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Espaços gourmet: comemorações de fim de ano mais acessíveis sem grandes transformações estruturais

Com o avanço da vacinação e a retomada de atividades presenciais em todo o Brasil, os encontros familiares têm passado a ocorrer com maior frequência e mais segurança. Os feriados de final de ano e o período de férias se aproximam e, com isso, muitas pessoas já se preparam para receber os familiares e amigos para as comemorações. Entre os preparativos, os ambientes da casa são repensados para acomodar a todos da melhor forma possível, afinal, esse é um momento importante para estreitar os laços e criar uma experiência inesquecível, aproveitando ao máximo as celebrações e as pessoas que amamos. Mas como pensar em novos ambientes sem reformar as estruturas da casa? Ao preparar um espaço perfeito para receber os familiares e amigos no fim de ano, espaços gourmets surgem como uma boa opção, por possibilitarem ressignificar ambientes da casa e torná-los ainda mais aconchegantes sem a necessidade de grandes reformas. Estes espaços são áreas de convivência instaladas nos ambientes de maior privilégio da casa. São uma área de destaque, onde todos se reúnem para passar momentos agradáveis e especiais. Muitas vezes possuem um design diferenciado, que busca tornar o ambiente convidativo e aconchegante com muita praticidade.  O espaço gourmet resgata o hábito familiar de se reunir enquanto prepara as principais refeições, dando vida ao ditado popular brasileiro que diz que “a cozinha é o coração da casa”. É pensado para aproximar todos os convidados, promovendo a interação entre todas as pessoas envolvidas. Para isso, a estrutura física do ambiente deve ser pensada de forma a acomodar todas as pessoas. É preciso, portanto, pensar os espaços a partir das pessoas e a arquitetura acessível fornece diversas possibilidades de fazê-lo sem a necessidade de grandes transformações estruturais em seu imóvel. Como definir a área para o espaço gourmet? Espaços gourmet possuem a característica de serem muito versáteis em relação ao local, pois existem diversas opções de onde e como construí-los. É necessário pensar nos locais disponíveis que você possui. Abaixo, listamos algumas características que são importantes no momento de planejar uma área de convivência que acomode as pessoas da melhor forma possível. Funcionalidade Um dos princípios do espaço gourmet é que seja um espaço funcional, pois, além de uma área social e de convivência, também envolve a preparação e manuseio de alimentos. Não deve ser abarrotado de móveis e/ou objetos, pois deve prezar pelo trânsito livre e desobstruído de pessoas. Versatilidade É importante planejar este espaço de forma que possa ser utilizado de formas.  Planejar ambientes multifuncionais possibilita que seus benefícios sejam aproveitados ao máximo. Além disso, é interessante também optar por um mobiliário versátil, que possa abarcar os usos das mais diversas formas. Uso de bancada Uma das características mais conhecidas das áreas gourmet é o uso de bancadas em ilha, que são utilizadas para preparar os alimentos e bebidas, organizar utensílios e tornar o ambiente mais funcional. Bancadas em ilha são uma opção interessante, pois elas dividem o espaço e dinamizam a interação durante a realização destas atividades. É importante observar que a bancada deve possuir uma altura adequada, garantindo o uso, alcance e manipulação independentemente do tamanho do corpo do usuário, postura ou mobilidade. Também deve possuir espaço suficiente para aproximação e utilização por todas as pessoas, sem prejudicar a circulação. Algumas soluções Além desses elementos, algumas medidas podem auxiliar a acomodar melhor todas as pessoas, proporcionando uma experiência ainda mais agradável aos convidados. Ao escolher o espaço que receberá a área gourmet, dê preferência por cômodos que possuam portas de acesso mais amplas, que garantam a passagem de idosos e pessoas com mobilidade reduzida, por exemplo. Ao dispor o mobiliário em sua área gourmet, mantenha um amplo espaço de circulação, sem interrupções e obstáculos, principalmente nos corredores de acesso. Caso haja irregularidades ou desníveis no piso, é importante que sejam removidos ou minimizados. Se isto não for possível, sinalize de forma bastante nítida, utilizando, se possível, mais de uma forma de sinalização. Além da área de convivência, planeje também o espaço dos banheiros. Medidas como barras de apoio, acessórios e bacia sanitária na altura adequada são importantes para garantir o conforto e acesso de todos. Opte por espaços livres, sem barreiras ou obstáculos que possam obstruir e/ou dificultar o acesso.   Recepcionar os amigos e familiares nas comemorações de fim de ano é algo sempre muito agradável. Ao planejar os espaços considerando as pessoas e os possíveis usos que possam fazer deles, é uma forma a mais de demonstrar seu carinho e cuidado. Pensar em espaços mais inclusivos dentro de casa significa falar de espaços que foram pensados para todos, em todos os períodos da vida, ou seja: jovens, crianças, idosos, gestantes, pessoas com ou sem deficiência, entre outros.  Neste artigo, apresentamos algumas sugestões para que você planeje seu espaço gourmet de forma a acomodar todas as pessoas sem a necessidade de transformações estruturais em sua residência. Entretanto, não há uma receita única para a adaptação dos espaços existentes, já que cada residência possui suas características. Cada caso precisa ser avaliado de maneira individual, para que as soluções sejam projetadas levando em consideração suas particularidades.  Se você quer saber mais a respeito deste assunto ou, ainda, como adaptar seu espaço residencial e torná-lo mais acessível, agende um horário com Angélica Picceli, nossa especialista, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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Acessibilidade atitudinal e arquitetônica: sua importância na construção de espaços mais inclusivos

