
  • Salas de esterilização com ventilação adequada
  • Áreas de descarte de resíduos longe das áreas de atendimento
  • Pisos e paredes sem emendas, fáceis de limpar
  • Sinalização clara para orientar equipes e visitantes

E então, como estruturar o espaço para evitar problemas com a nova legislação?

Vamos te apresentar algumas dicas práticas para que você possa pensar a reestruturação de seu estabelecimento:

  1. Mapeie todos os fluxos internos, entenda por onde circulam produtos, pacientes, resíduos e profissionais.
  2. Invista em materiais e acabamentos adequados, evitando elementos que favoreçam o acúmulo de sujeira em ambientes sensíveis.
  3. Implemente fluxos unidirecionais, estabeleça rotas exclusivas e evite cruzamentos de caminhos.
  4. Capacite sua equipe: todos precisam entender a importância dos fluxos e como segui-los, e o treinamento contínuo é essencial para manter os processos funcionando de maneira adequada.
  5. Conte com especialistas: um projeto profissional faz toda a diferença na hora de aprovar seu espaço junto à vigilância sanitária e reduz os riscos operacionais.

Também temos uma publicação no blog do Studio Universlis para entender melhor as novas determinações da ANVISA. Clique aqui e acesse.

Se você quer garantir que sua clínica esteja em conformidade com os fluxos médico-hospitalares ANVISA RDC 959/2025, conte com o apoio do Studio Universalis para adequar seu espaço às normas e valorizar ainda mais o cuidado com os pacientes. Estamos à sua disposição para buscar soluções que atendam às normas vigentes e se adequem a sua realidade, para que você possa se concentrar no que faz de melhor: cuidar das pessoas. Entre em contato conosco: (31) 98797-2392 ou contato@studiouniversalis.com.br

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