
Estratégias de arquitetura para prevenção de acidentes
As estratégias de arquitetura acessível são pensadas para que todas as pessoas possam utilizar os ambientes com segurança. Quando se trata do ambiente de trabalho, é necessário que haja adequações para que todos os funcionários trabalhem de maneira confortável, evitando acidentes. O piso pode ser um dos maiores causadores de acidentes no trabalho. Para que isso seja evitado, é preciso que o piso seja regular, firme, estável, antiderrapante e que não possua obstáculos que impeçam o livre trânsito de pessoas. Uma vez que os pisos estão instalados, é importante atentar-se à deterioração das condições do piso e providenciar a imediata manutenção ou reparo sempre que o piso apresentar problemas. Uma boa estratégia de prevenção de acidentes no ambiente de trabalho através da arquitetura inclui, também as escadas, que devem possuir sempre guarda corpos de proteção e corrimãos para que as pessoas possam se apoiar. Também deve ser dada especial atenção aos chamados “degraus isolados”, que são degraus utilizados para unir ambientes de níveis diferentes, desconectados das escadas. Eles apresentam grande risco para quem caminha, uma vez que podem passar despercebidos. Por isso, devem estar bem sinalizados por cores de destaque. E por falar em sinalização, este é um elemento muito importante nos ambientes. Para que a sinalização seja efetiva, ela necessita cumprir algumas exigências. Uma delas é o “Princípio dos dois sentidos”, ou seja: a sinalização deve ser percebida pela visão e pelo tato, ou pela visão e audição, que são os sentidos que as pessoas utilizam para se orientar e localizar nos ambientes. Ou seja, as placas devem ser visuais e táteis ao mesmo tempo, ou visuais e sonoras, para que a mensagem seja compreendida por todas as pessoas, incluindo aquelas que possuem deficiência visual. A sinalização deve ser utilizada em todos os aspectos onde há risco de acidentes, como por exemplo em extintores de incêndio suspensos e o relógio de ponto, entre outros objetos que se projetam para fora da parede. Esses objetos devem ser sinalizados propriamente para que sejam percebidos por todas as pessoas e não ocorram colisões e acidentes. A organização dos ambientes não pode ser ignorada. Os corredores, halls e áreas de circulação devem ser amplos e sem obstáculos. Um exemplo disso são as salas de aula de escolas ou faculdades. Para que o professor tenha livre acesso aos corredores, a estratégia de arquitetura da sala deve ser pensada para que nenhuma bolsa ou mochila fique no caminho, utilizando-se carteiras ou mesas que tenham espaço para que os estudantes guardem o seu material, ao invés de deixá-los no chão. Quando a arquitetura é pensada para melhorar a jornada de trabalho das pessoas, ela se torna inclusiva e acessível. A partir disso, o mobiliário tem que ser utilizado de forma estratégica. O funcionário que exerce funções em pé deve ter o auxílio de uma mesa ou equipamento que seja ergonômico e de altura correta e evitar acidentes e, também, evitar lesões por esforço repetitivo. Pessoas que trabalham sentadas necessitam de cadeiras que se adequem bem ao corpo, para que a altura e posição de trabalho sejam confortáveis, evitando má postura e dores na lombar. O planejamento de cada ambiente de trabalho precisa ser único e levar em consideração tanto as pessoas que frequentam esse espaço, quanto os processos e atividades que estas pessoas desempenham, e portanto, cada projeto de arquitetura será único, e visará a melhor maneira de atender aos funcionários que trabalham naquele lugar para que, além do conforto e saúde das pessoas, possa proporcionar ganhos de produtividade e eficácia nas atividades. Em suma, para que todas essas adequações sejam efetivas e o local de trabalho seja realmente seguro, é fundamental utilizar a arquitetura como aliada a organização do espaço de trabalho. O Studio Universalis trabalha há mais de 10 anos com a missão de projetar espaços seguros e acessíveis, de maneira inteligente, para o conforto, saúde e alto desempenho dos usuários.