Para desenvolver ambientes mais inclusivos, é preciso pensar na acessibilidade de forma interdisciplinar, levando em consideração todas as dimensões que envolvem essa definição. O primeiro passo neste processo é o ato de querer fazer a diferença, pois ele irá impulsionar a remoção de barreiras. Devemos perceber o outro sem preconceitos, estigmas e estereótipos e, para além disso, compreendê-lo como indivíduo, com características próprias, reconhecer suas possibilidades e limitações para, a partir disso, planejar as ações. Assim, desenvolver a acessibilidade atitudinal representa um aspecto essencial, que permeia todos os outros sentidos e que direciona todas as ações de adaptação, inclusive dos espaços. Desenvolver a acessibilidade atitudinal proporciona, além de um ambiente mais favorável à inovação e diversidade, diversos outros benefícios para as empresas e instituições. Atitudes favoráveis, aliadas às soluções espaciais, facilitam o processo de inclusão, promovendo o acesso a ambientes confortáveis e apropriados para as necessidades de todas as pessoas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Sebrae SP, o investimento em aspectos espaciais das lojas, assim como na acessibilidade dos ambientes, pode aumentar as vendas em até 40%.  Mas como fazer isso? Trabalhar aspectos atitudinais e espaciais pode parecer um desafio para os estabelecimentos comerciais, mas representa diversas oportunidades de ampliar o negócio e melhorar o clima organizacional. Em relação à estrutura física da empresa, é preciso pensá-la a partir do Desenho Universal, permitindo que todas as pessoas usufruam dos espaços com segurança e autonomia. Para isso, o papel do arquiteto é essencial, planejando os ambientes de forma humanizada, a partir das pessoas, de suas particularidades e dos usos que farão dos espaços. Destacamos em alguns materiais no blog como a adaptação de espaços comerciais pode ser feita sem a necessidade de reformas estruturais e citamos alguns exemplos de como a acessibilidade pode impulsionar a experiência do consumidor no setor de varejo.  O mobiliário e os equipamentos devem proporcionar a maior autonomia, conforto e independência possível a todos, e principalmente para as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. O mobiliário e os equipamentos, de forma geral, são elementos complementares ao espaço físico e portanto também devem ser planejados para garantir a todos o direito de ir e vir, de se comunicar e usufruir de todos os ambientes livremente e com o máximo de independência possível.  Além da acessibilidade arquitetônica, é preciso prover a acessibilidade na sinalização e comunicação e orientar os colaboradores sobre a importância destes aspectos. É preciso compreender porque estas soluções existem e o que significam, de forma plena, para que os colaboradores possam aprimorar seu atendimento e atender aos consumidores da melhor forma.  É preciso que as pessoas compreendam não apenas as normas técnicas, mas para quê servem e o que representam. É necessário repensar, também, as próprias atitudes. Conforme a entrevista do professor Josemar Araújo para a Agência IBGE de Notícias (2017), quando se pergunta a alguém se algum local é acessível, a resposta é positiva caso neste espaço exista uma rampa de acesso ou qualquer outra medida arquitetônica implementada de forma avulsa, independente de ser adequada às normas ou não. O professor, que é cego, destaca que espaços arquitetônicos devem ser projetados de forma acessível, mas que é necessário também que as pessoas compreendam a sua importância e funcionalidades. Sem a conscientização das pessoas, muitos equívocos podem ocorrer, como a utilização de adaptações para outras finalidades. Assim, tão importante quanto a acessibilidade no espaço físico é a acessibilidade atitudinal. É necessário sensibilizar as pessoas, investir na capacitação da equipe e deixar os combinados procedimentais nítidos para todos os colaboradores. Com profissionais preparados, envolvidos e com o conhecimento sobre estas questões, é possível implementar as mudanças em processos internos e promover a inclusão em estabelecimentos de todos os setores. Por isso, a arquitetura desempenha papel fundamental na experiência do cliente, pois é peça-chave na construção desta relação e das histórias que acontecem a partir da interação com produtos e/ou serviços. É a relação entre os espaços e as pessoas que irá constituir um ambiente (no sentido mais amplo da palavra) acessível.   Para ampliar as possibilidades de negócios e promover a inclusão através de espaços mais acessíveis, conte com profissionais especializados para fornecer a orientação de adaptação dos ambientes e a capacitação da equipe. Agende um horário com Angélica Picceli, especialista em Arquitetura Acessível do Studio Universalis, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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As dimensões da acessibilidade: como promover a inclusão e a acessibilidade plena

