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Arquitetura comercial

Do concreto às emoções: como a arquitetura emocional pode fidelizar consumidores e melhorar a produtividade em empresas

Sabe quando você entra em uma loja e tem aquela sensação de que está na sala da sua casa? O local é tão acolhedor, o aroma e o som do ambiente são tão agradáveis que você fica ali e sente vontade de comprar outras coisas além daquelas que você precisa. Ou então aquele restaurante, que a princípio você escolheu porque estava com vontade de comer aquela comidinha mineira saborosa… Então, quando você chegou ao restaurante, parecia que estava entrando na casa daquela sua tia lá do interior de Minas Gerais, que tinha uma sala enorme conjugada com a cozinha, onde um fogão à lenha fumegante exalava aquele aroma maravilhoso de comida gostosa e bem temperada, e a moda de viola que tocava no salão do restaurante te fez lembrar dos domingos alegres quando a família toda se reunia na casa da sua tia para uma boa proza, finalizada com aquela compota de carambola e um cafezinho delicioso passado no coador de pano. E de repente, o que seria apenas um almoço em um bom restaurante de culinária mineira se torna uma incrível experiência emocional, que te faz reviver sua infância. Provavelmente esses lugares foram projetados de maneira a estimular os seus sentidos e as suas emoções, de forma a criar uma experiência de consumo surpreendente e conectada com os seus valores e com aquilo que você aprecia. Existem inúmeros estudos que demonstram que as formas dos espaços, seu aspecto estético, cores, iluminação, sons e texturas estimulam os sentidos das pessoas, influenciando seus comportamentos e emoções, levando às pessoas a permanecerem mais ou menos nos lugares, consumirem e estabelecerem conexões com marcas e empresas. Os espaços projetados com estas características têm como ponto central as pessoas – a forma como vivem, seus hábitos e necessidades. Estes projetos consideram as demandas do usuário quanto à função para a qual o ambiente se destina, o correto dimensionamento dos espaços para que as atividades e relações sociais que serão desenvolvidas naquele espaço possam ocorrer de maneira eficiente, tranquila e dentro das necessidades espaciais de todos as pessoas, minimizando eventual estresse, o conforto físico e a capacidade de acolhimento do lugar e também o conforto emocional que eles podem proporcionar. Tudo para que a experiência das pessoas nestes ambientes seja completa, agradável e estimulante. Nas empresas, escritórios projetados com foco nas pessoas possuem espaços que estimulam a criatividade, a comunicação e a interação entre as equipes e promovem o aumento da produtividade, ao mesmo tempo em que cuidam da saúde e do bem estar dos funcionários, elevando a satisfação e o sentimento de pertencimento das pessoas, o que contribui para um clima organizacional positivo e alto índice de engajamento dos funcionários. Um dos exemplos mais famosos deste tipo de projeto são os escritórios do Google espalhados pelo mundo todo. E a sua empresa, está alinhada com esta tendência? Os seus espaços encantam o seu cliente, proporcionando uma experiência diferenciada? Seus funcionários se sentem estimulados e engajados na sua empresa? Como é o espaço na empresa onde você trabalha? Compartilhe conosco a sua experiência!

