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A população brasileira caminha para a terceira idade, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) daqui a 20 anos o Brasil vai ter mais idosos do que crianças. Esse fato altera o modo de consumo do brasileiro, inclusive para o setor imobiliário.

O IGP-M, principal indicador de reajustes do setor imobiliário, acumulou alta de 25,71% no início deste ano, o maior percentual desde 2003. Isso implica em um aumento significativo para a população que mora de aluguel. Aliado a isso, em 2020 o Banco Central anunciou redução da taxa de juros Selic possibilitando o financiamento mais barato de imóveis para a população. Esse cenário favorece as construtoras, pois, do ponto de vista financeiro, hoje é melhor comprar um apartamento do que alugar.

O prazo de financiamento é algo relativo e varia de acordo com o imóvel e perfil do cliente, mas as taxas mais baixas tornam as prestações menores e isso faz com que financiar em longos períodos seja uma opção mais atrativa do que o aluguel. Portanto, o mercado está favorável para as construtoras, pois o “sonho da casa própria” tornou-se mais acessível com a diminuição dos juros.

Ao adquirir um apartamento financiado por um longo período de tempo, o comprador provavelmente irá morar naquele lugar durante a sua vida inteira. Por esse motivo, construtoras que utilizam a acessibilidade como diferencial competitivo em suas estratégias de venda se destacam da concorrência, pois asseguram ao cliente que o imóvel adquirido por ele vai suprir suas necessidades ao longo de sua vida.

Para que um empreendimento contemple a acessibilidade como diferencial ele precisa cumprir alguns requisitos básicos como:

  1. A entrada do prédio deve ser de fácil acesso a partir da rua, livre de quaisquer tipos de obstáculos que dificultem ou impeçam o acesso seguro e livre de todas as pessoas, principalmente os idosos.
  2. O estacionamento deve ser espaçoso e possuir vagas mais largas para a movimentação dos idosos. Deve também possuir vagas reservadas a pessoas com deficiência próximas a portas e elevadores, para diminuir a distância de deslocamento.
  3. As áreas de convivência do prédio devem ser pensadas para a interação de pessoas de todas as faixas etárias, e para isso o local deve ser de fácil acesso, possuir corrimão, sinalização tátil e em braile onde necessário, piso antiderrapante. Para os edifícios que não possuem áreas de lazer ou convívio, é desejável a existência de sanitários acessíveis na área de uso comum.

Quanto a parte interna do apartamento é necessário observar que a vivência em um lar muda ao longo dos anos. Famílias com filhos tendem a se modificar quando os filhos saem de casa e os pais passam a viver apenas com animais de estimação e, eventualmente, recebendo visitas de amigos e familiares. Por esta razão, o interior do apartamento deve se adequar a cada estágio do ciclo de vida dos moradores adotando soluções como:

  1. Plantas adaptáveis que possibilitem reformas para a ampliação ou redução dos ambientes, de forma a transformar um apartamento mais compartimentado em um imóvel com cômodos mais amplos e acessíveis ou vice-versa. Essas alterações podem facilitadas quando o edifício é construído utilizando-se um sistema construtivo no qual as paredes podem ser removidas ou deslocadas, sem a necessidade de reforços estruturais, tornando as reformas simples, descomplicadas e mais baratas.
  2. Os corredores precisam ser largos o suficiente para possibilitarem a manobra de cadeiras de rodas, bem como as portas, que precisam ter vão de passagem de 80cm e área suficiente para para que pessoas em cadeiras de rodas alcancem facilmente as. As maçanetas, por sua vez, devem ser preferencialmente do tipo alavanca pela praticidade e facilidade de uso.
  3. Os utensílios de cozinha e área de serviço (pia, tanque, eletrodomésticos, etc) devem ter espaço para aproximação e utilização tanto para pessoas que os utilizarem em pé quanto para pessoas sentadas.
  4. As Instalações sanitárias devem ter dimensões suficientes para o uso com autonomia ou assistido de pessoas em cadeiras de rodas ou que utilizem outros equipamentos de tecnologia assistiva, como andadores, por exemplo.
  5. As instalações hidráulicas flexíveis também possibilitam que pias e tanques com alturas diferentes das convencionais sejam utilizadas para atender a pessoas que os utilizam sentadas.
  6. As tecnologias para automação residencial como sensores para abertura automática de portas, acionamento de iluminação, cortinas, eletroeletrônicos são grandes aliadas para pessoas de todas as idades, pois tornam a experiência mais acessível e agradável. Além disso, os serviços de assistência remota ou compartilhada também são interessantes, visto que os adultos de hoje, que possuem afinidade com tecnologias inteligentes, em alguns anos farão parte da população com idade acima de 60 anos.

Ao considerarmos todos estes aspectos é possível concluir que investir em acessibilidade arquitetônica é mais do que uma necessidade, é também uma excelente estratégia de negócios porque as construtoras que hoje dedicarem seus esforços para atender a necessidade dos clientes ao longo da vida, serão certamente mais bem sucedidas.

Se você trabalha no segmento de construção civil e tem interesse em saber como implementar estas soluções em seus empreendimentos, agende uma reunião com nossa especialista Angélica Picceli pelo e-mail contato@studiouniversalis.com.br ou pelo telefone (31) 98797-2392.

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