Na legislação brasileira, o conceito de acessibilidade é descrito como sendo a condição de possibilidade para a transposição dos entraves que representam as barreiras para a efetiva participação de todas as pessoas nos vários âmbitos da vida social. Estas barreiras são as condições que limitem ou impeçam a realização plena em diversos aspectos, não apenas em relação a espaços físicos e ambientes. Assim, a acessibilidade, de forma prática, é a possibilidade de viver a vida sem barreiras. Engloba o alcance e utilização, com segurança e autonomia de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, incluindo os sistemas tecnológicos, e outros serviços destinados à população. Deve servir para acesso ao meio público e privado, tanto na zona urbana como na rural, por todas as pessoas, independente de apresentarem ou não alguma deficiência. A acessibilidade é um conceito complexo e multidisciplinar, e  para promovê-la de forma ampla, é necessário repensar desde as limitações arquitetônicas, passando por transportes, comunicação e acesso à informação, tecnologias e atitudes. Esta complexidade exige a atuação em diversas áreas de forma integrada. Romeu Kasumi Sassaki (2002) identificou espectros para se pensar a acessibilidade e, ao longo de discussões entre pensadores da área, estes conceitos foram revisitados e adaptados à realidade atual. Confira a seguir os oito aspectos para se pensar na acessibilidade plena. Acessibilidade arquitetônica Diz respeito à eliminação das barreiras ambientais físicas em todos os espaços e equipamentos, sejam eles públicos ou privados. Aqui, como exemplos, podemos citar os locais que possuem entradas adequadas, que possam ser usadas por todas as pessoas, eventualmente possuindo rampas ou elevadores para o deslocamento entre níveis ou pavimentos diferentes, banheiros acessíveis, entre outras.   Acessibilidade instrumental Tornar acessíveis as ferramentas, utensílios e instrumentos tanto de uso escolar, quanto profissional e de lazer e recreação, para quaisquer finalidades. Como exemplo, podemos citar os talheres adaptáveis.   Acessibilidade nos transportes Eliminar barreiras que dificultem o acesso ou utilização de transportes, terminais, estações e paradas, bem como de todos os equipamentos que compõem estas redes, de forma que todas as pessoas sejam capazes de fazer uso do mesmo com segurança e autonomia, sem nenhum prejuízo para sua locomoção. Dentre as medidas observadas neste aspecto, podemos destacar os ônibus com plataformas para acesso e com sinalização adequada.   Acessibilidade comunicacional A comunicação deve ser sempre pensada para alcançar o maior número de pessoas possível, e por isso, deve ser multimodal, ou seja, feita por mais de um meio conjuntamente. Dentre os exemplos de soluções acessíveis neste aspecto, destacamos a importância de intérpretes de LIBRAS para comunicações orais e escritas para as pessoas com deficiência auditiva, a leitura de telas em computadores e outros dispositivos que possam atender às pessoas com deficiência visual.   Acessibilidade digital Diz respeito ao acesso e utilização dos conteúdos na Web e de seus plenos recursos. O desenvolvimento de sites e páginas que levam em consideração as possíveis barreiras que dificultam e, muitas vezes, impossibilitam o acesso aos conteúdos e páginas, de forma a tornar a comunicação e acesso à informação e ao conhecimento.   Acessibilidade programática Em relação às políticas públicas, diz respeito a criação de leis, decretos e regulamentações, de forma a promover a inclusão e o livre acesso de todas as pessoas. Em ambientes empresariais, diz respeito às políticas internas e ações de sensibilização, que envolvam a informação, o conhecimento e aplicação de leis e direitos de todas as pessoas.   Acessibilidade metodológica A acessibilidade metodológica está fortemente relacionada à inclusão em escolas e no mercado de trabalho. Conhecida também como acessibilidade pedagógica, é a ausência de barreiras nas metodologias empregadas. Está, também, relacionada à acessibilidade comunicacional e atitudinal, envolvendo a forma com que os processos são concebidos. Acessibilidade atitudinal É ponto chave nas discussões sobre acessibilidade, pois representa a percepção do outro sem preconceitos, estigmas, estereótipos e discriminações. É o primeiro passo, o ato de querer fazer a diferença que impulsiona a remoção de barreiras e que se relaciona intimamente com todos os anteriores.   Mas, afinal, como superar as barreiras para promover a inclusão e a acessibilidade plena? Como discutimos em outras matérias aqui no blog, permitir a acessibilidade é o ponto de partida para proporcionar mudanças bastante positivas, favorecendo um ambiente empresarial mais inclusivo e diverso. Um dos conceitos mais importantes para promover estas ações nas mais diversas áreas é o conceito de Desenho Universal, que prevê que os produtos, espaços e serviços sejam usáveis pelo maior número de pessoas possível, independentemente de idade, habilidade ou situação. Os sete princípios básicos do Desenho Universal contemplam essas complexas definições de acessibilidade e buscam integrá-las, para buscar soluções mais inclusivas em todos os setores da sociedade. Os princípios básicos são: Uso equiparável – pode ser utilizado por pessoas com diferentes graus de habilidades. Como exemplo de sua aplicação na arquitetura, temos as portas com sensores que se abrem automaticamente e o rebaixamento completo das vias, favorecendo a mesma condição de travessia a todos os pedestres.   Flexibilidade no uso – deve atender a uma ampla gama de indivíduos, contemplando suas preferências e habilidades.    Usos simples e intuitivos – o uso deve ser de fácil compreensão, independentemente de experiência, nível de formação, conhecimentos específicos, habilidades linguísticas ou da capacidade de concentração do usuário.   Informação perceptível – as informações necessárias devem ser perceptíveis e comunicadas ao usuário de forma eficaz, independente de sua capacidade sensorial ou de condições ambientais.   Tolerância ao erro – o projeto deve minimizar os erros e as consequências de falhas acidentais ou não intencionais. Como exemplo, citamos o recurso “desfazer” em programas de software, que permite que o usuário corrija um erro sem ser penalizado.   Baixo esforço físico – os espaços, serviços e produtos devem ser utilizados com um mínimo de esforço, de forma eficiente e confortável. As maçanetas do tipo alavanca em portas são bons exemplos desse princípio.   Dimensionamento e espaço para aproximação e uso – os espaços devem ter dimensões apropriadas para interação, alcance, manipulação e uso, independentemente de tamanho, postura ou mobilidade do usuário.

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Diversidade e inclusão: a acessibilidade como ponto de partida para um ambiente empresarial mais inclusivo

Não há dúvidas quanto à importância do trabalho para todas as pessoas, pois é através dele que realizamos sonhos e objetivos. No entanto, muitos brasileiros e brasileiras não têm acesso ao trabalho pelo fato de as empresas não disporem de espaços acessíveis. Além da Lei de Cotas, as Leis Federais número 13.146/15 e 10.098/00, o Decreto Federal 5.296/04 e a Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, exigem que as empresas promovam as adequações que se fizerem necessárias para garantir a acessibilidade de pessoas com deficiência. Por mais que existam regulamentações e exigências legais, este é um aspecto que precisa ser melhorado, pois as leis muitas vezes não são cumpridas ou não são aplicadas em sua total amplitude. A falta de acessibilidade nos espaços faz com que uma grande parcela da população não consiga viver com autonomia plena, criando barreiras em diversos aspectos, entre eles o ingresso no mercado de trabalho. Pensar os ambientes de trabalho é essencial para todos os setores econômicos, e em especial para as indústrias. É muito importante que as instalações de fábricas, galpões e centros de produção estejam preparadas para receber a todas as pessoas, independente de possuírem ou não alguma deficiência. Como possibilitar a acessibilidade nos espaços? Como já mencionamos em outros conteúdos do blog, existem normativas como a norma brasileira ABNT NBR 9050/2015, que trata dos aspectos ligados à acessibilidade em edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos. Para garantir o acesso e utilização dos ambientes com autonomia, algumas medidas podem ser tomadas – sempre com a consulta de um arquiteto especializado, para adequá-las à realidade de sua empresa ou indústria. Espaços amplos, que facilitem a movimentação e soluções que possibilitem que todas as pessoas se localizem e interajam com o espaço da empresa de forma independente e segura. É preciso considerar os espaços requeridos para manobras de cadeiras de rodas, uso de bengalas, bem como a altura operacional empregada e informações e sinalizações que contemplem os mais diversos públicos. A inclusão envolve uma série de fatores e, neste sentido, é preciso considerar, também, o desenvolvimento de uma cultura inclusiva, com orientação e formação para desenvolver em toda a equipe uma atitude favorável. E quais os benefícios da acessibilidade nas indústrias? Sabemos que inúmeros são os benefícios sentidos pelas pessoas que, ao conseguirem acessar os espaços, são capazes de exercer sua cidadania com autonomia. Mas investir em ambientes acessíveis é, também, muito benéfico para as indústrias. A acessibilidade é o ponto de partida para um ambiente empresarial diverso e inclusivo e investir nestes aspectos pode trazer, também, vantagens competitivas.  A diversidade nas empresas mostra um impacto muito positivo em seu desempenho financeiro. Uma pesquisa recente do LinkedIn mostrou que 88% das empresas brasileiras preferem fazer negócios com companhias que tenham a diversidade como pilar essencial. Segundo pesquisa realizada pela McKinsey, empresas com maior pluralidade em seus times alcançam resultados até 21% maiores que aquelas em que esta não é uma prioridade. Empresas inclusivas produzem uma percepção positiva em relação ao público A diversidade de experiências, de pontos de vista, de habilidades e de vivências amplia as possibilidades da equipe, favorece a convivência e é fundamental para melhorar os resultados globais. Além de promover a tolerância, auxilia a convivência em sociedade, proporciona o contato com diferentes vivências culturais e melhora o clima organizacional. São diferentes visões de mundo que contribuem para enriquecer o ambiente empresarial. Por fim, destacamos algumas ações que podem ser desenvolvidas para promover um ambiente empresarial mais inclusivo: Analisar e adaptar a estrutura física da empresa: elevadores, rampas de acesso, banheiros, salas, espaços de circulação. Investir na  capacitação dos colaboradores, com palestras e workshops feitos por profissionais especializados na área. Revisar os processos comunicativos da empresa, de forma a torná-los acessíveis a todos e todas. Inserir a inclusão como parte dos valores da empresa, para que seja percebida por todos. Ela pode se tornar um indicador, para ser analisada de forma contínua. Preparar os gestores e líderes de setores para tornar suas áreas mais inclusivas. Por ser uma temática que engloba diversos fatores, é essencial trabalhar de forma interdisciplinar para promover a acessibilidade e um ambiente industrial mais inclusivo. Para isso, conte com profissionais especializados para fornecer a orientação de adaptação de seus espaços e a capacitação de sua equipe. Agende um horário com Angélica Picceli, especialista em Arquitetura Acessível do Studio Universalis, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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Mercado de trabalho inclusivo para pessoas com deficiência intelectual e múltipla: bate-papo com Angélica Picceli e Natália Costa