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Acessibilidade

Aprendizados da pandemia: o surgimento de um novo consumidor

Acho que uma das perguntas que todos nós temos feito nos últimos tempos é como será quando tudo voltar ao normal? Mas será que aquilo que conhecemos como normal ainda existe, depois de tudo o que vivemos nos últimos meses? Ter de se isolar em casa e evitar o contato social com outras pessoas, algo que nos é tão caro e tão fundamental, apesar de doloroso, nos revelou uma série de outras coisas que a partir de agora, com ou sem pandemia, passam a fazer sentido em nossas vidas. Nossa relação com o mundo foi profundamente alterada pelo nosso instinto de sobrevivência e proteção daqueles que amamos: a nossa relação com a nossa casa, nosso trabalho e a forma como consumimos mudou e mesmo quando a tão sonhada vacina chegar, já não seremos os mesmos de outrora. A pandemia acelerou a tendência do comércio eletrônico, algo que já vinha entrando vagarosamente em nossas vidas. De repente, por algum tempo parecia a única alternativa viável para se comprar de tudo, e de uma hora para outra, todos aprendemos a comprar pelo celular. Nossas relações familiares também passaram a ser mediadas pela tela do celular e nossos encontros dominicais passaram a acontecer por vídeo-chamada. Passamos a consumir shows e espetáculos culturais através das Lives e a participar de festivais gastronômicos promovidos pelos restaurantes nas redes sociais. O trabalho dos entregadores nunca foi tão necessário e valorizado. E o que dizer dos milhares de brasileiros que passaram a trabalhar de suas casas? Pesquisas indicam que 7 entre 10 pessoas que hoje trabalham em regime de home-office gostariam de permanecer neste sistema, mesmo quando a pandemia acabar. É fato que são muitas as dificuldades e desafios do trabalho em casa, mas também há muitas vantagens neste estilo de vida. Então, já não faz mais sentido achar que tudo será como antes. Precisamos entender que algumas coisas que entraram em nossas vidas por causa da pandemia vão permanecer, mesmo quando tudo isso passar: já somos pessoas diferentes, com hábitos de consumo alterados e com nossas relações sociais totalmente modificadas por estes novos hábitos de vida. O comércio, o turismo e os negócios de entretenimento, de uma forma geral, terão de se adaptar a este novo consumidor se quiserem sobreviver. A arquitetura também deverá se adaptar, pois novos estilos de vida estão surgindo a partir dessa experiência que estamos vivendo e os ambientes terão novas configurações para atender a novas necessidades. Bares, restaurantes, lojas, cinemas, shoppings e casas de espetáculo tem um grande desafio pela frente: precisarão entender esse novo cliente para encontrar as estratégias certas para atendê-lo. As pessoas estão ávidas por retomar o contato social, voltar às ruas para consumir e viver experiências que tragam felicidade e prazer, e acima de tudo, celebrar a vida. Porém, esse consumidor já não é mais o mesmo que conhecíamos no início de 2020. E você, está preparado para enfrentar esse novo cenário?

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Bares e restaurantes

Arquitetura Inclusiva viabiliza interação social no novo normal

É extremamente interessante olhar para os desafios que projetar de espaços nos colocam diariamente e perceber que os conceitos de arquitetura inclusiva e acessibilidade ambiental tem aplicações cada vez mais alinhadas com as necessidades de todas as pessoas e da sociedade em geral. A pandemia está obrigando as pessoas a se questionarem sobre a qualidade dos espaços em que vivemos. A alta transmissibilidade de doenças infectocontagiosas como a COVID-19 em lugares fechados, mal ventilados e com alta lotação de pessoas joga luz sobre a forma como estamos construindo e ocupando os espaços. Em bares e restaurantes, por exemplo, essa situação fica muito evidente: com alta concentração de mesas e muitas vezes pouquíssima ou nenhuma ventilação natural, estes ambientes tornam-se um risco potencial à saúde das pessoas em momentos como o que estamos vivendo, expondo a necessidade urgente de repensarmos a forma como estes estabelecimentos são projetados e construídos. Quando pensamos nestes lugares dentro do conceito de arquitetura inclusiva, considerando-se espaços mais amplos e adequados para que pessoas com as mais diversas habilidades e características físico-sensoriais possam utilizá-los, automaticamente temos como resultado lugares com melhor qualidade ambiental, espaços mais flexíveis e que se encaixam facilmente nas demandas atuais de distanciamento social, viabilizando juntamente com os cuidados de proteção individual (uso de máscaras e higiene das mãos), o convívio social entre as pessoas. Diante da realidade imposta pelo “novo normal”, construir espaços com arquitetura inclusiva se afirma como  uma necessidade de toda a sociedade, pois seus benefícios impactam diretamente na qualidade de vida de todos e na sustentabilidade e sobrevivência de do comércio, da indústria, das escolas, enfim, de todas as atividades onde a presença das pessoas é fundamental.

