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Fotografia de poste metálico com o símbolo internacional do acesso em azul sobre fundo branco. Atrás ao poste, uma superfície de vidro reflete a figura de uma mulher empurrando um carrinho de bebê. A frente da imagem, caixa de texto laranja com texto branco escrito "Acessibilidade e espaços urbanos", seguida por caixa branca com texto preto, escrito "Mais oportunidades com cidades mais inclusivas.". Nas laterais da imagem, elementos que representam piso tátil aparecem em laranja.

De acordo com a legislação brasileira, é necessário garantir o acesso de todas as pessoas à educação, saúde, trabalho, esporte, cultura e infraestrutura urbana, tanto em espaços públicos quanto privados.

No dia a dia, ao transitar pelas calçadas nos deparamos com uma estrutura muitas vezes comprometida, falta de acessibilidade e poucos espaços para deslocamento. Além de afetar a paisagem da cidade, é algo que pode causar diversos transtornos para qualquer pessoa. De acordo com a Constituição Federal, no geral, o proprietário do imóvel, residencial ou comercial, é o responsável pela reforma e conservação das calçadas. Ao poder público, cabe a fiscalização e a conservação da via pública.

 

Mas por que a acessibilidade em espaços públicos é importante?

Espaços urbanos bem cuidados e acessíveis facilitam o dia a dia de todas as pessoas. A acessibilidade em espaços urbanos propõe um olhar sobre a facilidade com que cada pessoa consegue se deslocar pela cidade para fazer o que deseja ou precisa. Está, portanto, ligada às oportunidades disponíveis a todas as pessoas: espaços e transportes urbanos em condições adequadas permitem que a  população tenha a seu alcance educação, oportunidades de trabalho, lazer, cultura, enfim, todas as possibilidades que a cidade oferece.

Ao ampliar o número de pessoas com acesso aos equipamentos de lazer e estabelecimentos comerciais, paisagens urbanas acessíveis favorecem o desenvolvimento da cidade como um todo, inclusive impactando na atividade turística, proporcionando aos visitantes e moradores uma experiência mais agradável e acolhedora.

Quando falamos de turismo, muitas pessoas podem pensar apenas em pontos consagrados como atrações turísticas, e muitas vezes não percebem a importância dos espaços urbanos para a construção de um ambiente atrativo. Ruas, calçadas, parques, praças e até mesmo pontos de ônibus e outros transportes coletivos podem se tornar fatores positivos e até impulsionar a atividade turística.

O setor do turismo estima um crescimento significativo para o ano de 2022, e as viagens dentro do país se mostram como as principais tendências de destino. Pensar no deslocamento e acesso aos espaços é ponto chave para ampliar essas possibilidades.

E não é apenas a instalação de uma rampa, que tornará a acessibilidade possível. Para cidades mais acessíveis, é preciso o planejamento dos espaços a partir das pessoas e dos possíveis usos que poderão fazer de todos ambientes – sejam eles ambientes urbanos tais como parques, praças e as ruas, ou ainda os prédios públicos e privados.

De acordo com o ranking Connected Smart Cities 2021, as cidades brasileiras com melhor mobilidade urbana são São Paulo (SP), seguida por Florianópolis (SC) e Curitiba (PR). A capital paulista possui meios de transporte públicos e não-públicos com os serviços básicos de acessibilidade, como ônibus com elevadores para transportar cadeiras de rodas e táxis com bagageiros maiores para caber a cadeira.

Como Laura Martins escreve em seu blog, o Cadeira Voadora, é preciso que todos compreendam a importância de se projetar espaços acessíveis, para que o projeto e a implantação destas soluções sejam realmente efetivas. Não raro, encontramos soluções de acessibilidade que parecem adequadas, mas que na realidade não são. Laura exemplifica este tipo de situação com o caso de uma “faixa de pedestre acessível” que não garante a travessia segura para todas as pessoas. Você pode saber mais sobre esse caso lendo a matéria no blog Cadeira Voadora, basta clicar aqui.

 

Como podem ser pensadas as soluções de acessibilidade para cidades mais inclusivas?

A seguir, apresentamos algumas sugestões que podem tornar as cidades mais inclusivas e aconchegantes, proporcionando acessibilidade para fomentar todas as suas atividades, e, em especial, o turismo.

  • Calçadas largas, regulares e com piso em boas condições minimizam o risco de quedas e facilitam a circulação de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
A fotografia mostra uma calçada ampla, com um canteiro de árvores ornamentais na lateral direita. Na lateral esquerda, folhagens cobrem a parede e ao centro, piso tátil indica a direção de deslocamento.
Calçada ampla, com aplicação de piso tátil. Fonte: Canva (licença paga).

 

  • O rebaixamento da calçada  junto às faixas de travessia de pedestres é outro elemento importante para melhorar as condições de acesso e locomoção.
A fotografia em preto e branco mostra, de forma aproximada, o rebaixamento de calçada junto à faixa de travessia de pedestres.
Rebaixamento de calçada sinalizado. Fonte: Canva (licença paga).

 

  • A faixa de pedestres deve estar em boas condições, com o piso regular. O semáforo deve ser bem sinalizado, de preferência fazendo o uso de dispositivos sonoros; Outro ponto muito importante é que o semáforo deve possuir tempo suficiente para permitir a travessia segura de todas as pessoas.
 Fotografia aproximada mostra, em primeiro plano, um semáforo fechado para a travessia de pedestres, com o letreiro LED indicando o número "79". Ao fundo, outro semáforo, posicionado à distância, mostra as mesmas informações.
É importante que os semáforos tenham tempo suficiente para possibilitar a travessia segura. Fonte: Canva (licença paga).

 

  • Piso tátil instalado corretamente, para indicar o caminho a ser percorrido e também rebaixamentos em calçadas, obstáculos sobre o passeio, plataformas e quaisquer desníveis. 
Fotografia em ambiente noturno que mostra a aplicação de piso tátil em calçada.
O piso tátil deve ser aplicado corretamente. Fonte: Canva (licença paga).

 

Estas são algumas das inúmeras ações para tornar os espaços urbanos mais acessíveis. É necessário adaptar a paisagem das cidades para que a vida social seja funcional e confortável e para tornar o espaço urbano mais agradável a todas as pessoas. 

Cabe ressaltar, também, que espaços públicos e privados têm a responsabilidade de permitir o uso e acesso de todas as pessoas a seus ambientes, e todos nós podemos contribuir para a manutenção e também fiscalização destes espaços junto às prefeituras. É a integração entre os âmbitos públicos e privados que garante espaços mais inclusivos. Por isso, é importante que todos participem deste processo, pois cidades mais acessíveis são mais confortáveis para todas as pessoas e possibilitam o desenvolvimento humano e também econômico.

Conte com profissionais especializados para fornecer soluções arquitetônicas capazes de potencializar essa integração e construir espaços funcionais, únicos e adequados às demandas de acessibilidade. Agende um horário com Angélica Picceli, especialista em Arquitetura Acessível do Studio Universalis, através do e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo WhatsApp (31) 98797-2392.

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