Desde dezembro de 2017, a Lei nº 13.585 estabeleceu, no Brasil, a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, de 21 a 28 de agosto. O objetivo desta data é proporcionar a conscientização da sociedade a respeito das necessidades específicas de organização social e políticas públicas para promover a inclusão social. Através do desenvolvimento de conteúdos dos mais diversos formatos, busca-se discutir temáticas voltadas à inclusão de pessoas com deficiência para combater o preconceito e a discriminação. Durante o ano de 2021, a Semana Nacional teve como pauta “transformar o conhecimento em ação.” No Studio Universalis, acreditamos que a conscientização e a busca por transformar estes conhecimentos em ações concretas deve ser contínua e envolver a todos e todas. Por isso, durante o mês de agosto desenvolvemos uma programação especial com lives em nossas redes sociais para discutir temas relacionados à acessibilidade e inclusão e como impactam positivamente na qualidade de vida de todos, individualmente e como sociedade. A quarta e última live contou com a participação de Angélica Picceli e Natália Costa e teve como temática o mercado de trabalho inclusivo para pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Natália é Diretora do Instituto Ester Assumpção e vice-diretora regional do SINEP/MG, e compartilhou um pouco de sua experiência atuando há mais de 25 anos no atendimento a pessoas com deficiência intelectual e suas famílias. O bate-papo contou, ainda, com a participação de Elen Cunha, intérprete de LIBRAS, que traduziu simultaneamente os conteúdos para garantir sua acessibilidade às pessoas surdas. Angélica, Elen e Natália durante a live realizada dia 25/08.   O trabalho tem enorme importância na vida de todos e todas, significa a realização de sonhos e conquistas. Para as pessoas com deficiência não é diferente. No entanto, estas pessoas enfrentam diversas dificuldades para ingressar no mercado de trabalho. Por mais que existam regulamentações e exigências legais, este é um aspecto que precisa ser melhorado, pois as leis muitas vezes não são cumpridas ou não são aplicadas em sua total amplitude. Recentemente, a chamada Lei de Cotas – Lei 8.231, de 1991 – completou 30 anos de existência, e ela exige que empresas com mais de 100 colaboradores reservem, no mínimo, de 2% a 5% de suas vagas para pessoas com deficiência. Apesar de avanços na inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, em 2021, 47% das vagas que, por lei, deveriam ser destinadas a estas pessoas ainda não foram preenchidas. Cabe às empresas, portanto, o cumprimento da legislação, a ampliação do seu quadro de funcionários e a oportunização de ambientes mais diversos e inclusivos. É preciso modificar este cenário e garantir que a lei seja cumprida. Para garantir a inclusão, diversas instituições, como o Instituto Ester Assumpção, desempenham papel essencial na capacitação de colaboradores para empresas mais inclusivas. O Instituto foi destaque na Revista Forbes entre as cinco empresas que contribuem com a inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho e também foi contemplado pelo Criança Esperança neste ano de 2021, para a realização de projetos de capacitação de profissionais da educação, a fim de promover um ambiente escolar mais estimulante para crianças e adolescentes com deficiência. O Instituto Ester Assumpção trabalha com uma perspectiva estratégica de inclusão, que vai além da contratação de colaboradores com deficiência ou reabilitados pelo INSS, mas que visa promover nas empresas atendidas uma cultura que reconhece e valoriza as diferenças individuais. Através de uma metodologia própria, que vai desde o diagnóstico, passando pela intervenção e acompanhamento com vista à inclusão da pessoa com deficiência no mundo do trabalho, o Instituto visa promover o impacto positivo da diversidade, também, nos resultados da empresa. Durante o bate-papo, Natália Costa explica que, ao incluir uma pessoa com deficiência no ambiente empresarial, o gestor precisa questionar-se sobre o que é preciso mudar na cultura da empresa para garantir a inclusão dessa pessoa. Esta é uma decisão estratégica e que deve abarcar todos os âmbitos da organização.  É preciso pensar na estrutura física da empresa a partir do Design Universal, para permitir que todas as pessoas usufruam dos espaços com segurança e autonomia. O papel do arquiteto é essencial, pensando nos ambientes de forma humanizada, a partir das pessoas – a pessoa com deficiência deve ser protagonista desta história. É preciso, também, combater o preconceito estrutural, por isso a importância de ações estratégicas e que envolvam todos os gestores e colaboradores, para combatê-lo no cerne. Por ter raízes históricas e sociais, a mudança comportamental é, muitas vezes, mais difícil, como afirma Natália. Por isso, é essencial que haja leis e regulamentações que garantam a inclusão de pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Também é de crucial importância o papel do líder para se modificar a cultura da empresa.   “Enquanto houver preconceito, deve haver cotas.” Natália Costa   Dentre as principais dificuldades para a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, estão: O desconhecimento: tanto por parte do empregador, em relação a metodologias e políticas de inclusão, quanto por parte do empregado, principalmente em relação aos seus direitos garantidos por lei. O preconceito: colocar as pessoas com deficiência em um patamar desigual, seja por julgá-las como incapazes de assumir cargos em trabalhos formais, ou por super valorizá-las, compreendê-las como “heróis” por participar de forma ativa da sociedade. A discriminação: ao limitar as ações e interações das pessoas com base em julgamentos prévios e equivocados. Contratar pessoas com deficiência é um investimento para os estabelecimentos, ampliando a cultura organizacional e abarcando a diversidade. Quando o empreendedor percebe estas oportunidades, ele abre novas perspectivas para a empresa – perspectivas de sucesso e crescimento.   “A barreira não é a própria pessoa. Ou é o outro, por preconceito, ou é o ambiente inadequado.”  Angélica Picceli   Natália e Angélica destacam que a exclusão não diz respeito à pessoa com deficiência, não é uma questão de falta de habilidades, mas sim de um ambiente que não proporcione que ela se desenvolva plenamente. As barreiras são externas, e cabe a nós, como sociedade, compreender