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Bares e restaurantes

A experiência do cliente é a chave para bares e restaurantes

Após mais de 120 dias de fechamento, e as perspectivas de reabertura de bares e restaurantes, a pergunta que me vem na cabeça é: como será? A reabertura gradual que está se desenhando certamente trará grandes desafios para os empresários do setor, tais como a sustentabilidade financeira do negócio e a segurança sanitária de funcionários e clientes. O funcionamento neste novo cenário será um grande aprendizado para todos, e há grande probabilidade de que, à medida em que as atividades do setor voltem, serão necessários ajustes tanto nos protocolos sanitários instituídos, quanto na forma de operação dos estabelecimentos. Bares e restaurantes são muito mais do que um lugar onde podemos comprar comida, eles oferecem uma experiência aliada à alimentação: a experiência da confraternização, da celebração, ou ainda experiências sensoriais e de bem estar pelo ambiente. E é justamente na experiência do cliente que reside mais um desafio que os empresários do setor precisarão encarar: Como deve ser o ambiente para que as pessoas se sintam seguras e confortáveis para sair de casa para comer fora? Mais do que adotar as medidas do protocolo sanitário para garantir a higiene e o distanciamento social, os ambientes precisarão ser trabalhados para que comuniquem ao usuário que aquele lugar é seguro, que ele pode permanecer ali despreocupado porque tudo foi preparado e pensado para que a experiência dele seja a melhor possível. Os empresários que conseguirem compreender as novas necessidades, dores e anseios que surgiram nas pessoas para que possamos projetar uma experiência adequada certamente passarão por esta crise e sairão dela fortalecidos. Além de oferecer boa gastronomia e um ambiente agradável, será necessário conquistar a confiança dos clientes. Neste sentido a arquitetura inclusiva pode ajudar com as soluções para os espaços de bares e restaurantes dentro deste novo cenário. Pautada na filosofia do Design Universal, projetos de arquitetura inclusiva são desenvolvidos com foco no usuário e sua experiência nos ambientes, buscando soluções que possam atender ao maior número de pessoas possível, independente das características físicas ou sensoriais das pessoas. É uma forma de pensar o espaço que pode ser facilmente conciliada com as novas necessidades sanitárias para os ambientes, agregando conveniência, bem estar e conforto, além de possibilitar a convivência segura e saudável para todas as pessoas. Outro aspecto importante de se destacar com relação à configuração espacial de bares e restaurantes é que ela deverá favorecer o controle da capacidade de atendimento, além de direcionar o comportamento das pessoas, seja no salão ou nas calçadas, pois está delegado ao estabelecimento a responsabilidade por evitar aglomerações e garantir o distanciamento social necessário. Este controle é facilitado quando o cliente consegue compreender intuitivamente quais são as regras através da percepção e leitura do ambiente. Fica muito mais fácil, leve e agradável se os funcionários do estabelecimento não precisarem “chamar a atenção” dos clientes para as regras, pois elas já estão explícitas e facilmente perceptíveis na forma e no design do lugar. É certo que estamos ansiosos para frequentar novamente esses lugares que normalmente estão associados à momentos felizes, de socialização e de festa. Se cada um fizer a sua parte, se esforçando para cumprir as regras que nos mantém seguros e saudáveis, chegaremos mais rápido a este dia. Afinal, acredito que no final das contas, todos temos o mesmo desejo: viver e festejar! Se for em um lugar incrível, com boa comida e muitos amigos, melhor ainda!

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Bares e Restaurantes Inclusivos Um Nicho a Ser Explorado
Bares e restaurantes