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A arquitetura pensada a partir das pessoas: bate papo com Rayane Costa e Angélica Picceli

Até o final dos anos 1990, os padrões vigentes na arquitetura se baseavam principalmente na escola modernista de arquitetura e partiam do pressuposto que a criação do ambiente deveria ser pensada de fora pra dentro, sem considerar a experiência do indivíduo como parte essencial do processo. Questões como acessibilidade e inclusão eram pouco ou quase nada discutidas e os espaços eram pensados muitos mais em seus aspectos estéticos, sem levar em consideração as necessidades das pessoas. Na última quarta-feira, 18 de Agosto, realizamos a terceira live do #MêsDaAcessibilidade, em alusão à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. Com a participação da arquiteta Rayane Costa, o bate-papo foi mediado pela arquiteta Angélica Picceli e teve como temática a arquitetura inclusiva, pensada a partir das pessoas. A transmissão ao vivo também contou com a intérprete de LIBRAS, Elen Cunha, traduzindo simultaneamente os conteúdos para garantir sua acessibilidade às pessoas surdas. Angélica, Elen e Rayane durante bate-papo da última quarta-feira, 18/08. Segundo dados do IBGE, no último Censo Demográfico, 23,9% da população brasileira declarou conviver com algum tipo de deficiência. Além disso, a população idosa, que também precisa de adaptações para espaços mais acessíveis, representa mais de 8%. Esses dados apenas reforçam a importância da aplicação do conceito de arquitetura inclusiva, apoiada por norma técnica e legislação federal. Com o intuito de estabelecer uma norma de acessibilidade no meio urbano, a ABNT criou, em 1985, a NBR 9050. Ela é utilizada por arquitetos, construtores, engenheiros e outros profissionais da área, e estabelece critérios e parâmetros para instalação de equipamentos e adaptação de espaços, de forma que se tornem acessíveis para todas as pessoas. Sua atualização aprofunda a discussão sobre acessibilidade, pensando na sua aplicabilidade para proporcionar mais conforto, segurança e dignidade a todas as pessoas. Durante a live, Rayane e Angélica conversaram sobre as semelhanças e diferenças entre os cursos de Arquitetura: atualmente, os cursos de graduação ampliaram o contato com discussões sobre acessibilidade, investiram na inclusão de matérias de arquitetura acessível aos currículos e proporcionam de forma mais presente o conhecimento técnico destes aspectos durante a graduação. Este contato com as questões sobre acessibilidade e inclusão  ainda durante a graduação é, sem dúvidas, essencial para a formação de profissionais mais conscientes. As arquitetas destacaram, também, a importância de se conhecer estes princípios técnicos e seguí-los, pois assim é possível projetar espaços funcionais, esteticamente agradáveis e que modifiquem a realidade das pessoas que os utilizam.  Assim como estabelece a norma técnica NBR 9050, a acessibilidade deve ser pensada para todos, desde pessoas com qualquer tipo de deficiência, idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Além de melhor receber e acomodar a todos e todas, investir na inclusão e acessibilidade dos empreendimentos é algo possível para quaisquer espaços e, conforme destacam as profissionais, configura um diferencial competitivo no mercado. Rayane destaca a Gelateria Il Sordo, de Sergipe, que foi objeto de estudo durante sua pós-graduação em Design de Interiores. A empresa  surgiu a partir das ideias de Breno Oliveira, que é surdo e que a partir da sua dificuldade em encontrar um emprego, resolveu empreender. Breno construiu a marca Il Sordo totalmente  vinculada à sua própria identidade pessoal, oferendo ao cliente deliciosos gelatos italianos e paletas mexicanas. O atendimento do estabelecimento é feito por uma equipe de pessoas surdas. O espaço possui sinalizações explicando seu funcionamento e não é necessário saber LIBRAS para se comunicar: os clientes gesticulam, apontam o que querem, e o atendimento ocorre muito bem. Quando necessário, os atendentes utilizam celulares, canetas e papel como auxílio, para se comunicarem com os clientes.  A Il Sordo valoriza a relação entre as pessoas e o empreendimento tornou-se referência. A Il Sordo conta, atualmente, com 4 unidades em Aracaju e também expandiu-se para Salvador. É um exemplo de que levar a inclusão para dentro dos negócios é uma vantagem competitiva. Além de obrigação por lei, investir em acessibilidade é algo que dá certo. Há uma ideia equivocada de que projetos arquitetônicos acessíveis são caros e difíceis de serem realizados. As arquitetas destacam: isto é um mito! Pensar em acessibilidade nos espaços é prático, possível de ser realizado por qualquer empreendimento e representa um investimento, pois mais pessoas podem ter acesso ao seu estabelecimento comercial. Vivemos uma época em que defender valores, enquanto marca comercial, é muito importante. As pessoas não compram produtos ou utilizam serviços apenas pelos seus benefícios, mas pelos valores que as marcas defendem. A inclusão em todos os âmbitos sociais é importantíssima e, quando defendida pela marca, confere um diferencial a ser percebido pelos consumidores. Angélica e Rayane discutem sobre os principais mitos no que diz respeito à arquitetura acessível: Não é por falta de conhecimento. Os arquitetos hoje têm acesso às regulamentações e discussões sobre o tema ainda durante a graduação. Não é falta de informação e regulamentação. A acessibilidade é uma obrigação legal desde 2004, com a promulgação do Decreto Federal 5296/2004. Já a norma regulamentadora existe desde 1985 e já passou por quatro atualizações: em 1994, 2004, 2015 e 2020. Não é uma questão de custo. Não há grandes diferenças na questão orçamentária entre projetos que seguem os princípios do Design Universal e os que não o seguem. Não é um bom negócio para empreendimentos. Pelo contrário, ao investir em acessibilidade você amplia a possibilidade de receber clientes, atingindo um público consumidor maior e que deseja ser bem atendido.  Por fim, as profissionais destacam que estamos em processo de constante desenvolvimento, e é fundamental que os arquitetos discutam estas questões e tenham acesso às informações sobre acessibilidade ainda na graduação. Houve uma mudança no pensamento e, em algum momento dos últimos 20 anos, a arquitetura mudou sua visão sobre os espaços e começou a pensá-los a partir das pessoas. Arquitetos e arquitetas são potenciais agentes de transformação social e suas ações são importante para transformar o conhecimento em ações concretas. “Espero chegar em um dia em que todos os projetos sejam acessíveis.” Angélica Picceli Arquitetos e arquitetas especializados em planejar espaços acessíveis fazem toda a

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Educação Inclusiva para pessoas com deficiência: bate-papo com Natália Costa e Angélica Picceli

O Brasil é um país diverso em todos os seus sentidos. Sua diversidade pode ser observada na natureza, na música, na geografia, na religião, na população, e em muitos outros aspectos. É o quinto maior país do mundo em extensão e o sexto em população. Com dimensões continentais e uma população estimada de cerca de duzentos e onze milhões de pessoas em 2020, é um país com muitos contrastes e peculiaridades. Apesar de muito diverso, infelizmente a inclusão ocorre, muitas vezes, apenas por obrigação de lei. Falar sobre inclusão significa falarmos sobre um conjunto de ações que garantem a participação igualitária de todos os membros da sociedade em todos os setores. Muitas dessas ações são previstas por leis, que, em muitos casos, não são cumpridas. Dentre os direitos com respaldo legal está o acesso à informação e à educação de qualidade.  O esforço pela inclusão social e escolar de pessoas com deficiência no Brasil é a resposta para uma situação que perpetua a segregação, e cerceia o pleno desenvolvimento destas pessoas. Dentre as legislações que pautam a inclusão de pessoas com deficiência está a Lei nº 13.146, de 16 de Julho de 2015, que destina-se a assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania. Segundo a legislação brasileira, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que venha a obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas quando encontrar barreiras. No que tange à inclusão na educação, a atualização da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Lei nº 12.796, de 4 de Abril de 2013, prevê o atendimento educacional especializado e gratuito aos educandos com quaisquer tipos de deficiências e adota, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento a estes educandos na própria rede pública de ensino. A Educação inclusiva compreende a escola como um espaço para todos e favorece a diversidade na medida em que considera que todos os alunos podem ter necessidades especiais em algum momento de sua vida escolar. Neste conceito de educação, as diferenças não são vistas como problemas, mas como uma oportunidade de desenvolver a convivência e ampliar visões de mundo a partir de realidades sociais distintas. Para discutir a importância de uma educação inclusiva para pessoas com deficiência intelectual e múltipla, convidamos Natália Costa, diretora do CENSA Betim e do Instituto Ester Assumpção e também vice-diretora regional do SINEP/MG. O bate-papo ocorreu na quarta-feira, dia 11 de Agosto, no Instagram do Studio Universalis (@studiouniversalis) e foi mediado pela arquiteta Angélica Picceli, especialista em arquitetura inclusiva. A transmissão ao vivo também contou com a intérprete de LIBRAS, Elen Cunha, traduzindo simultaneamente os conteúdos para garantir sua acessibilidade às pessoas surdas. Legenda: Angélica, Elen e Natália, durante live da última quarta-feira, 11/08. Natália Costa destaca a relevância do tema e que a participação em um ambiente de educação inclusiva desde as séries iniciais tem significativa importância para o desenvolvimento individual e de toda a sociedade. Quando temos contato com a diversidade desde uma tenra idade, contribuímos com o desenvolvimento de indivíduos mais conscientes e humanos. Há, entretanto, necessidades que interferem de maneira significativa no processo de aprendizagem e que exigem uma atitude educativa específica da escola. Instituições como o CENSA Betim são essenciais para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiências intelectuais e múltiplas. A instituição, fundada em 1964, é um local para cuidados básicos e um espaço para ser e conviver. Trabalha com um recorte social, pessoas com deficiência intelectual adulta, associada ou não a outras deficiências e ênfase em saúde e educação para que estas pessoas consigam viver com maior autonomia. Ao se pensar a educação de forma inclusiva, a equipe transdisciplinar do CENSA Betim busca direcionar suas ações com base nos suportes específicos necessários à cada particularidade, atendendo as necessidades da pessoa com deficiência intelectual, associada ou não a outros transtornos, e da sua família, assegurando-lhes qualidade de vida e uma educação socializadora. No Brasil, temos um histórico de exclusão. Segundo Natália Costa, o maior desafio para uma educação inclusiva é combater o preconceito, pois ele pressupõe uma discriminação baseada em concepções prévias e estereótipos. Muitas vezes, cria-se barreiras atitudinais e as pessoas com deficiência são vistas com um olhar de supervalorização, uma percepção de que sejam “heróis” por participar de forma ativa da sociedade e que coloca estes indivíduos em um patamar distante e desigual. Este tipo de barreira parece homogeneizar os indivíduos e suas individualidades são deixadas de lado. É preciso, portanto, estar atento às particularidades de cada um, para quebrar estereótipos e concepções prévias. A inclusão não é pautada apenas no acesso aos espaços, mas ela pressupõe um pilar de ações comportamentais, estruturais, políticas e científico-metodológicas. Para que seja de fato garantida no ambiente escolar, temos um percurso a ser trilhado e é preciso seguir alguns passos importantes:   Primeiro passo: Fazer um diagnóstico. É preciso fazer um diagnóstico local. O Brasil é um país com dimensões continentais, portanto, não podemos comparar as especificidades de cada localidade. É preciso compreender as pessoas, os espaços e as relações sociais que compreendem o espaço escolar e como esses elementos se relacionam com o município e o estado. Segundo passo: Desenvolver a acessibilidade atitudinal. É preciso que haja a acessibilidade atitudinal. É o ato de querer fazer a diferença que impulsiona a remoção de barreiras. Devemos perceber o outro sem preconceitos, estigmas e estereótipos. Terceiro passo: Envolver a comunidade. É preciso envolver toda a comunidade escolar: alunos, pais, servidores, comunidade ao redor. Todos precisam estar cientes da importância da instituição como fator de transformação social. Quarto passo: Preparar profissionais e planejar os espaços. Reconhecer as limitações do espaço escolar como um todo e adaptá-lo para que essa inclusão seja de fato efetiva. É importante não pensar somente no ambiente de sala de aula, mas também nos espaços informais, pois também são fatores