Bares e Restaurantes Inclusivos Um Nicho a Ser Explorado

Não é à toa que o tema “Inclusão” tem estado em pauta com frequência recentemente. Afinal, somos cerca de 45 milhões de brasileiros que se declaram com algum tipo de deficiência. E com o crescente envelhecimento populacional e o aumento da expetativa de vida das pessoas, as projeções indicam que até 2040 metade da população terá mais de 50 anos. Cada vez mais ativo, este público tem buscado um estilo de vida independente e moderno, demandando por infraestrutura, produtos e serviços que sejam capazes de atender às suas necessidades. Muito mais do que suprir a necessidade de alimentação, quando escolhemos um bar ou restaurante, estamos buscando uma experiência. Isso é comum à todas as pessoas. Entretanto, bares e restaurantes que pretendam ser inclusivos, aumentando seu alcance de público, precisam ter seu ambiente e seu pessoal preparados para estes clientes. Vou listar abaixo alguns tópicos que são essenciais para um estabelecimento inclusivo: ELIMINE AS BARREIRAS ARQUITETÔNICAS Um dos principais motivos que fazem os idosos quererem ficar em casa é a dificuldade em se locomover e o medo das quedas. Por isso, tanto nos acessos quanto dentro dos estabelecimentos, elimine os degraus e outros elementos que possam causar tropeções (como tapetes e capachos, por exemplo). Disponibilizar barras de apoio para que seu cliente possa eventualmente se apoiar no caso de perda de equilíbrio torna os caminhos fáceis e seguros. É importantíssimo ter rotas acessíveis, que são o trajeto a partir da rua, com corredores largos e livre de barreiras para que seu cliente possa chegar às mesas, balcões, sanitários e outras facilidades de forma segura tranquila. DIMINUA OS ESFORÇOS Aquele percurso relativamente longo que para os mais jovens é fácil de fazer, para as pessoas com dificuldade de locomoção pode ser bastante cansativo. Disponibilizar bancos e áreas de descanso, diminuindo as distâncias pode ser uma excelente estratégia de acolhimento. É imprescindível disponibilizar vagas de estacionamento reservado para este público o mais próximo possível da entrada do estabelecimento. MESAS E BALCÕES ACESSÍVEIS O ideal é que todas as mesas no salão sejam acessíveis, criando um ambiente de igualdade para todos os clientes. Mas, se isso não for possível, as mesas de refeição acessíveis devem estar identificadas e localizadas na rota acessível, preferencialmente distribuídas por locais variados do salão. Balcões de atendimento devem permitir a visualização de pessoas de várias alturas, sentadas ou em pé, com espaço suficiente para aproximação de pessoas em cadeira de rodas. No caso dos balcões de autosserviço, muito comuns em restaurantes do tipo self-service, a altura dos mesmos deve ser entre 75 e 85 cm, com apoio para as bandejas, para facilitar que idosos, pessoas com deficiência nos membros superiores, pessoas em cadeiras de roda e também as crianças possam se servir com segurança e autonomia. CUIDADO COM A ILUMINAÇÃO Uma iluminação mais intimista e relaxante é tendência de decoração para bares e restaurantes, pois cria um clima mais aconchegante e torna o visual dos pratos mais atrativo. Porém, tome cuidado com acessos pouco iluminados, pois podem causar acidentes e até mesmo uma sensação de mal-estar nas pessoas com baixa visão. INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ADEQUADAS Manter o cliente dentro do estabelecimento consumindo por mais tempo pode ser uma excelente estratégia para aumentar o ticket médio. Para isso é necessário ter instalações sanitárias acessíveis, que além de atenderem a todos os tipos de pessoas, são mais confortáveis por possuírem mais espaço para movimentação. É importante não se esquecer que banheiros acessíveis também devem ter um trocador para auxiliar as famílias com bebês. MELHORE A SINALIZAÇÃO E A COMUNICAÇÃO A sinalização é um elemento extremamente importante, pois auxilia a todas as pessoas a se orientarem nos ambientes. Normalmente associamos a sinalização com a comunicação visual escrita, porém, considerando que nem todo mundo enxerga com os olhos, é importante que seja previsto sempre mais de uma forma de sinalização. A norma técnica de acessibilidade pede que se utilize pelo menos duas formas associadas. Por exemplo: placas com texto em alto relevo e texto em braile, ou sinalização com texto e sinalização sonora. O importante é que a informação esteja sempre clara e objetiva. E por falar em comunicação, não podemos nos esquecer dos cardápios! Atenção com o tamanho das letras, pois com a idade nossa visão tende a diminuir. Também é importante disponibilizar o cardápio em braile (obrigatório por lei), texto em alto relevo, ou ainda em tablets com aplicativos para cardápio “falado”, pois nem todos os cegos sabem ser braile. Pessoas com deficiência auditiva precisam de um atendimento diferenciado em termos de comunicação. Algumas conseguem ler os lábios do outro, mas para isso acontecer é preciso estar de frente para a pessoa e o outro tem de falar pausadamente. Para o atendimento deste público, seria muito interessante que um dos funcionários possa se comunicar em Libras (Língua Brasileira de Sinais), porém, na falta desta pessoa, papel e caneta e uma boa dose de boa vontade podem ajudar. TREINE SEU PESSOAL A capacitação da equipe de atendimento é de extrema importância para que se possa dar um tratamento igualitário para todas as pessoas. Muitas vezes temos dificuldades em nos colocar na pele do outro e entender que cada um de nós tem as suas necessidades. Porém, com informação e treinamento é possível criar procedimentos sistematizados orientados para o cliente, proporcionando experiências incrivelmente diferenciadas não somente para aqueles clientes que possuem uma deficiência, mas para todas as pessoas. Mais do que simplesmente atender à legislação vigente, uma vez que o Estatuto da Pessoa com Deficiência obriga a existência de acessibilidade ambiental nos locais de uso público e coletivo, ser um estabelecimento inclusivo produz uma imagem extremamente positiva junto ao mercado, agregando valor ao negócio.

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