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Acessibilidade no espaço urbano: entrevista com Angélica Picceli na MG TV da Record

Um estudo publicado pela Universidade Federal de Minas Gerais revelou que os usuários de cadeiras de rodas enfrentam condições ruins de transporte público e de acessibilidade para usufruir de locais destinados à prática de lazer na cidade de Belo Horizonte. A conclusão é de uma pesquisa realizada com 126 moradores da capital mineira.  Os pesquisados e pesquisadas relatam dificuldades para trabalhar e se divertir por conta da falta de transporte acessível e das más condições de acessibilidade dos espaços. Por conta das barreiras para as práticas de lazer, os entrevistados utilizam as redes sociais e a navegação na internet como principais atividades de lazer. Dentre os 126 pesquisados, apenas 11 citaram  programas culturais como a visita a cinemas, museus, teatros e exposições. Durante a pesquisa, os entrevistados ressaltaram que as calçadas de BH encontram-se em “más condições”. Dentre as dificuldades, buracos e falta de rampas de acesso impedem a locomoção.  A arquiteta Angélica Picceli, especialista em Arquitetura Inclusiva do Studio Universalis, foi entrevistada pela emissora Rede Record para citar o que pode ser melhorado em relação aos espaços, para torná-los mais acessíveis para todas as pessoas. Soluções como portas com vãos de passagem de, no mínimo, 80 centímetros, áreas de circulação livre de barreiras, pisos firmes e estáveis e mobiliário em altura adequada para que pessoas tanto em pé, quanto sentadas, consigam utilizá-los são modificações que podem garantir o acesso e aproveitamento dos espaços por todas as pessoas. Angélica Picceli apresenta soluções para tornar os espaços urbanos mais acessíveis. Confira a matéria completa que foi ao ar no programa MG no Ar: https://noticias.r7.com/minas-gerais/mg-no-ar/videos/cadeirantes-deixam-de-usar-espacos-de-lazer-em-bh-05082021 Para conhecer soluções de arquitetura acessível que promovam uma experiência mais agradável e inclusiva, agende uma reunião com nossa especialista Angélica Picceli, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp/telefone (31) 98797-2392.

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Acessibilidade no dia a dia: bate papo com Laura Martins, do blog Cadeira Voadora

Na quarta-feira, dia 04 de agosto, o Studio Universalis realizou sua primeira live do Mês da Acessibilidade. Esta programação especial, alusiva à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, busca discutir como transformar os conhecimentos em acessibilidade em ação, para um país mais inclusivo. Nossa primeira convidada foi a Laura Martins, autora do blog Cadeira Voadora. Laura é cadeirante e influenciadora digital, autora do livro “Como organizar uma viagem com acessibilidade” e aborda discussões sobre suas experiências pessoais, reivindicação de direitos e a acessibilidade no turismo. Angélica e Laura durante o bate-papo realizado dia 04/08. Ao falarmos sobre acessibilidade, estamos contribuindo para uma sociedade mais igualitária e as ações realizadas neste âmbito impactam positivamente na vida de todos e todas. Para que um espaço seja considerado acessível, ele deve possibilitar a autonomia e independência das pessoas e assegurar sua segurança e integridade física. O Brasil tem uma das legislações mais avançadas do mundo no que se refere à garantia de direitos das pessoas com deficiência. No entanto, na prática, a maior parte do que se assegura na lei não é realidade para todos: diversos são os desafios enfrentados cotidianamente por pessoas com deficiência intelectual, múltipla ou capacidade de locomoção reduzida. No que diz respeito ao acesso à espaços públicos e deslocamento nas cidades, as dificuldades vão desde as más condições de passagens e calçadas até obstáculos que obstruem as vias. Rampas íngremes, calçadas desniveladas, que  apresentam perigos para todas as pessoas. Para que os espaços possibilitem a locomoção com autonomia, é necessário que as calçadas estejam em boas condições e que possuam rebaixamento para que possam ser acessadas. Pisos táteis devem ser instalados da maneira correta, faixas de pedestres também devem estar bem demarcadas e os semáforos devem ter tempo suficiente para que pessoas com quaisquer deficiências ou capacidade de locomoção reduzida consigam atravessar a rua de maneira segura. Durante o bate-papo, Laura e Angélica destacaram que é possível pensar em alternativas para tornar os espaços acessíveis – até mesmo em prédios tombados como patrimônio histórico e arquitetônico, construções mais antigas que não foram projetadas originalmente para comportar a acessibilidade. Apesar de haver restrições para a sua implantação, é de vital importância a adaptação do patrimônio para permitir a utilização do seu espaço por todos os usuários. Algumas alternativas como a construção de espaços anexos tornam o ambiente mais acessível e facilitam o acesso de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida à programações culturais e de lazer. Tais atividades culturais também devem contemplar ações como plataformas elevatórias, banheiros adequados com espaço suficiente para movimentação,  barras de apoio e pias com altura correta. Placas com informações em braille, transcrição de obras e peças em áudio e em alto relevo tornam a experiência turística mais acolhedora e acessível. Com relação ao turismo, Laura destaca sua experiência com a rede hoteleira ao redor do mundo. Há uma tendência na arquitetura moderna de pensar em espaços compactos. Como consequência, os quartos são pequenos e de difícil acesso, com pouco espaço para locomoção. Além da ampliação do espaço, algumas intervenções simples são possíveis para torná-los mais acessíveis, como o uso de portas de correr, portas sanfonadas ou até mesmo que abram para fora. Pensar em acessibilidade é  considerar a experiência do indivíduo como parte essencial do processo e planejar o espaço de forma a atender todas as pessoas.  Angélica e Laura enfatizam: “ninguém resolve as questões de acessibilidade num passe de mágica.” É um processo com metas graduais e que envolve a atenção e planejamento de uma ampla gama de setores. As mudanças devem ocorrer ao longo do tempo para que estas metas sejam atingidas. Pensar em inclusão não se aplica somente a espaços – é necessário, também, que as pessoas estejam preparadas para atender também a este público.  No Brasil,  no último censo do IBGE, cerca de 24% da população declarou ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades investigadas (enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus), ou possuir deficiência mental ou intelectual. O atendimento contribui fortemente para a experiência do consumidor e ao ter pessoas capacitadas para atender um público tão amplo os estabelecimentos encontram oportunidades de diferenciar-se no mercado, além de contribuir para a construção de um mundo mais justo e igualitário, fornecendo o acesso e conforto a um público consumidor ávido por bom atendimento e para ser bem recebido. Com a ação do poder público e a colaboração de cada um é possível pensar alternativas e garantir que as leis sejam cumpridas, garantindo o acesso e livre circulação de todos a todos os espaços. Cabe a cada um de nós, ao se deparar com uma calçada que é perigosa ou qualquer outra estrutura que não siga as recomendações legais, cobrar que a legislação seja cumprida. “Com respeito e naturalidade a gente consegue fazer o que precisa ser feito, inclusive a acessibilidade.” Laura Martins Ao se discutir sobre acessibilidade e inclusão, é necessário pensar no outro. Os lugares são parte importante da formação de nossas identidades, ajudam a construir quem nós somos enquanto seres humanos. Quando tiramos da pessoa com deficiência a oportunidade de frequentar os lugares, de aproveitar os espaços e conhecer outras visões de mundo, estamos tirando, também, a possibilidade de formar identidades e o enriquecimento de suas experiências de vida. E isso é uma via de mão dupla, pois o aprendizado é sempre bilateral: todos perdemos a oportunidade de ampliarmos nossos horizontes quando nos privamos do convívio na diversidade. Garantir o acesso e a utilização com autonomia e independência dos espaços é, também, garantir o acesso à cultura, à arte, à transformação de cada indivíduo em uma pessoa melhor e mais tolerante e contribuir para a construção de um mundo melhor. A programação especial do Studio Universalis continua, com lives todas as quartas-feiras do mês de agosto. O próximo bate-papo será sobre a Educação Inclusiva para pessoas com deficiência intelectual e múltipla. Com a participação de Natália Costa, diretora do CENSA Betim e do Instituto Ester Assumpção e vice-diretora regional do SINEP/MG, a live

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Acessibilidade em foco: é tempo de transformar conhecimento em ação

A acessibilidade representa a possibilidade de que qualquer pessoa, possuindo ou não algum tipo de deficiência ou capacidade de locomoção reduzida, tenha garantido seu direito de ir e vir com autonomia e independência.  Desde que o Studio Universalis foi fundado, este tema tem sido uma pauta norteadora em todos os nossos projetos porque se relaciona diretamente com nossa visão sobre um mundo mais justo e igualitário para todos. Em dezembro de 2017 foi instituída a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, pela Lei nº 13.585, a ser realizada anualmente entre os dias 21 e 28 de agosto. Esta data tem como principal objetivo divulgar conhecimentos acerca das condições sociais destas pessoas. Através de diversas ações e campanhas, busca-se que esse conhecimento seja capaz de transformar as realidades, superando as barreiras que impedem que estas pessoas participem com liberdade e autonomia do âmbito social, de forma coletiva e em igualdade de condições com as demais pessoas. A cada ano, a Semana Nacional possui um tema norteador, buscando conscientizar a sociedade acerca de determinadas e necessidades para a inclusão plena. Esta campanha, a nível nacional, tem sido uma ferramenta para a promoção de atitudes em relação à promoção e valorização da participação da pessoa com deficiência intelectual e múltipla em diversos campos da vida. Em 2021, o tema das ações gira em torno da frase “É tempo de transformar conhecimento em ação”. Esta temática foi definida tendo em vista que o país possui hoje uma das legislações mais avançadas do mudo no que se refere à garantia de direitos de pessoas com deficiência. No entanto, na prática, a maior parte destas ações, asseguradas por lei, não são realizadas de maneira efetiva para todos. O Studio Universalis tem como meta a concretização destas ações e, para nós, um mundo mais justo começa por espaços inclusivos. Assim, dedicaremos o mês de Agosto a promover conversas relacionadas à acessibilidade e como ela impacta positivamente na qualidade de vida de todos, individualmente e como sociedade. As lives irão ocorrer nas quartas-feiras do mês de Agosto, dias 04/08, 11/08, 18/08 e 25/08, às 19h, em nosso perfil do Instagram (@studiouniversalis). Alinhados à proposta nacional da Semana, transformar conhecimento em ação, os bate-papos serão mediados pela arquiteta Angélica Picceli, nossa especialista em Arquitetura Inclusiva, que atua há mais de 10 anos na construção de uma arquitetura mais humana e orientada para as pessoas. Ao promover o debate levando em consideração as vivências de pessoas com deficiência, suas dificuldades e a importância de ações para sua inclusão do meio social, contribuímos ainda mais para sua valorização e, também, para que seus direitos, garantidos por lei, se efetivem na vida diária. Ao abordar estes assuntos e trazer à tona temas relacionados à pessoa com deficiência, ampliamos os caminhos para transformar conhecimento em ação e participar da construção de uma sociedade mais igualitária. Acompanhe nossa programação especial nas redes sociais do Studio Universalis, seguindo o @studiouniversalis no Instagram ou diretamente pelo link https://www.instagram.com/studiouniversalis/. Caso queira saber mais sobre como criar ou tornar espaços mais acessíveis, agende um horário com Angélica Picceli, nossa especialista, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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